Síndrome de Osgood-Schlatter – Dor no Joelho de Adolescentes

Olá, hoje vamos falar sobre a síndrome de Osgood-Schlatter, uma condição que causa dor frequente no joelho de adolescentes. A síndrome de Osgood-Schlatter é uma lesão relacionada ao crescimento ósseo e é uma das principais causas de dor no joelho durante a adolescência.

Essa síndrome recebeu esse nome devido aos dois médicos que a descobriram. Foi descrita em 1903 pelo médico americano Robert Osgood e pelo médico suíço Carl Schlatter. A síndrome é mais comum em adolescentes do sexo masculino, afetando cerca de 10 a 20% dos casos de dor no joelho nessa faixa etária. As teorias para explicar essa predominância nos meninos sugerem que eles costumam ser mais ativos fisicamente, especialmente entre os 12 e 14 anos, enquanto as meninas geralmente apresentam os sintomas entre os 10 e 13 anos de idade.

Ainda não se sabe exatamente por que a síndrome de Osgood-Schlatter ocorre. Acredita-se que microlesões repetitivas causadas pelo impacto do tendão patelar na tuberosidade anterior da tíbia resultem em uma reação inflamatória localizada. Essa região é mais frágil e está em fase de crescimento, principalmente em adolescentes que não se preparam adequadamente para atividades físicas, como jogar futebol, basquete ou handebol. Além disso, o excesso de peso também pode contribuir para o desenvolvimento da lesão.

O diagnóstico da síndrome de Osgood-Schlatter é feito por meio do exame físico, levando em consideração os sintomas relatados pelo paciente. Os exames de imagem, como radiografia e tomografia, são úteis para descartar outras lesões no joelho. Os sintomas mais comuns são dor no joelho que piora com atividade física, dificuldade para subir e descer escadas e sensibilidade na área da tuberosidade anterior da tíbia.

Ao examinar um paciente com suspeita de síndrome de Osgood-Schlatter, é comum encontrarmos encurtamento e dor na musculatura da coxa, atrofia muscular e dificuldade de movimentação. Muitas vezes, o adolescente não consegue participar de atividades esportivas devido à dor e à limitação de movimentos.

O tratamento da síndrome de Osgood-Schlatter envolve controle de peso, redução do volume de treino e fisioterapia. É fundamental que o adolescente esteja com um peso adequado, pois o excesso de peso aumenta a tração sobre a tuberosidade anterior da tíbia. A redução do volume de treino ajuda a diminuir a sobrecarga na região afetada. A fisioterapia tem um papel importante no fortalecimento da musculatura da coxa e na melhora do condicionamento físico.

É importante ressaltar que o retorno às atividades esportivas deve ser gradual, em conjunto com o treinador. Existem casos mais graves em que a cirurgia pode ser necessária, como quando há um fragmento solto na tuberosidade anterior da tíbia, o que pode levar a deformidades e limitações na vida adulta.

Se você apresenta dor no joelho durante a adolescência, busque um médico ortopedista especialista em cirurgia no joelho e no esporte para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado. Lembre-se de que o repouso e a redução da atividade física não são soluções permanentes; o tratamento adequado pode ajudar a solucionar a síndrome de Osgood-Schlatter e permitir que você continue praticando esportes com segurança.

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Fonte: Síndrome de OSGOOD-SCHLATTER: O que é, sintomas, diagnóstico e tratamento. por Dr. Adriano Leonardi