Simulação de Atendimento a Parada Cardiorrespiratória

Nesse vídeo, vou apresentar a simulação de um atendimento a parada cardiorrespiratória ocorrida fora do ambiente hospitalar e também apresentarei uma simulação no ambiente hospitalar.

Para essa videoaula, estou utilizando um manequim simulador da Moji Glass, que permite a realização de intubação orotraqueal. Além disso, temos duas “ferinhas” simuladoras, uma de laringoespasmo e outra que simula a pulsação do paciente na artéria carótida.

Vamos iniciar a nossa simulação. A primeira coisa que você deve fazer é saber identificar os sinais de uma parada cardiorrespiratória. São eles: ausência da consciência, ausência de pulso central (verificamos na artéria carótida ou femoral) e ausência de respiração.

Para a identificação dos sinais de uma parada cardiorrespiratória, deixarei um card mostrando como fazer essa identificação. Basta clicar e assistir ao vídeo.

Identificando a ausência desses sinais, a primeira coisa que você deve fazer é solicitar ajuda. Se estiver no ambiente externo (fora do hospital), peça ajuda para qualquer pessoa. Se não houver ninguém para ajudar, acione o serviço especializado em emergência, como o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193).

Imediatamente, inicie as compressões torácicas. Para isso, siga os seguintes passos:

Identifique o ossinho chamado de processo xifóide, localizado logo acima do estômago;
Meça três dedos e posicione a região hipotenar da mão (calcanhar da mão) sobre esse osso;
Com a outra mão, posicione por cima da mão que está sobre o externo. É importante que o paciente esteja sobre uma superfície rígida, como uma prancha rígida;
Inicie as compressões torácicas de forma contínua.

Você deve realizar pelo menos 100 compressões por minuto, durante um minuto. Enquanto realiza as compressões, alguém deve chamar o serviço especializado em emergência (SAMU, por exemplo).

No ambiente externo, não é recomendado realizar a respiração boca a boca, devido ao risco de contaminação. Continue realizando as compressões de forma contínua.

Quando a equipe chegar, posicione a prancha rígida debaixo do tórax do paciente e continue as compressões até o posicionamento da máscara de ventilação. Para cada 30 compressões, realize duas ventilações.

No ambiente hospitalar, acione o código azul e inicie as compressões torácicas até a chegada dos outros membros da equipe. Quando a equipe chegar, posicione a prancha rígida e continue as compressões até o posicionamento da máscara de ventilação. Realize 30 compressões e duas ventilações.

Após o posicionamento e fixação da via aérea, continue com as compressões torácicas e as ventilações. Mantenha um ritmo de compressões acima de 100 por minuto e realize uma ventilação a cada seis segundos (entre 10 e 12 ventilações por minuto).

A cada dois minutos, pare para checar o pulso do paciente. Enquanto isso, a equipe irá monitorá-lo e administrar as drogas necessárias. Se o paciente apresentar fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, será necessário realizar a desfibrilação.

Ao realizar essas simulações com o manequim simulador da Moji Glass, é possível aprimorar suas habilidades e se tornar um profissional melhor. Além do atendimento à parada cardiorrespiratória, é possível realizar a intubação orotraqueal, avaliar a ventilação e realizar ausculta pulmonar, entre outras práticas.

A fixação da cânula após a intubação é importante para garantir a segurança do paciente. Lembre-se de fixá-la corretamente na face do paciente.

É importante ressaltar que, mesmo com o atendimento adequado, nem sempre o resultado será positivo e o paciente pode evoluir para óbito.

Fonte: RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR RCP por Professor Emerson Marques