Pular para o conteúdo

Principais informações sobre a Retocolite Ulcerativa: causas, sintomas e tratamentos.

  • por
  • posts


Como tratar a Retocolite Ulcerativa
A Retocolite Ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta a parte final do intestino grosso, especificamente o reto e o cólon. Neste artigo, o Dr. Fernando Lemos, especialista em coloproctologia no Rio Grande do Sul, explica alguns aspectos básicos sobre a doença e os métodos de tratamento disponíveis.
A RCU é uma doença individualizada, o que significa que seu tratamento pode variar de paciente para paciente. Alguns respondem bem à medicação, enquanto outros não têm uma resposta satisfatória. Além disso, a extensão da doença também é um fator importante a ser considerado. O Dr. Lemos sugere que os pacientes procurem um coloproctologista para um acompanhamento especializado, pois cada caso requer uma abordagem personalizada.
A retocolite ulcerativa é caracterizada pela inflamação crônica que afeta o revestimento interno do reto e do cólon. Ao contrário da doença de Crohn, outra doença inflamatória intestinal, a RCU não afeta outras partes do trato gastrointestinal, como o intestino delgado. A inflamação começa no reto e se estende em direção ao cólon ascendente, o que faz com que os sintomas variem de acordo com a extensão da doença.
Os sintomas mais comuns da RCU incluem diarreia com sangue, urgência para evacuar, dor abdominal e cólicas. No entanto, os sintomas podem variar consideravelmente de paciente para paciente. Alguns pacientes podem apresentar apenas sangramento retal, enquanto outros têm diarreia frequente. Cerca de 85% dos pacientes apresentam diarreia com sangue, com uma frequência que pode chegar a 10 a 12 vezes por dia.
O tratamento da RCU é individualizado e depende das características do paciente e da gravidade da doença. A medicação é a principal forma de tratamento e pode variar desde anti-inflamatórios até imunossupressores e terapias biológicas. Um dos medicamentos mais utilizados é a mesalazina, que pode ser administrada oralmente ou em forma de supositório, dependendo da localização da inflamação. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de corticosteroides.
Nos casos em que o tratamento medicamentoso não é eficaz ou quando há complicações graves, a cirurgia pode ser necessária. A colectomia total, que envolve a remoção do intestino grosso e reto, é o tratamento definitivo em alguns casos. Após a cirurgia, o paciente pode precisar de uma colostomia temporária, que é uma abertura no abdômen por onde as fezes são eliminadas. Após alguns meses, é possível fazer uma reversão da colostomia e reconstruir o trânsito intestinal.
Além da medicação e da cirurgia, algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar a controlar a RCU. É importante evitar alimentos que possam agravar os sintomas, como laticínios, alimentos gordurosos, alimentos ricos em fibras e temperos picantes. Cada paciente deve identificar quais alimentos causam piora dos sintomas e evitá-los.
O estresse também pode desencadear crises da doença, por isso é importante adotar medidas para reduzi-lo. A prática de exercícios físicos, técnicas de relaxamento e o apoio psicológico podem ser úteis nesse sentido. Além disso, alguns probióticos específicos podem ajudar a melhorar a saúde intestinal e reduzir a inflamação.
Em resumo, o tratamento da retocolite ulcerativa é complexo e requer um acompanhamento médico especializado. Cada caso deve ser avaliado individualmente para determinar a melhor abordagem terapêutica. O objetivo é controlar os sintomas, prevenir crises e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Portanto, se você apresenta sintomas de RCU, procure um coloproctologista para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. Lembre-se de seguir as orientações médicas e fazer os exames e acompanhamentos necessários para controlar a doença.
Fonte: Retocolite Ulcerativa! Princípios Básicos. por Dr. Fernando Lemos – Planeta Intestino