As Artérias Coronárias e o Infarto Agudo do Miocárdio

Olá pessoal, hoje vamos falar sobre as artérias coronárias e o infarto agudo do miocárdio. Antes de começar a aula, eu queria saber se você já se inscreveu no congresso de anatomia e saúde que eu falei no último vídeo que postei aqui no canal. Não? Então corre no link aqui embaixo e se inscreve. Com essa pré-inscrição, você já consegue ter acesso ao conteúdo gratuito do congresso, concorre ao sorteio de livros e recebe por e-mail orientações sobre as próximas etapas do congresso. Se você já se inscreveu, comenta aqui embaixo para saber se vamos ao assunto da aula de hoje.

O coração, como todos os órgãos do nosso corpo, também precisa de irrigação sanguínea. Ele necessita receber sangue, ainda mais sabendo que é um órgão muscular que consome bastante energia devido às suas contrações. Portanto, é importantíssimo que o coração receba uma boa irrigação sanguínea para que haja o suprimento de oxigênio e nutrientes para o músculo cardíaco conseguir produzir energia suficiente para realizar as suas contrações.

Para termos uma ideia, durante o repouso, o próprio coração recebe aproximadamente 5% do sangue bombeado por ele mesmo. Em uma situação de atividade física intensa, essa porcentagem aumenta para 20% do bombeamento. Portanto, os primeiros ramos que saem da aorta são direcionados para o próprio coração para garantir a irrigação sanguínea do músculo cardíaco. Se o coração, ou seja, o músculo cardíaco, não receber sangue de maneira adequada, ele não consegue contrair e, se ele não contrair, o sangue não chega em lugar nenhum do corpo.

A partir da aorta, surgem dois pequenos ramos chamados de artérias coronárias, que vão ser direcionados para o próprio coração. A artéria coronária direita e as suas ramificações abastecem o átrio direito, o ventrículo direito, a parede posterior do coração e uma pequena parte do septo interventricular. Já a artéria coronária esquerda e suas ramificações ficam responsáveis pela irrigação do átrio e ventrículo esquerdos, além da maior parte do septo interventricular. É importante ressaltar que as artérias coronárias são comprimidas durante a contração cardíaca (sístole) e apenas recebem irrigação sanguínea durante o relaxamento (diástole).

Mas o que o infarto tem a ver com essa história? O infarto agudo do miocárdio ocorre quando a irrigação do músculo cardíaco pelas artérias coronárias fica prejudicada. Ou seja, quando existe uma obstrução de alguma artéria coronária. O infarto nada mais é do que a morte de um grupo de células cardíacas que acontece pela falta de suprimento sanguíneo, e isso acaba gerando sintomas como dor opressora no centro do peito, que pode irradiar para outras regiões. É comum a dor do infarto irradiar para o braço esquerdo, mas não é regra. Muitas vezes, essa dor também pode se manifestar na mandíbula, no estômago ou até nas costas.

A causa mais comum que leva à obstrução das artérias coronárias é a aterosclerose. A aterosclerose é uma doença que leva ao depósito de placas de gordura no interior das artérias. Essas placas de gordura também são chamadas de placas de ateroma. Os fatores que predispõem ao infarto agudo do miocárdio estão relacionados à idade, tabagismo, obesidade, diabetes, altos níveis de colesterol sanguíneo e fatores hereditários.

Eventualmente, a pessoa pode ter os sintomas do infarto sem que a morte das células cardíacas efetivamente tenha ocorrido. Isso é o que chamamos de angina. A angina acontece geralmente quando já existe uma obstrução parcial de alguma artéria coronária pelas placas de ateroma. Mas, no repouso, o fluxo sanguíneo não fica prejudicado porque a demanda cardíaca por sangue não é tão grande quando está em repouso. No entanto, quando a pessoa é submetida a algum estresse físico ou mental, a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam, aumentando a demanda de sangue. Há necessidade de sangue pelo próprio músculo cardíaco. Além disso, o estresse ambiental faz com que as coronárias com aterosclerose sofram uma vasoconstrição, bloqueando temporariamente o fluxo sanguíneo para uma região cardíaca, gerando os sintomas do infarto. Mas, quando a pessoa se acalma, quando ela para a atividade física, alguns minutos depois, a dor para porque as coronárias relaxam, a frequência cardíaca diminui, diminuindo a demanda de sangue, e o fluxo sanguíneo é restabelecido.

Já os sintomas do infarto não cessam com repouso, porque já existe a morte de um grupo de células cardíacas. A gravidade do infarto sempre vai depender do tamanho da coronária que foi obstruída e da extensão da área afetada.

Lembrando que se você se deparar com alguma pessoa que tenha esses sintomas, você deve encaminhar a pessoa imediatamente para o hospital. Na impossibilidade de você mesmo transportar a pessoa para o hospital, acione os números de emergência 192 ou 193. Revisando então, as artérias coronárias se originam dos primeiros ramos que saem da aorta e elas são direcionadas para irrigar o próprio músculo cardíaco. O infarto agudo do miocárdio nada mais é do que a morte de um grupo de células cardíacas que acontece pela falta de suprimento sanguíneo. Essa falta de suprimento sanguíneo ocorre provavelmente pela obstrução de alguma artéria coronária. A causa mais comum de obstrução coronariana é a aterosclerose, que nada mais é do que o depósito de placas de ateroma no interior das artérias. Espero que vocês tenham entendido e até a próxima aula.

Fonte: Sistema Cardiovascular 5/6: Artérias Coronárias e Infarto Agudo do Miocárdio | Anatomia e etc. por Anatomia e etc. com Natalia Reinecke