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Prevenção, tratamento e vacinação contra o câncer de colo uterino e lesões de alto grau

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O câncer de colo uterino

Olá, tudo bom? Eu sou o Dr. Ronald Delgado, cirurgião oncológico, e no vídeo de hoje vamos abranger tudo o que diz respeito ao câncer de colo uterino. Se ainda não se inscreveu no meu canal, por favor, inscreva-se e confira a descrição do vídeo para encontrar os links para o meu Instagram e WhatsApp comercial.

O câncer de colo uterino tem uma importância socioeconômica e cultural. É mais frequente em países subdesenvolvidos e também apresenta variações regionais dentro de um mesmo país. Por exemplo, em São Paulo, a incidência é menor do que nos estados do Norte e Nordeste. É o terceiro câncer mais frequente entre as mulheres e a principal causa de morte por câncer na população feminina.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, estima-se que em 2020 haverá aproximadamente 7 mil novos casos da doença. Portanto, é uma doença que devemos levar em consideração e combater.

O câncer de colo uterino apresenta fatores de risco que devemos considerar para evitar o desenvolvimento da doença. Esses fatores de risco incluem a transmissão do HPV (vírus do papiloma humano), início da atividade sexual precoce, múltiplos parceiros, consumo de cigarro e uso prolongado de anticoncepcionais.

É importante destacar que o uso prolongado de anticoncepcionais não possui uma relação direta com o aumento da incidência do câncer de colo uterino. No entanto, algumas mulheres que utilizam anticoncepcionais sem preservativos e têm múltiplos parceiros aumentam a transmissão do HPV e, consequentemente, as chances de desenvolver câncer de colo uterino. Por isso, também ressaltamos o papel indireto do anticoncepcional.

Toda doença apresenta sintomas, porém, é importante ressaltar que o câncer de colo uterino nas suas fases iniciais, como as lesões pré-malignas, não apresenta nenhum sintoma. Alguns sintomas que podem surgir em estágios mais avançados da doença incluem dor pélvica, secreção vaginal com odor fétido, sangramento alternado e dor durante as relações sexuais.

Para prevenir essa doença, é importante se vacinar contra o HPV, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. Além disso, é fundamental realizar o exame de Papanicolau, também conhecido como preventivo. Esse exame consiste na coleta de células do colo uterino para análise e, caso seja encontrada alguma lesão suspeita, é possível realizar outros procedimentos, como biópsias e colposcopia, para confirmar o diagnóstico.

O HPV é muito comum entre a população e estima-se que até 80% das pessoas possam ter o vírus em algum momento da vida. No entanto, apenas cerca de 14% dessas pessoas desenvolvem lesões pré-malignas ou câncer de colo de útero. Por isso, é importante realizar os exames periódicos e acompanhar sempre com seu ginecologista.

Caso seja encontrada alguma lesão suspeita no exame, como uma lesão de alto grau, é possível realizar uma conização, que consiste na retirada de uma pequena quantidade do colo uterino para análise. Se confirmado que é uma lesão de alto grau, é preciso realizar uma histerectomia radical, que é a cirurgia principal para pacientes com câncer de colo uterino.

Em casos mais avançados da doença, onde a cirurgia não é mais suficiente, são realizados tratamentos como quimioterapia, radioterapia e braquiterapia. É importante ressaltar que conforme o estadiamento avança, as chances de cura diminuem, por isso o diagnóstico precoce é fundamental.

Espero que tenha gostado do vídeo. Não se esqueça de me seguir no meu canal e no Instagram. Se tiver dúvidas, entre em contato comigo. Nos vemos no próximo vídeo!

Fonte: Câncer de colo uterino, lesões de alto grau, NIC2, NIC3, Histerectomia Radical, vacina do HPV, por Dr. Ronald Delgado – Cirurgia Oncológica