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Superação do câncer de próstata: relatos de homens que retomaram uma vida normal.

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A história de quem enfrentou um tipo de câncer mais temido pelos homens: o câncer de próstata

Novos tratamentos e técnicas, e equipamentos de última geração, aumentam as chances de cura. Receber o diagnóstico de uma doença grave nunca é fácil, também foi surpresa, mas com os avanços da medicina enfermidades com altos índices de incidência passaram a ter taxas de cura cada vez maiores, é o caso do câncer de próstata.

Pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer mostram que o câncer de próstata é o segundo que mais acomete homens do país, ficando atrás apenas do câncer de pele. São cerca de 70 mil casos por ano. A boa notícia é que em 90% dos casos pode haver cura se descoberto logo no início.

A próstata é uma glândula masculina localizada abaixo da bexiga, é responsável pela produção de parte da substância que forma o sêmen, ou seja, está diretamente ligada ao sistema reprodutor masculino. Para controlar a saúde dessa glândula, dois exames são fundamentais: o PSA (sigla em inglês para o antígeno prostático específico, medido através do sangue) e o toque retal, teste que ainda é um tabu para muitos homens.

Poucas pessoas da minha idade que eu vejo não, não, ainda não fez esse exame. Então, acho que tem que quebrar alguns preconceitos. Tem que ter coragem, tem que querer quebrar essas crenças erradas, paradigmas errados de que o homem não se cuida e tem que se cuidar.

Os dois exames que eram indicados anualmente para homens com idade a partir de 40 anos, agora devem ser realizados por homens a partir dos 50 anos.

Novos tratamentos e técnicas para o câncer de próstata

Doutor Victor Cirurgião é um dos principais nomes da urologia no Brasil. Ele explica que só o cruzamento desses dois resultados pode gerar um diagnóstico preciso. Fazer só um dos dois não é próprio, é imperfeito, e que os dois juntos são importantes em diagnosticar quase todos os casos de forma precoce.

Uma pesquisa realizada em fevereiro nas cinco regiões do Brasil mostrou que os pacientes diagnosticados com câncer de próstata têm, em média, 64 anos. 62% deles passou por cirurgia ou radioterapia. 20% usam apenas medicamentos e os outros 18% usam essas duas opções combinadas.

Cânceres nessa região costumam ser silenciosos, mas não é incomum que alguns deles causem incômodos, como mudanças no fluxo e na cor da urina. Foi o que aconteceu com seu Antônio, de 67 anos. No final do ano passado, ele passou a urinar em intervalos muito curtos e procurou um médico. Fez o PSA e o toque e descobriu que tinha câncer de próstata.

E assim, seu Antônio deixou Brasília para trás e veio para São Paulo em busca de um tratamento de ponta. Aqui seu Antônio vai passar por uma cirurgia robótica. A técnica é mais segura e bem menos invasiva para o paciente.

A cirurgia leva cerca de duas horas. E assim, seu Antônio vai se recuperar pelos próximos dias ao lado da filha e da esposa.

Mas nem sempre a cirurgia é realmente necessária. Carlos Roberto convive há uma década com a hiperplasia, uma doença benigna que tem os mesmos sintomas do câncer de próstata, mas não oferece risco de morte.

“Há alguns anos, uma surpresa nada agradável, a medicação que eu tomava não estava mais surtindo efeito. Eu estava no banheiro quase toda hora, levantava duas vezes por noite para ir ao banheiro. A próstata de Carlos aumentou quatro vezes de tamanho. Você ouve muitos comentários da perda do apetite sexual, mas diante do sim ou não, obviamente que eu procurei outro urologista para que eu pudesse buscar alternativas e adiar a cirurgia.”

Em muitos casos de câncer de próstata, o tratamento realmente provoca a perda da libido ou até impotência. Alguns pacientes têm queda de hormônios no corpo, alguns pacientes perdem um pouco a libido, relatam que perdem um pouco de energia, alguns pacientes podem até crescer um pouco de peso nas mamas.

Isso não aconteceu com Carlos. Ele passou a usar uma medicação nova e está melhorando. Os resultados não poderiam ser melhores. Mas ele sabe que no futuro as coisas podem ser diferentes. “Não significa que eu estou livre totalmente da cirurgia, não. Mas ela pode acontecer daqui a seis, oito, dez anos mais pra frente. Pelo menos na minha fase ativa, sexualmente ativa, eu não vou correr esse risco”.

Depois de 11 anos de luta, o senhor sente que tem uma melhor qualidade de vida? “Olha, eu me sinto muito feliz, muito feliz mesmo, porque o resultado foi substancial, e isso me dá comodidade com o meu dia a dia.”

Um turbilhão de sentimentos e sensações mexeram com o Zé Maria. Aos 59 anos e viúvo há dois anos, o comerciante não estava preparado para receber um golpe tão duro. Pela mudança na cor, pelo esperma, pela coloração anormal. E o pior: o médico confirmou o diagnóstico de câncer de próstata.

E lá foi o Zé Maria enfrentar o seu principal e mais árduo desafio na vida até agora: a cirurgia para retirar o câncer da próstata.

A partir daquela data, além daquele dia que eu peguei o encaminhamento, quer saber, agora estava nas mãos dele e em boas mãos.

Aquilo ali e falei… “Não é cara, você tem que mudar”. E um ano após a cirurgia, o homem que venceu o duelo contra o câncer se sente revigorado. Alcance é de um novo pacote de presente: uma nova vida, uma nova esperança, e deixou um mistério para fora e que agora é um nome novo.

Fonte: Homens relatam como é superar o câncer de próstata e viver uma vida normal por Domingo Espetacular