Pular para o conteúdo

Síndrome de Guillain-Barré: causas, sintomas e tratamentos – Entenda a doença

  • por
  • posts


Olá, meu nome é Tatiana. Encontrei um pouco de tempo para compartilhar com vocês a minha história com a Síndrome de Guillain-Barré. Tudo começou no dia 15 de agosto de 2005. Naquele dia, acordei de manhã e percebi formigamento na minha perna esquerda. Achei que tivesse dormido em uma posição desconfortável, mas logo em seguida meu braço direito também começou a formigar. Preocupada com o que estava acontecendo, decidi ir ao hospital para saber o que estava ocorrendo, pois nunca havia passado por algo parecido.
Ao chegar ao pronto-socorro da minha cidade, os médicos suspeitaram que eu estivesse tendo um AVC, pois minha face apresentava boa aparência, o que indicava que apenas estava fazendo “piti”. Fui submetida a exames e, em seguida, fui encaminhada para observação. Durante esse tempo, comecei a sentir todo o meu corpo ficando pesado e formigando. Chamei a enfermeira e relatei que aquilo não era normal. Ela chamou um médico, que prontamente veio ao meu quarto. Nesse momento, eu já estava sentindo meu corpo todo adormecer. O médico me examinou e concluiu que era necessário realizar um exame de punção lombar para a retirada de líquor e uma eletroneuromiografia. Foi quando recebi o diagnóstico de Síndrome de Guillain-Barré.
Eu não tinha muitas informações sobre a condição naquela época, mas sabia que estava perdendo a sensibilidade do pescoço para baixo. Infelizmente, a situação piorou após a punção lombar. Por volta das 19 horas, fui encaminhada para uma cidade vizinha, Rio Claro, onde cheguei em estado de coma, com todos os meus órgãos paralisados. A primeira noite foi tomada pelas incertezas e medos.
Após dois dias, acordei, conseguindo apenas mexer os olhos e falar. Porém, estava totalmente consciente. Após três dias, os médicos realizaram a retirada do líquor da medula e me submeteram a uma eletroneuromiografia, confirmando o diagnóstico de Síndrome de Guillain-Barré. Era um momento de muita incerteza, pois eu não sentia mais nada do pescoço para baixo.
Iniciei o tratamento com corticoides e fisioterapia, mas minha recuperação foi lenta. Passei um mês sem ter alta, sem movimentos. Depois disso, mais um mês no quarto. Foi apenas após dois anos que comecei a andar novamente. No entanto, percebi que o meu tratamento estava demorando mais do que o esperado. Conhecia pessoas que estavam evoluindo mais rapidamente. Foi quando descobri que a minha falta de evolução não se tratava de uma sequela, mas sim da falta de tratamento adequado.
Atualmente, frequento uma academia e tenho um excelente professor que realiza alongamentos e exercícios de flexibilidade comigo. Graças a esse trabalho conjunto, meu nervo na perna começou a se soltar e hoje não ando mais com dificuldades. Faço academia todos os dias, com o acompanhamento de um profissional.
Minha mensagem para vocês é que nunca desistam. Tenham muita fé, pois essa é a motivação mais importante. O apoio da família também é fundamental, assim como a própria luta e determinação. Acreditem na força, na fé e no foco, que são tudo o que vocês precisam para enfrentar qualquer desafio.
Agradecimentos ao professor.
Bom dia pessoal, aqui estou eu para mostrar um pouco do trabalho que tenho realizado com a Tatiana. Chegou até mim com uma grande falta de equilíbrio e fraqueza nos membros inferiores. A musculatura estava bastante encurtada e enfraquecida. Então, começamos a desenvolver um trabalho que envolvesse a reabilitação cardiorrespiratória e o fortalecimento muscular.
Na primeira semana, começamos com exercícios de resistência e força. Aos poucos, fomos adaptando esses exercícios para que ela pudesse realizá-los corretamente. Durante todo o processo, sempre levei em consideração as tarefas do dia a dia da Tatiana, para que o treinamento fosse o mais funcional possível, visando melhorar sua qualidade de vida após a cirurgia.
Estamos na segunda semana e já notamos uma melhora significativa. A Tatiana está se adaptando aos exercícios e trabalhamos principalmente o alongamento e a flexibilidade. A cada semana, vamos aumentando o grau de dificuldade e ajustando os exercícios de acordo com as necessidades da Tatiana.
Hoje, ela está muito feliz com os resultados alcançados até agora. É importante destacar que o segredo para o sucesso foi a força de vontade e a dedicação que a Tatiana teve durante todo o processo. Além disso, foi fundamental a participação da minha equipe, que trabalhou em sintonia, cada um contribuindo com sua expertise.
Gostaria de ressaltar a importância de procurar um profissional de confiança, pois apenas ele poderá orientar corretamente e adaptar os exercícios de acordo com as capacidades e limitações de cada pessoa. É essencial que vocês tenham sempre atenção aos movimentos e não realizem as atividades de qualquer forma, pois isso pode resultar em lesões ou agravar a condição.
A Tatiana está muito feliz com sua evolução e com a conquista de cada pequeno passo. Ela sente-se grata por ter encontrado a ajuda certa, e eu tenho certeza de que vocês também vão alcançar seus objetivos se persistirem e contarem com profissionais capacitados.
Fonte: Síndrome de Guillain-Barré – Katiana Ribeiro por Marcio Santos