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Paracentese: o que é, por que fazer e como fazer

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Talvez seja um dos procedimentos mais realizados, principalmente naqueles pacientes que têm ascite, que é o acúmulo de líquido na cavidade peritoneal. Ou seja, “água na barriga”. Ou também em pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca congestiva e acabam acumulando líquido por transudação no interior da cavidade peritoneal. A paracentese é rotina na nossa prática clínica e não precisa ser um cirurgião para realizá-la. Mesmo que vocês estejam clínicos treinando, com habilidades para realizar a paracentese.

Quando falamos em paracentese, estamos nos referindo tanto à paracentese diagnóstica para testes de alívio, quanto à paracentese terapêutica. A primeira tem a finalidade de finalizar o diagnóstico, enquanto a segunda tem a finalidade de esvaziamento para aliviar os sintomas do paciente.

A paracentese é um procedimento invasivo e consiste na retirada de líquido da cavidade peritoneal, ou seja, líquido da barriga do paciente. É um procedimento médico que tem o objetivo de estudar o líquido ascítico.

Indicamos a paracentese quando há líquido no interior da cavidade peritoneal, ou seja, quando o paciente tem ascite. Ele apresentará um aumento do volume abdominal, e um dos principais exames físicos que podemos fazer é o aumento do volume abdominal associado a um sinal de Piparote positivo. Esse sinal consiste em dar tapas de um lado do abdômen e sentir as vibrações líquidas do lado contralateral do abdômen.

A paracentese é de extrema importância, pois a presença de líquido na cavidade peritoneal significa que há uma perda muito grande de espaço, e essa perda líquida pode levar a distúrbios de filtração e translocação bacteriana. A translocação bacteriana pode levar a uma infecção do líquido ascítico, resultando em peritonite bacteriana espontânea, que é muito comum em pacientes cirróticos.

Para realizar uma paracentese, você vai precisar de uma agulha de calibre 14 ou 16, com cerca de 3 centímetros de tamanho. O ideal é utilizar uma quantidade mínima de anestésico local, como a xylocaína a 2%, para anestesiar a região onde a agulha será introduzida.

Após fazer a assepsia da região, introduza a agulha a 90 graus em relação à pele do paciente, aspirando ao mesmo tempo. Se o líquido ascítico sair, isso significa que você já pode fazer o esvaziamento. Tome cuidado para não retirar mais de 5 litros de líquido ascítico, pois isso pode levar à hipoproteinemia.

Terminado o procedimento, retire a agulha e faça um curativo na região. Caso deseje realizar um diagnóstico, envie o líquido ascítico para análise laboratorial. Caso contrário, simplesmente elimine o líquido ascítico para proporcionar conforto e melhor qualidade de vida ao paciente.

Algumas complicações que podem surgir durante a paracentese incluem perfuração de alças intestinais, infecção, sangramento intenso e perfuração de vasos sanguíneos. Por isso, é importante estar preparado para lidar com essas complicações e agir rapidamente quando necessário.

A paracentese é um procedimento clínico que pode ser executado por um profissional que esteja treinando. Não é necessário ter uma grande experiência, mas é preciso respeitar cada passo do procedimento para garantir os melhores resultados.

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Fonte: Paracentese o que é, porque que fazer e como fazer por RL Conexão Saúde