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Sono no idoso: causas, sintomas e dicas para melhorar a qualidade do sono

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O sono na melhor idade

Olá, sou o Dr. Márcio Bezerra. Bem-vindo ao canal Saúde Sono. Hoje iremos falar sobre o sono na melhor idade. Por que isso é importante? Porque, graças a Deus, a nossa expectativa de vida está aumentando e atualmente somos 208 milhões de pessoas no Brasil, onde 22 milhões são pessoas acima de 65 anos. Por isso, é essencial termos políticas e entendimentos direcionados para essa população. Mas por que as pessoas idosas dormem mais cedo e acordam mais cedo? Isso é considerado insônia?

Um sono normal na pessoa idosa tem uma distribuição diferente em relação a outras fases da vida. Quando somos crianças dormimos muito, cerca de 10 a 12 horas por dia. Já na fase adulta, dormimos menos, em média 7 a 9 horas por dia. Já na melhor idade, acima de 65 anos, o período de sono recomendado é de cerca de 6 a 7 horas por noite.

No entanto, quando analisamos mais minuciosamente a qualidade do sono na pessoa idosa, observamos algumas diferenças. O sono se torna mais fragmentado, ou seja, acorda-se com mais frequência durante a noite. Isso ocorre porque os idosos se tornam mais sensíveis a estímulos externos. Além disso, o sono se torna mais superficial, com um maior predomínio do sono REM em relação ao sono NREM profundo. Essas alterações são consideradas normais nessa fase da vida.

Como mencionei anteriormente, existem fatores que influenciam o sono, como os fatores naturais, como a adenosina, que nos fazem sentir sono; os fatores homeostáticos, relacionados às pressões internas do corpo; e os fatores circadianos, que são os ciclos de 24 horas que regulam o sono e a vigília. Na pessoa idosa, esses fatores sofrem alterações, o que leva a um sono mais fragmentado e menos efetivo.

Estudos demonstram que cerca de 44% das pessoas idosas têm problemas de sono. Além disso, a aposentadoria e o isolamento social são fatores que podem contribuir para dificuldades para adormecer. O isolamento social, que tem sido mais comum durante a pandemia, pode impactar não apenas o sono, mas também a saúde cardiovascular e endócrina.

Então, o que podemos fazer em relação a isso? Estudos em animais e em populações com menor incidência de problemas de sono mostram algumas estratégias que podem ser adotadas. No Japão, por exemplo, onde há cerca de 70 mil pessoas acima de 100 anos, é observado que a prática de exercícios físicos, como a rádio calistenia, além da exposição à luz solar, têm impacto positivo no sono. Além disso, atividades como jardinagem proporcionam bem-estar físico e mental. A alimentação equilibrada e uma rotina espiritual, como a oração e a meditação, também são práticas comuns nessa comunidade japonesa longeva.

Para ter uma vida melhor e mais longa, é necessário respeitar esses fatores e adotar uma filosofia de vida que inclua atividade física, alimentação saudável, contato com a natureza e cuidados espirituais. Além disso, o suporte psicológico também pode ser importante para lidar com as dificuldades enfrentadas durante essa fase da vida.

Por fim, gostaria de lembrar que, atualmente, existe um grupo de terapia psicológica oferecida pelas doutoras Tatiana Charpinel e Nicole Manzoni, que podem auxiliar quem está passando por momentos de sofrimento. Para mais informações, vocês podem entrar no Instagram da Dra. Tatiana Charpinel.

Se você gostou desse vídeo, deixe o seu like e conte com Deus para enfrentarmos essa fase com tranquilidade. Amém!

Fonte: Sono no idoso por Saúde & Sono – Dr. Márcio Bezerra

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