Pular para o conteúdo

Síndrome de Guillain-Barré: Causas, Sintomas e Tratamento

  • por
  • posts

Olá, eu sou a Márcia e hoje vou esclarecer algumas informações sobre a síndrome de Guillain-Barré. É importante mencionar que esse vídeo não substitui uma consulta médica e as informações aqui são apenas para fins estritamente educativos. Se você está em busca de mais informação e conhecimento, eu te convido a se inscrever aqui no canal e ativar o Sininho de notificações, porque toda semana eu trago conteúdos novos para auxiliar na sua formação e desenvolvimento da sua carreira.

O que é a síndrome de Guillain-Barré?

A síndrome de Guillain-Barré é um grupo de condições neuropáticas caracterizadas por fraqueza progressiva e diminuição ou ausência de reflexos miotáticos (reflexo motor) causado pelo estiramento de um músculo. Essa síndrome foi descrita em 1916 e atualmente é a principal causa de paralisia flácida aguda em todo mundo. Acredita-se que essa síndrome tem origem autoimune, podendo ser desencadeada por infecções, imunizações, procedimentos cirúrgicos, entre outros.

A forma mais comum da doença é chamada de síndrome desmielinizante, na qual o sistema imunológico ataca os nervos periféricos, levando a perda da bainha de mielina e, consequentemente, a interrupção da transmissão do impulso nervoso.

Sintomas:

A síndrome de Guillain-Barré se manifesta de 1 a 4 semanas após um quadro infeccioso. Alguns pacientes relatam sintomas de infecções respiratórias superiores ou diarreia de 3 a 6 semanas antes do aparecimento dos sintomas neurológicos. Os primeiros sintomas são parestesia (sensação anormal na pele), fraqueza, dor nos membros ou uma combinação desses sintomas, por exemplo.

A principal característica dessa síndrome é a fraqueza progressiva e relativamente simétrica dos membros. Essa fraqueza progride ao longo de um período de 12 horas a 28 dias até atingir um platô. Geralmente pode ocorrer hiporreflexia (diminuição dos reflexos). Mais da metade dos pacientes sente dor intensa e cerca de dois terços apresentam sintomas autonômicos, como arritmia cardíaca, instabilidade da pressão arterial ou retenção urinária. Além disso, o avanço dos sintomas pode comprometer a respiração e as funções vitais.

Os sintomas da síndrome progridem durante umas três semanas após o início dos sintomas. Durante esse período, dois terços dos pacientes tornam-se incapazes de andar independentemente. Cerca de 25% dos pacientes apresentam insuficiência respiratória e em 60% dos pacientes intubados ocorrem complicações como pneumonia, sepse, embolia pulmonar.

Cinco pacientes acometidos mais gravemente pela doença permanecem incapazes de andar 6 meses após o início dos sintomas.

Diagnóstico:

O diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré depende de exames neurológicos repetidos que demonstram o padrão clássico de avanço, fraqueza motora simétrica e reflexos miotáticos diminuídos. Dessa forma, mudanças específicas nas medições do líquido cefalorraquidiano e estudos de condução nervosa ajudam o diagnóstico. O teste do líquido cefalorraquidiano mostra níveis elevados de proteína e uma contagem normal de leucócitos, e os estudos de condução nervosa mostram um abrandamento ou possível bloqueio da condução.

Tratamento:

Todos os pacientes com a síndrome de Guillain-Barré devem ser hospitalizados até que tenha sido comprovado que não existe nenhum indício de progressão. De preferência, os pacientes devem ser assistidos em unidades de terapia intensiva, onde as frequências cardíacas e respiratórias podem ser monitoradas constantemente. O manejo desses pacientes requer medidas para a detecção precoce de complicações e suporte, levando em conta que 30% dos pacientes com a síndrome de Guillain-Barré desenvolvem insuficiência respiratória.

A terapia de suporte inclui o controle da dor com anti-inflamatórios não esteroidais, gabapentina, monitoramento de complicações respiratórias e autonômicas, e prevenção de trombose venosa, ruptura da pele e descondicionamento. A terapia de troca de plasma demonstrou melhorar os resultados de curto e longo prazo, e a imunoglobulina intravenosa demonstrou acelerar a recuperação em adultos e crianças.

Prognóstico:

Mesmo devidamente assistidos, 3% dos pacientes com a doença morrem de complicações, como sepse, embolia pulmonar ou parada cardíaca, provavelmente relacionada à disautonomia. Os problemas neurológicos persistem em até 20% dos pacientes com a doença, e metade deles ficam gravemente incapacitados.

Lembrando que temos aqui no canal uma playlist completa falando sobre várias doenças. Se tiver interesse, vou deixar o link aqui na descrição. E se você chegou até aqui, deixe o seu like no vídeo, que ajuda muito o meu trabalho, e assim eu continuo trazendo mais conteúdo. Por favor, comente quais assuntos você gostaria de ver aqui no canal. Eu espero você no próximo vídeo. Até lá!

Fonte: SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ – O que é, Sintomas e Tratamento por Enfermagem Florence