Impacto da poluição na saúde – Conheça os efeitos e saiba como se proteger

O estilo de vida atual inclui cada vez mais atividades físicas como bicicleta, corrida e caminhada. Esses exercícios são ótimos para a saúde, porém, um problema é a poluição que inalamos nos grandes centros urbanos. Neste artigo, vamos medir a quantidade de poluentes presentes em São Paulo, entender o impacto disso em nosso dia a dia e descobrir como nos proteger.

Para realizar as medições, estamos no Parque do Ibirapuera, uma grande área verde da cidade. Utilizaremos um equipamento especializado fornecido por Eric, que mede variáveis ambientais como pressão atmosférica, temperatura, umidade e a concentração de poluentes, como o ozônio.

Ao fazer a medição às 11 horas da manhã, registramos uma concentração atual de 15 a 20 microgramas por metro cúbico de ozônio. Esse poluente causa inflamação nos pulmões, podendo levar ao desenvolvimento de doenças respiratórias crônicas e até mesmo câncer de pulmão. A exposição crônica à poluição do ar também afeta outros sistemas do corpo como o sistema cardiovascular, aumentando o risco de acidente vascular cerebral.

Agora, vamos acompanhar Eric em seu percurso diário de bicicleta pela cidade para verificar a concentração de ozônio em diferentes regiões. Durante o trajeto, encontramos picos de 13 a 20 microgramas por metro cúbico, que estão dentro do esperado para o dia. No entanto, é importante ressaltar que mesmo níveis considerados “dentro do esperado” ainda podem causar danos à saúde.

Uma das questões levantadas é se as pessoas têm consciência da qualidade do ar que estão respirando e seu impacto na saúde. Infelizmente, a maioria das pessoas não tem essa consciência, o que dificulta o engajamento da população em exigir ações para reduzir a emissão de poluentes. Além disso, muitas pessoas não percebem que a poluição do ar causa mais danos do que acidentes de trânsito.

Então, o que fazer quando se quer fazer exercícios em dias poluídos? Uma opção é realizar atividades físicas em ambientes fechados ou em ruas com menos tráfego. Além disso, é importante estar atento a um sistema de informações que indique a qualidade do ar para tomar precauções adequadas.

Infelizmente, poucos municípios no Brasil fazem o monitoramento da qualidade do ar. A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) é responsável pelo monitoramento mais avançado e serve como referência. No entanto, é necessário ampliar o monitoramento para dar uma maior segurança à população e possibilitar uma cidadania mais ativa.

Conversando com Maria Lúcia, gerente da divisão de qualidade do ar da CETESB, conhecemos os equipamentos utilizados para as medições e como eles funcionam. São equipamentos calibrados diariamente para garantir medidas precisas dos poluentes presentes no ar.

Porém, as tecnologias emergentes estão trazendo alternativas mais acessíveis para o monitoramento da qualidade do ar. Essas tecnologias, embora menos precisas do que as estações tradicionais, podem ser utilizadas como uma ferramenta qualitativa para dar uma ideia da qualidade do ar em determinada região. Além disso, essas tecnologias podem reduzir os custos do monitoramento e possibilitar o compartilhamento de dados em tempo real na internet.

O objetivo dessas novas tecnologias é auxiliar na conscientização da população e no engajamento das pessoas para pressionar por ações que reduzam a emissão de poluentes. Além disso, elas também podem ajudar na criação de mapas de poluição em tempo real, permitindo que as pessoas tomem precauções adequadas para se protegerem.

No futuro, a intenção é expandir o monitoramento para outros poluentes, como os gases de efeito estufa, e tornar as estações de monitoramento mais populares, como as estações de bicicleta pública. Dessa forma, além de complementar as medições das estações tradicionais, seria possível incentivar maior participação da população e levar o monitoramento da qualidade do ar a lugares que ainda não têm esse acompanhamento.

Ao término do percurso, Eric conclui que o projeto ainda precisa de parceiros para ser implementado de fato, principalmente no sistema de bicicleta pública. Ele acredita que essa iniciativa pode combinar diversos aspectos, como a preocupação com o bem-estar das pessoas e o avanço das cidades inteligentes. Com a conscientização da população, podemos criar uma sociedade mais ativa e engajada na melhoria da qualidade do ar.

Compartilhe esse vídeo e ajude a disseminar informações sobre a qualidade do ar e os impactos na saúde! Até mais!

Fonte: Novas tecnologias alertam para a poluição do ar por Climatempo