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Perguntas e respostas: esclareça suas dúvidas sobre o diagnóstico de pancreatite com um especialista

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Depois de sentir enjôos com frequência durante um longo período de tempo, Caroline Marques procurou um médico. Há quatro meses, ela descobriu que sofria de pancreatite.
No início, pensei que estava com cálculo renal, já que estava sentindo muita dor nas costas. E eu já tinha um histórico de cálculo renal. Também estava me sentindo muito cansada, com as mãos muito inchadas e passando mal. As pessoas até chegaram a dizer que eu estava grávida, de tão inchada que eu estava. Tive tonturas e admito que não me cuidei muito bem. Só continuava me alimentando com fast-food, pizzas e sanduíches.
Quando ocorre a inflamação no pâncreas, todas as suas funções são prejudicadas, surgindo a pancreatite, que pode se apresentar de forma aguda ou crônica. O paciente pode sentir dor abdominal, náuseas, vômitos, febre e ritmo cardíaco acelerado. O tratamento para pancreatite geralmente requer hospitalização. O tempo que o paciente passará no hospital dependerá de cada situação. Algumas pessoas se recuperam rapidamente, mas outras apresentam complicações que necessitam de cuidados especiais.
No caso de Caroline, a pancreatite foi aguda e o tratamento exigiu muitas restrições. “Se eu soubesse que era isso, eu teria me cuidado para não deixar as coisas chegarem onde chegaram. Quando cheguei no hospital, o médico me disse que eu ia passar três dias sem me alimentar, para que meu pâncreas desinflamasse. Eu tinha que ficar sem alimentação, inclusive água. Então, passei três dias somente no soro glicosado, sem me alimentar de nada. Esses três dias serviram de uma reflexão para minha vida”.
A pancreatite pode ser evitada ao manter uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas. A diminuição da ingestão de bebida alcoólica também diminui esse risco, e os fumantes estão na lista negra da doença. O álcool está mais relacionado a uma das formas de pancreatite crônica. “Nunca mais o álcool”, afirma Caroline.
O álcool e o cigarro fazem mal ao pâncreas. O álcool está mais relacionado a uma das formas de pancreatite crônica, além de ser uma das duas causas mais frequentes na forma aguda. A outra causa é a presença de pedras na vesícula, que podem se deslocar e causar pancreatite aguda. O tratamento para a forma crônica é feito com medicamentos para controlar as funções do pâncreas. João Vitor, do Mocambinho do Toque, tem mais risco de desenvolver pancreatite aguda, já que bebe muito em uma única ocasião. Já a pessoa que bebe diariamente, mesmo em quantidade menor, tem mais risco de desenvolver pancreatite crônica.
O pâncreas é uma glândula, e muitas vezes só lembramos de sua importância quando ocorrem problemas. “Ele primeiro anatomicamente é escondidinho. Ele não costuma dar muito problema, como, por exemplo, o estômago que dá muito problema para a gente. Mas quando ele dá problemas, são problemas sérios”, explica o médico gastroenterologista.
A pancreatite aguda tem cura. O problema é que ela pode se manifestar de forma leve, que muitas vezes pode ser controlada, ou de forma grave, que tem alta taxa de mortalidade. Por isso, é importante procurar ajuda médica imediatamente quando os sintomas como dor abdominal e vômitos aparecerem.
Além disso, algumas dicas importantes para prevenir a pancreatite são: beber moderadamente, ter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas e realizar exames de prevenção, como ultrassonografia abdominal para verificar a presença de pedras na vesícula. Seguindo essas recomendações, é possível evitar a pancreatite e ter uma vida saudável.
Fonte: Especialista tira dúvidas sobre diagnóstico de pancreatite por Rádio Cidade Verde