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Remédios para Alzheimer: conheça os medicamentos para tratar a doença.

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Tratamento Medicamentoso para o Alzheimer

Olá, eu sou o Dr. Pellegrino, geriatra. Hoje vamos falar sobre medicamentos específicos para o tratamento da doença de Alzheimer. Muitas pessoas me perguntam se existem medicamentos para tratar essa doença e se vale a pena investir neles. Neste vídeo, vamos responder a essas perguntas e falar sobre como esses medicamentos agem, seus efeitos colaterais e quais médicos podem prescrevê-los.

O cérebro humano funciona por meio de impulsos mediados por neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelo próprio organismo, principalmente pelo cérebro. Um neurotransmissor importante para a memória é a acetilcolina. Na doença de Alzheimer, há uma deficiência desse neurotransmissor.

Há mais de 20 anos, surgiram os primeiros medicamentos para ajudar nessa deficiência, conhecidos como inibidores da colinesterase. A colinesterase é uma enzima que destrói a acetilcolina. Ao inibir essa enzima, há uma menor destruição da acetilcolina no cérebro, o que melhora o seu funcionamento, especialmente em relação à memória.

Os inibidores da colinesterase disponíveis hoje são: donepezila, rivastigmina e galantamina. Além desses, temos a memantina, um coadjuvante no tratamento do Alzheimer. É importante ressaltar que o tratamento com esses medicamentos não cura a doença de Alzheimer, mas pode retardar a sua progressão e minimizar os sintomas.

Na fase inicial da doença, geralmente obtém-se bons resultados com esses medicamentos. A escolha entre eles não depende de um ser melhor do que o outro, mas sim de como o paciente se adapta a cada um deles.

Os efeitos desses medicamentos não são imediatos e podem levar até três meses para serem percebidos. Por isso, é fundamental iniciar o tratamento o mais cedo possível na fase inicial da doença.

Os medicamentos têm doses iniciais e terapêuticas diferentes. A donepezila, por exemplo, é tomada apenas uma vez ao dia, começando com 5 mg e podendo ser aumentada para 10 mg. Já a rivastigmina é tomada em duas doses diárias, geralmente começando com meio miligrama até atingir 12 mg. A galantamina é tomada em dose única diária, começando com 8 mg e podendo chegar a 24 mg. A memantina é associada ao tratamento posteriormente, quando os outros medicamentos já não estão mais surtindo efeito.

Para fazer uso desses medicamentos, é necessário ser acompanhado por um médico especialista, como neurologista, geriatra ou psiquiatra, que são as três especialidades que tratam a doença de Alzheimer. Caso não haja esses especialistas disponíveis, um clínico geral ou outro médico com conhecimento na doença pode prescrevê-los.

No SUS, esses medicamentos são disponibilizados gratuitamente para todos os pacientes com doença de Alzheimer, conforme um protocolo estabelecido. É importante destacar que o paciente deve ser acompanhado por um especialista para que a dose e a medicação sejam ajustadas corretamente.

No próximo vídeo, falaremos sobre o tratamento dos sintomas neuropsiquiátricos da doença de Alzheimer, como agitação, delírios e alucinações. Abordaremos as drogas mais utilizadas, seus efeitos colaterais e os objetivos do tratamento.

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Fonte: Alzheimer, medicamentos para tratar . Quais são os remédios para tratar Alzheimer? por Alzheimer com Dr Pelegrino