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Síndrome Wolff-Parkinson: O que é, causas, sintomas e tratamentos – Dr. Gustavo Santiago

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Agora, só Deus pode ler o tanto que eu vou falar sobre a síndrome arritmogênica do voo 8. Essa síndrome é uma arritmia cardíaca que é difícil de explicar, mas vamos tentar. O coração é formado por quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos. A ordem para o coração bater vem do nódulo sinoatrial, localizado no átrio direito, junto com a veia cava superior. Essa ordem precisa ser conduzida por estruturas ou células especializadas na produção elétrica até os ventrículos. Existe um feixe que conecta o átrio ao ventrículo, chamado feixe de His, que é a única via de comunicação elétrica entre os átrios e os ventrículos.
Essa comunicação serve para que nem todas as arritmias que ocorrem nos átrios sejam levadas para os ventrículos, pois o coração só suporta uma certa frequência cardíaca. No entanto, em cerca de 1 em cada 55 mil pessoas, há uma anomalia nesse feixe, chamada de feixe de Kent. Esse feixe anômalo permite a condução entre o átrio e o ventrículo, o que pode causar arritmias mais graves. Se o átrio bater a 300 batimentos por minuto e o ventrículo também bater a 300, isso é incompatível com a vida.
O nome dessa síndrome, síndrome de Wolff-Parkinson-White, vem do nome do descobridor do feixe de Kent, que é o Dr. Wolff, e do Dr. Parkinson e Dr. White, que pesquisaram sobre essa síndrome.
O tratamento e a cura da síndrome de Wolff-Parkinson-White envolvem a destruição desse feixe anômalo, o que é realizado por meio de uma ablação por cateter. Nesse procedimento, são inseridos eletrodos na perna do paciente, na veia femoral, para chegar até o coração. Ao identificar a localização exata do feixe anômalo, é emitida uma frequência de rádio para destruí-lo. Esse procedimento de cura deve ser realizado em todos os pacientes com essa síndrome, pois o feixe anômalo pode levar à morte súbita.
Há uma idade ideal para realizar a ablação, que é a partir dos 4 anos de idade. Antes disso, o coração das crianças é mais difícil de manipular. No entanto, em casos mais graves, em que os pacientes já apresentaram sintomas de arritmia e mesmo a morte súbita, pode-se considerar o procedimento em crianças menores de 4 anos. No entanto, a taxa de cura depende do médico, mas em mãos experientes, geralmente é de 99,9% dos casos.
Em relação à expectativa de vida, após o procedimento, espera-se que seja normal, uma vez que o paciente não está mais privado de atividades esportivas devido ao risco de arritmias. No entanto, é importante ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental para garantir um tratamento adequado. Muitas vezes, as pessoas vivem com essa síndrome sem saber, e o diagnóstico só é feito na vida adulta, quando já se passou por várias experiências. Se o diagnóstico for facilmente feito em recém-nascidos, através de um eletro, mais casos de síndrome de Wolff-Parkinson-White poderiam ser identificados.
Fonte: Dr. Gustavo Santiago – Síndrome Wolff-Parkinson por Euritmia – Tratamento de Aritmias