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Sinais de que o namorado está te traindo | Dia de Paula

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Minha experiência com a herpes

E eu já namorava tinha dois anos, mas quando a gente fez um ano de relacionamento, fomos no ginecologista juntos e fizemos os exames e tudo, e começamos a ter uma vida sexualmente ativa sem o uso do preservativo. Eu confiava muito nele, a gente sempre foi muito parceiro, amigo. Era tudo muito, muito bom, sabe? Teve um dia, um dia normal, comum, e a gente foi dormir, a gente ficou. Óbvio que no outro dia, ele foi trabalhar. E eu senti uma coceirinha na vagina, sabe? Pode ser que eu pensei que poderia ser da depilação, ou do elástico da calcinha. Não tem muita moral, né? Mas com o passar dos dias, a minha unidade foi abaixando, minha garganta foi doendo. Eu fui sentindo que alguma coisa estava acontecendo comigo, né? E a coceirinha na vagina não parava de doer. Eu comecei a sentir umas coisas ruins e tal, e a gente sabe que quando a gente vai pesquisar na internet, a gente vê um monte de coisa bizarra. Fazendo a vó vou no ginecologista, porque eu quero ter certeza do que está acontecendo. Ela já me passa o remédio, vai ficar tudo bem.

E eu cheguei na ginecologista, marquei ela, me analisou e virou para mim e falou: “herpes deve ter”.

Oi Rêe, é! Você namora o amor dois anos. Você já ficou com os homens? Ela veio me explicar sabe, ai olha, seu marido pode ser que não te traiu, não sei o quê. Mas eu não tinha explicação, eu não tinha nada, nada. E eu só ficava com ele, esperava. Nós fomos ao ginecologista juntos, fizemos exames juntos para começar a ter uma vida sexualmente ativa sem o uso do preservativo. Então a única pessoa que poderia ter me passado era o meu namorado, não tinha o que ela falasse que mudasse a minha opinião, sabe? E aí, eu fiz os exames, ela me passou os remédios, falou para mim me preocupar que dá tudo certo. Sabe, tudo certo, vida tudo certo comigo. Sim, eu sei que eu ficaria bem, mas eu não merecia aquilo.

E eu cheguei em casa, esperei ele chegar, porque a gente era amigado. Para quem não sabe, amigado é quando você não casa, mas já mora junto. E ele chegou em casa, também, sabe? E ele veio: “Oi, amor. Que que foi? Por que você tá assim? Que que aconteceu?”. E eu olhei assim para ele, vi o que aconteceu. “É que eu peguei de você”. “Como assim?”. Falei: “Como assim, você vai no médico amanhã comigo fazer todos os exames, porque eu não acredito que você me passou isso”. Ele leu para mim e disse: “Eu jamais. Você pegou? É estúpido, é ridículo”. E ele começou a me xingar, ele começou a me xingar, sabe? Falando que eu não valia nada, que se ele tivesse com alguma coisa, ele não ia me perdoar. Eu fiquei tão triste, tão mal, sabe? Falei: “Cara, não é possível”. Olhei pra cara dele, falei cara, “Além de você me passar uma doença, você tá me xingando? Quando é demais, pra mim isso é demais, demais demais pra mim. Você não tá entendendo. Eu vou pegar todas as minhas coisas e vou embora”.

O resumo da história é que eu peguei as minhas coisas, porque eram as minhas coisas, e eu aluguei um flat pra mim. Eu não fui para casa dos meus pais, porque eu não queria dar satisfação, eu não queria contar o que estava acontecendo. E aí ele foi no médico, a gente se acalmou, ele fez os exames, e foi tiro e queda. Foi ele que me passou, foi ele que teve tudo. Ele tentou me pedir perdão, aquilo tudo, sabe, mas era uma coisa que eu realmente não conseguia perdoar. Eu não conseguia voltar. Eu não conseguia me envolver novamente com ele, porque eu confiava muito, acreditava muito. E isso me fez muito, muito, muito, muito mal. Mas é uma coisa que a gente foi estudando, e descobriu que muitas pessoas que têm herpes labial e vaginal, mas às vezes ela é desenvolvida. Às vezes a nossa imunidade baixa e ela aparece. Mas não é automática, ele que me passou, eu que passei pra ele. Pode ser uma coisa que já tinha no meu organismo. Então, eu me acalmei, mas eu fiz todos os tratamentos e sumiu. Só não pode ter relação sexual quando ela estiver ativa. Ela começa esquentando a pele, depois sai uma feridinha.

E aí, você começa a tomar remédio, passa uma pomadinha, se cuida, e dá tudo certo. Assim como ela sai na boca, eu via como um monstro, sabe? E na verdade, não era assim. Não era um monstro. Às vezes, a gente chora, a gente sofre, dói, a gente não entende. Eu fiquei neurótica, caótica. Eu mal fiquei sem entender o que estava acontecendo. Bom, se você já teve desse tipo de coisa, procure pessoas que também já tiveram, que já se curaram, para te confortar. Não saia contando isso para todo mundo, que vai ficar te olhando torto, te criticando, falando de você. Entendeu? Escute músicas em inglês sobre o assunto, veja histórias de pessoas que passaram por isso, entenda os motivos e os porquês do porquê está acontecendo. Não fica se martelando e se matando por causa disso. Lembre-se de uma coisa: se a gente tem um problema, então é hora de buscar, independente do que for e do tamanho que for, busque a solução.

Fonte: MEU NAMORADO ME PASSOU… | Dia de Paula por DIA DE PAULA