Pular para o conteúdo

Pericárdio: sintomas, causas e tratamento da pericardite aguda

  • por
  • posts

Doenças do Pericárdio

Neste artigo, vamos falar sobre as doenças do pericárdio, incluindo a pericardite aguda e a pericardite crônica. Antes disso, é importante entender o que é o pericárdio.

O pericárdio é composto por dois folhetos, o visceral e o parietal, que envolvem o coração. O folheto visceral está mais próximo ao órgão, enquanto o parietal está mais distante. Entre esses folhetos, há um fluido pericárdico que permite o deslizamento de um folheto sobre o outro, ajudando nos movimentos cardíacos.

A pericardite aguda ocorre quando há uma inflamação nos folhetos pericárdicos, levando a um aumento na produção do fluido pericárdico. Isso resulta em um acúmulo de fluido acima dos 10-50 ml normais. A pericardite aguda é caracterizada por uma duração de menos de seis semanas, enquanto a pericardite crônica dura mais de seis meses.

As causas da pericardite podem ser infecciosas ou não infecciosas, e podem estar relacionadas à autoimunidade. Os sintomas comuns da pericardite incluem dor precordial ou retroesternal contínua, que pode irradiar para o pescoço, ombro esquerdo e membros superiores. A dor tende a piorar com a inspiração profunda ou tosse.

No exame físico, o médico pode detectar um atrito pericárdico, um som semelhante a um ruído cardíaco, audível na borda esternal esquerda. Esse atrito é mais audível quando o paciente se inclina para a frente. Além disso, pode haver efusão pericárdica visível no ecocardiograma ou raio-x de tórax.

O diagnóstico diferencial da pericardite deve considerar outras condições que podem causar dor precordial, como infarto agudo do miocárdio, pericardite pós-infarto, pericardite relacionada a neoplasias e pericardite urêmica.

O tratamento da pericardite aguda depende da causa subjacente. Para pericardite viral ou idiopática, o uso de anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, é recomendado. A colchicina pode ser utilizada como um coadjuvante no tratamento da dor e prevenção de recorrências. Nos casos refratários, os corticoides podem ser considerados.

No caso de recorrências por mais de dois anos, pode ser necessário realizar uma pericardiotomia, que é a remoção cirúrgica de parte do pericárdio.

Fonte: Pericárdio – Pericardite aguda por Jaleko Acadêmicos