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Sintomas, fatores de risco e tratamento do câncer de boca: tudo o que você precisa saber.

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O câncer de boca: diagnóstico e tratamento

Olá! Hoje nós vamos falar sobre o câncer de boca, uma doença que pode ser facilmente diagnosticada e tratada, mas que ainda assim tira muitas vidas devido a um diagnóstico tardio. É importante delimitarmos as regiões que consideramos como boca:

Regiões da boca anatomicamente

Anatomicamente, a região da boca compreende desde os lábios e gengiva até a língua, parte do céu da boca e onde estão os arcos. Geralmente, o câncer de boca afeta principalmente pacientes acima dos 50 anos de idade.

Existem dois fatores de risco principais para o câncer de boca: o tabagismo e o etilismo. Na verdade, esses dois fatores de risco em conjunto são potencializadores para o câncer de boca. Além disso, o câncer de boca é um dos principais cânceres da região da cabeça e pescoço, sendo o quinto câncer mais comum dessa região.

O principal sinal do câncer de boca é uma ferida que não cicatriza. Essa ferida pode estar localizada no lábio, língua, gengiva, parte do céu da boca, assoalho da boca ou bochecha. Quando falamos que a principal característica do câncer de boca é uma ferida que não cicatriza por um período de 14 a 15 dias, podemos perceber que é possível diagnosticar e tratar precocemente esse tipo de câncer.

No entanto, muitas vezes as pessoas negligenciam mesmo ao perceber uma ferida na boca que dura mais de 15 dias, e acabam chegando ao estágio avançado da doença. Isso diminui significativamente as chances de cura.

Outro fator que contribui para o diagnóstico tardio é quando os pacientes buscam um pronto-atendimento por terem uma ferida que não cicatriza. Muitas vezes, eles recebem a orientação de utilizar anti-inflamatórios ou antibióticos, o que atrasa ainda mais o diagnóstico e tratamento do câncer de boca.

Quando falamos de ferida relacionada ao câncer de boca, não estamos nos referindo às aftas. As aftas são feridas comuns na boca, que geralmente têm um fundo branco e melhoram após 4 a 5 dias. No caso do câncer de boca, a ferida não apresenta melhora e continua piorando progressivamente.

Além da ferida que não cicatriza, outras características que podem acompanhar o câncer de boca são o aparecimento de nódulos no pescoço. É comum os pacientes com câncer de boca desenvolverem metástases nos gânglios do pescoço. Às vezes, o paciente chega ao consultório preocupado com um linfonodo aumentado no pescoço, e durante a avaliação, descobrimos a presença de uma ferida na boca que ele não relatou.

Outro sintoma que pode ser mencionado pelos pacientes é o desconforto ao engolir, como uma pontada na língua. Isso pode indicar uma ferida na parte posterior da língua, que o paciente não consegue perceber em seu autoexame.

Falando em autoexame, é importante ressaltar que a boca é um órgão de fácil acesso para o autoexame. Basta abrir a boca diante do espelho e observar o lábio, gengiva, língua, bochechas e parte interna da bochecha. Mesmo assim, muitos pacientes chegam ao consultório em estágios avançados da doença.

Estágios do câncer de boca

O gráfico acima mostra que a maior incidência do tumor ocorre na língua. Portanto, esse é o principal sítio onde ocorre o câncer de boca.

No diagnóstico, além do que já mencionamos, é necessário realizar uma biópsia para confirmar se aquela ferida é um câncer de boca. A biópsia consiste em, dependendo da localização, realizar uma pequena incisão para retirar uma amostra da lesão e enviar ao laboratório para análise.

Após o diagnóstico, o tratamento principal é a cirurgia, desde que o câncer esteja em estágio precoce. Quando o paciente chega em estágio avançado, as chances de sobrevida em cinco anos são menores do que 60%. Nessas situações, pode ser necessário a associação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Espero ter ajudado! Se você gostou, por favor, compartilhe essa informação e considere se inscrever no canal. Se tiver alguma dúvida, pergunte que terei prazer em responder. Um abraço e até mais!

Fonte: SINTOMAS DO CÂNCER DE BOCA. QUANDO SUSPEITAR|| Fatores de risco e tratamento do câncer de boca. por Dr. Márcio Fernandes

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