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TDAH: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – Causas, Sintomas e Tratamentos

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Teste de Atenção e Hiperatividade

Olá pessoal, tudo bem? Eu sou Maíra Ganharespecialista em desenvolvimento infantile vim falar hoje sobre teste atenção e hiperatividade.

Existe mesmo fiz uma série sobre autismo que está aqui no meu canal, os links estão na descrição para vocês acessarem.

Para quem bebeu e no meio dos comentários muita gente me pediu para falar sobre déficit de atenção e hiperatividade. Me perguntaram se eu podia falar um pouco sobre isso. Acho que eu posso falar pra vocês, eu gosto muito desse tema. Eu adoro estudar todos os transtornos que tem a ver com o cérebro de crianças e adolescentes e já escrevi um livro também, junto com uma amiga minha. É um guia prático para tentar ajudar essas famílias dessas crianças com Ph e até uma parte também sobre adultos, de como fazer para se virar com sintomas.

Muita gente me fala aqui: “Existe mesmo essa história de TDH? Não é uma desculpa de criança que não quer estudar, que vai mal na escola, que é muito agitada, que é mal educada, que não tem limites? Será que não é só uma desculpa para essas crianças poderem fazer isso e achar que a TDH existe mesmo?”

Gente, falta de limites ou na educação não é critério diagnóstico para TDH. Não faz parte dos sintomas.

Quais são os sintomas do défice de atenção e da hiperatividade? O próprio nome já diz né: a hiperatividade é a agitação, aquela coisa que a gente não consegue ficar parado. As crianças na escola parece que tem formiguinha na cadeira, não deixam ficar sentado, são agitadas, não conseguem parar quietos, querem levantar toda hora para entrar no banheiro, querem falar, querem de alguma maneira se mexer. Esse é um sintoma mais fácil de identificar porque ele chama atenção e incomoda, nem os professores então, a gente tem que prestar mais atenção nessas crianças.

São agitadinha, mas também tem outros sintomas. Têm a desatenção: a desatenção é aquela característica que, por exemplo, uma criança está tentando prestar atenção na aula e a professora está tentando explicar a história do Brasil, a descoberta do nosso país e a criança quer saber, ela está interessada, mas de repente passa uma mosca e ela acompanha a mosca e já lembra que aquela música parece os insetos de um dia que ela foi num sítio e que tinham muitos bichinhos e que naquele sítio nadou e brincou com os primos, com os amigos. Ou ela perde um tempão da explicação. Quando ela volta a atenção para a professora de novo, ela já perdeu um monte do que a professora estava falando. Imagina isso numa aula de matemática, que ela precisa de uma sequência lógica para entender como fazer resolução de desafios, resolução de problemas. Quando a criança volta a atenção, ela já está perdida e não sabe mais em que ponto a professora parou, do que ela está falando.

Um outro sintoma importante é a impulsividade. A impulsividade é aquela característica de fazer coisas que você não tem para pensar. Então, a criança já levanta, já sai correndo, já fala, pra cá, pra lá, respira, não dá a mínima para o que está falando. É aquela coisa que a gente tem, é de agora que veja falou, você quer voltar atrás. Mas aí não tem como voltar atrás. Então, é esse comportamento repentino de fazer as coisas sem passar por um filtro, sem parar pra pensar, sem ver se tem a ver com o que você está falando, se é no momento adequado para aquilo. E 5% da população tem características de défice de atenção e de hiperatividade.

Tem bastante desses sintomas e a gente pensa: “Mas todo mundo tem um pouco.” É verdade, todo mundo tem um pouco. Mas se você tem esses sintomas no nível que chega te atrapalhar na escola, na sua casa, nas suas relações, na sua família, que atrapalha a sua educação, o seu emocional, você precisa tratar isso. Já é considerado TDH, é um transtorno que está dentro do cérebro, lobo frontal, à parte do córtex frontal do cérebro, é o grande comandante. Ele ativa as outras áreas e ele é responsável pela organização de todo o funcionamento do cérebro. Nas pessoas com TDH, essa parte frontal é menos ativada, ela não consegue comandar, passar bem as informações. Então, para a criança conseguir fazer as coisas do dia a dia, as outras áreas do cérebro precisam trabalhar mais para compensar essa falta de ativação. E isso faz com que ela tenha uma permanência de atenção por um tempo mais curto, ela não consiga se regular muito bem sozinha porque aquelas áreas não foram feitas para fazer isso, aquelas áreas foram feitas para fazer outras coisas. Elas estão sendo usadas porque o frontal é ativado. Então, as pessoas com défice de atenção precisam de coisas mais um pouco antes, mais chamativas, de estímulos muito fortes para chamar a atenção delas, para manter esse funcionamento tudo acontecendo. Por isso que é bem comum as mães em falarem no consultório: “Ah, é TDH. Ele não consegue prestar atenção.” Mas para videogame, uma beleza, né? Fica horas lá concentrado e consegue jogar e tem sucesso naquela atividade. É verdade, o videogame e o iPad hoje em dia, o celular, tem vários recursos que estimulam o cérebro. Tem cor, tem luz, tem música, tem a dinâmica. Então, comparar o recurso do videogame com recurso de um livro com o texto enorme escrito de um jeito difícil, o que vai ganhar a concorrência na hora que a criança precisa escolher o que vai fazer naquela tarde? Um livro ou um jogo? Se você conhece alguém que tem características de défice de atenção, de hiperatividade, que você acha que atrapalha um pouco a vida dela, procure um especialista em técnicas estratégias. Hoje, tanto medicamentosas, porque é uma questão de neurotransmissores, tem agora adrenalina e dopamina envolvidas. Então, a gente já sabe que sim, é um transtorno que regula a neuroquímica do cérebro. Em medicações, tem terapia comportamental, tem reabilitação das áreas do cérebro que são menos ativadas. Temos muitos recursos hoje, estratégias para tratar e minimizar os prejuízos do défice de atenção. Então, procure um especialista que possa te ajudar. E se você gostou do vídeo, dá um like, porque isso me ajuda a divulgar o conteúdo na internet. Compartilhe com outras pessoas para que mais gente possa ter acesso às informações.

O objetivo de fazer esses vídeos é acessar pessoas que estão longe que não podem vir ou pagar por uma consulta. É orientar, é divulgar uma informação que a gente já tem dados científicos a respeito. Está bom, se inscreve no canal, eu vou fazer agora vídeo sobre déficit de atenção na infância e adolescência, teste de atenção na vida adulta, como a gente faz para resolver isso, os tratamentos, como fazer na escola. Se você tiver escrito, você recebe os próximos vídeos no seu e-mail, recebe avisos de que outros vídeos saíram. Toda segunda-feira vai ter um vídeo novo teórico explicando alguma coisa importante pra vocês. E toda quinta-feira vai ter um vídeo rápido, curto, respondendo às perguntas que vocês fizerem nos comentários ou nos e-mails. Está bom? Então, muito obrigado, até mais!

Fonte: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. por Mayra Gaiato | Autismo e Desenvolvimento Infantil