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Princesa Diana: Um olhar sobre a depressão pós-parto e suas complexidades.

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Lady Di: A Princesa que Sofreu em Silêncio

Hoje vamos falar de uma das mulheres mais famosas do mundo, que sofreu em silêncio com um problema muito mais comum do que nós imaginamos: a Princesa Diana. A Lady Di, como era conhecida, nasceu no dia 1º de julho de 1961 e foi uma aristocrata. Ela foi a primeira esposa do Príncipe Charles e mãe do Príncipe William e do Príncipe Harry.

Bom, seus pais se divorciaram quando ela era bem pequena, tinha apenas seis anos. Houve uma grande briga na justiça pela guarda, e o pai da Diana acabou ganhando. A Diana tinha vários episódios de depressão, e esse título de Lady, aliás, não era para o Charles, viu? Isso já vinha da família dela, bem antes do Charles. Em 1975, com a morte do avô paterno Robert Spencer, o pai da Diana se tornou oitavo Conde Spencer e a Diana e as irmãs receberam o título de Lady. O irmão do visconde também ganhou um título em 1978, se tornando o nono Conde Spencer.

A Diana não foi morar sozinha em um apartamento em Londres que ela ganhou, ela foi professora de balé e também de jardim de infância. Depois do seu casamento com o Príncipe de Gales, a Diana se tornou uma das mulheres mais famosas do mundo, uma referência na moda, um ideal de elegância. Gente, o cabelo dela era admirado por todo mundo.

Acontece que ela fez muito trabalho voluntário, principalmente pelo seu envolvimento no combate à AIDS e na campanha internacional contra as minas terrestres. Por causa disso, a Diana passou por momentos muito tristes. Segundo ela, depois de casada, ela tinha duas opções: afundar ou nadar. Em uma das suas biografias, ela comentou que logo na primeira semana do casamento, o Príncipe Charles a beliscou na cintura e falou: “Está meio um cachorro ajudinha aqui, em?” Pronto, deu um clique nela. A partir daí, entrou a bulimia na vida da Lady Di.

A Diana foi a primeira da realeza da Inglaterra a chorar em público, a falar sobre tristeza, sobre chifre, sobre depressão pós-parto. Segundo a professora de balé dela, ela amava o Charles, mas sabia que ele era apaixonado por outra pessoa, a Camilla Parker-Bowles, que inclusive é sua atual esposa.

Ela sofreu muito com a depressão pós-parto, sem poder falar para ninguém sobre isso. Em algumas entrevistas anos depois, a Diana contou para todo mundo sobre os problemas psicológicos que enfrentou, como a depressão a pegou profundamente. Segundo ela, no mundo inteiro estava em trabalho de parto com ela.

Foi um peso. Ela disse que a gestação foi super difícil e quando ele nasceu, foi um alívio. Mas esse alívio durou pouco, nesse ponto, ela já estava cansada de saber que o marido estava dando uns pulos com a Camilla. Ela ficou mal para caramba, chegou a se agarrar na amante dele. Esperava que isso fosse adiantar alguma coisa, mas não mudou nada.

Nesse período, ela começou mesmo a entrar em um declínio total, devido à depressão e bulimia. A própria Diana disse que todo mundo sabia, mas eles acreditavam que a bulimia era a responsável pelo casamento ter ficado com a penha. Ela se sentia rejeitada e diz que demorou para perceber que na verdade a razão da bulimia era por ela não se sentir boa o suficiente para a família, e por isso ela se castigava. Chegou a falar que direto machucava seus braços e pernas.

O desespero foi tão grande que ela chegou a se jogar da escada tentando cometer suicídio. Junto com tudo isso, a depressão pós-parto. Viu como a vida da Lady Di foi marcada por momentos difíceis?

No livro “Diana: Sua Verdadeira História”, ela fala da pressão da mídia avassaladora, por causa da primeira gravidez. As coisas foram piorando. Depois do nascimento do segundo filho, a Segunda Princesa, a depressão pós-parto pegou ela de jeito. Ela disse que não foi a gravidez que produziu essa depressão, mas sim a forma como a mente dela estava lidando com essa questão.

Segundo a Lady Di, muitos da família, os amigos e até o Charles achavam que ela dificultava a vida do marido, que ela era “loucona” e agia como uma criança mimada. Mas, na real, ela só queria um pouquinho de descanso, paciência e tempo para adaptar todos os papéis que ela recebeu.

O que é a Depressão Pós-Parto?

Agora vamos falar sobre a depressão pós-parto em si. O principal é que essa doença tem tratamento. Mas o que é exatamente a depressão pós-parto? É um evento que ocorre com a mãe após o parto e que impede de produzir para o bebê o suporte físico e emocional que ele precisa para sua sobrevivência.

A causa da depressão pós-parto é sempre multifatorial, como desajuste emocional da mãe, pobreza, luto, desnutrição, pouca idade da mãe, uso de drogas e até mesmo alto nível de expectativa, como no caso da Lady Di.

O desajuste emocional da mãe é o que vamos nos concentrar, pois é o mais relevante. Durante o período de gestação, a mãe vai gradativamente projetando sobre aquele corpo que ainda não nasceu suas expectativas, anseios, amor e temores, principalmente o seu desejo com relação ao bebê que está gerando. Através dessas imagens projetadas sobre o bebê e até mesmo o nomezinho que ela vai dar para ele, a mãe humaniza o bebê, conseguindo assim se relacionar com ele.

Para certas mães, o sentimento em relação ao bebê é um assunto complicado, que faz aparecer nelas questões internas inconscientes e hostis que estavam sob um aparente controle, e que podem colocar em perigo a relação com o bebê. O ódio e a rejeição podem tomar o lugar do amor e do desejo. Alguns casos extremos disso são quando a mãe quer abandonar o bebê depois que ele nasce ou até mesmo machucá-lo.

Em muitos casos, a depressão pós-parto se resolve sozinha e a mãe retoma o contato com o bebê gradativamente. Mas em outros casos, é necessário buscar ajuda terapêutica. No Brasil, uma em cada cinco mulheres sofre de depressão pós-parto. Isso é algo muito sério e que precisa ser falado e tratado.

Fonte: PRINCESA DIANA – DEPRESSÃO PÓS PARTO – CADA CASO UM CAOS por Canal da Luka Salomão