Pular para o conteúdo

Os principais riscos associados à doença renal

  • por
  • posts

Doença Renal – Riscos e Cuidados

Este é o grande hall do Hospital de Clínicas na sua versão interativa 2015, em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Um aspecto importante do ponto de vista epidemiológico é que cerca de 10% da população brasileira apresenta alguma forma de doença renal. Por essa razão, nós apresentamos o tema de hoje que trata dos riscos da doença renal, e convidamos para participar desse encontro o professor Carlos Alberto Pront, do serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas, e a professora Cristina Carol, que é chefe da Unidade de Diálise do Hospital de Clínicas.

O rim é um órgão silencioso, porém importante, que pode ter uma repercussão significativa na saúde do indivíduo. Como acesso à doença renal, é uma patologia extremamente prevalente na população, não só brasileira, mas mundial. A prevalência tem crescido ao longo do tempo, provavelmente devido ao aumento da expectativa de vida em todos os países civilizados.

A doença renal é uma disfunção do rim que geralmente é caracterizada por uma diminuição da filtração glomerular, mas também pode afetar outros aspectos funcionais do rim. A doença renal crônica é importante para que possamos identificar os fatores de risco envolvidos. Na maior parte das vezes, a doença renal é primária dos rins, mas também pode ser causada por uma doença sistêmica que também lesiona os rins. As duas patologias mais comumente associadas à doença renal são o diabetes e a hipertensão arterial. Dois terços dos pacientes com doença renal crônica têm essa doença secundária ao diabetes e à hipertensão.

Há um terceiro fator de risco importante que as pessoas devem saber, que é a história familiar de doença renal. A terceira causa mais comum de doença renal terminal é a doença renal policística, que é uma doença genética familiar transmitida de pais para filhos.

A idade também é um fator de risco, embora a questão da idade na doença renal seja um pouco controversa. Enquanto alguns autores afirmam que há uma perda de filtração glomerular a partir dos 40 anos, outros acham que os idosos saudáveis não apresentam perda de função renal. Reconhecendo esses fatores de risco, como fazemos a identificação da doença renal?

É uma pergunta perfeita. Através de exames de sangue e urina, podemos avaliar a função renal. O exame de sangue mede a creatinina sérica, que é usada em fórmulas matemáticas para estimar a filtração glomerular. Já o exame de urina avalia a presença de proteína na urina. Essas duas formas de avaliação simples podem ser feitas em qualquer local.

Além disso, é importante avaliar os fatores de risco e identificar os pacientes que precisam ser avaliados. Através da creatinina, podemos avaliar a filtração glomerular, e através do exame de urina, podemos avaliar a presença de proteína. Essa disfunção do rim não filtrar adequadamente pode causar a passagem de proteína na urina, o que é um fator de risco para a progressão da doença renal e também para doenças cardiovasculares.

Os pacientes com doença renal crônica estão sujeitos a várias complicações. A primeira implicação óbvia é a possibilidade de evoluir para insuficiência renal terminal, necessitando de tratamentos como a diálise ou o transplante renal. Além disso, esses pacientes correm risco de vida quando evoluem para insuficiência renal terminal.

No entanto, é importante ressaltar que nem todos os pacientes com doença renal crônica evoluem para insuficiência renal terminal. A maioria tem um potencial evolutivo pequeno. Porém, a doença renal crônica é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares, tão importante quanto o diabetes. Portanto, é fundamental cuidar desses pacientes, levando em consideração os riscos cardiovasculares e as complicações associadas à perda da função renal.

Para prevenir a doença renal, é recomendado manter hábitos de vida saudáveis, como uma dieta adequada, exercícios físicos, controle do diabetes, da hipertensão e da dislipidemia. Além disso, o tratamento da anemia e dos distúrbios do metabolismo mineral e ósseo é essencial. Em estágios avançados, quando há perda quase total da função renal, é necessário recorrer à diálise ou ao transplante renal.

Por fim, gostaríamos de agradecer a sua atenção a esse programa. Lembre-se de que tanto o professor Carlos Alberto Pront como a professora Cristina Carol estarão à disposição para responder perguntas e ouvir os seus comentários pelo período de uma semana. Em nome do Hospital de Clínicas, agradecemos a sua participação.

Fonte: Riscos da doença renal por Hospital de Clínicas de Porto Alegre