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Prática de Enfermagem: Resumo do Exame Físico Respiratório

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Revisão: Anamnese e Exame Físico do Sistema Respiratório

Olá pessoal, aqui é a professora Maria Paula e hoje vamos revisar a anamnese e o exame físico do sistema respiratório. Vamos lá! Começaremos pela anamnese, que é uma entrevista onde buscamos informações relacionadas à parte respiratória do paciente. É preciso perguntar sobre antecedentes pessoais e história prévia de doenças respiratórias, alergias, imunizações e internações anteriores. Também devemos questionar sobre tratamentos prévios, uso de medicamentos, tabagismo, sedentarismo, ocupação e exposição a substâncias que possam interferir na saúde respiratória. É importante saber sobre o ambiente em que o paciente vive, se há umidade ou presença de mofo, se está exposto a vento ou se há alguma fonte de substâncias irritantes. Também devemos perguntar sobre alimentação, hábitos gerais e nível de estresse. Em relação aos antecedentes familiares, é importante saber se há casos de asma, fibrose cística, enfisema, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), câncer de pulmão ou tuberculose. Devemos perguntar sobre a presença de dor torácica, o tipo e intensidade da dor, bem como a presença de tosse e expectoração, o aspecto da secreção e se há presença de sangue. Também é importante questionar sobre a presença de dispneia (desconforto respiratório) e suas características. Devemos perguntar sobre possíveis episódios de desmaio ou alterações de sono. Se possível, também é interessante saber se o paciente já apresentou episódios de cianose (coloração arroxeada ao redor dos lábios) ou lábios puxados, que podem indicar falta de oxigênio.

Depois de coletar as informações necessárias durante a anamnese, podemos realizar o exame físico propriamente dito. Começamos com o exame físico geral, onde devemos sempre verificar os sinais vitais, como frequência cardíaca, frequência respiratória e, se pertinente, a saturação de oxigênio.

Avaliaremos, então, os passos propedêuticos para a avaliação do sistema respiratório. Utilizaremos os seguintes passos: inspeção, palpação, percussão e ausculta. Na inspeção estática, observamos o formato do tórax, identificando se é normal, em formato de tonel, em formato de funil, com cifose ou com escoliose. Também avaliamos a pele, procurando por cicatrizes, lesões, pelos e abaulamentos. Na inspeção dinâmica, observamos o movimento da respiração, avaliando a amplitude e profundidade, frequência e ritmo. Também avaliamos a presença de desconforto respiratório, como a utilização de musculatura acessória, tiragens intercostais, batimento de asas do nariz e retração de fúrcula.

No passo seguinte, a palpação, procuramos por áreas sensíveis, presença de massa ou desvio de traqueia. Também avaliamos os linfonodos, verificando se há algum aumento. Avaliamos a expansibilidade e simetria do tórax por meio da palpação com as mãos espalmadas no tórax anterior e posterior, pedindo ao paciente para inspirar e expirar enquanto fazemos o movimento de abertura e fechamento das mãos. Também podemos avaliar o frêmito toracovocal, que consiste na vibração do ar ao passar pelas vias aéreas durante a fala do paciente.

Na percussão, avaliamos a presença de ar, líquidos ou massas nos pulmões. O som normal é claro e pulmonar. Sempre devemos comparar as regiões de percussão entre as bases e os ápices e entre o lado direito e esquerdo.

Por fim, na ausculta, avaliamos os ruídos respiratórios, conhecidos como murmúrios vesiculares. Devemos verificar se há algum ruído anormal, como sibilos (chiados), roncos ou estertores. Os sibilos indicam dificuldade de passagem do ar devido a uma broncoconstrição, e podem ser ouvidos como um “chiado” durante a inspiração ou expiração. Os roncos são indicativos de presença de secreção nas vias aéreas, produzindo um som semelhante a um ronco no momento da passagem do ar. Os estertores são ruídos semelhantes a um “cabelo esfregando no outro” e indicam a presença de líquido. É importante mencionar a intensidade, duração, localização e relação com a tosse de qualquer ruído adventício identificado na ausculta.

Essas são as etapas do exame físico do sistema respiratório. Lembre-se sempre de comparar as regiões de ausculta e percussão entre os lados direito e esquerdo, bem como entre as bases e os ápices. Anote todas as alterações identificadas e faça uma reflexão sobre os aspectos da ausculta respiratória. É importante lembrar que o exame físico deve ser realizado de forma detalhada e minuciosa para garantir uma avaliação completa e precisa do sistema respiratório.

Espero que tenham gostado dessa revisão! Se tiverem alguma dúvida, deixem nos comentários. Não esqueçam de curtir o vídeo e se inscrever no canal para mais conteúdos como esse. Muito obrigada e até a próxima!

Fonte: RESUMO Exame físico RESPIRATÓRIO I Enfermagem por Maria Paula Pires