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Morte cerebral: Saiba se é possível desligar os aparelhos.

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Morte Encefálica

Olá gente, tudo bem? Meu nome é Brunavilelas o neurologista e hoje eu tô aqui pra falar pra vocês de um tema bastante polêmico que é a morte encefálica ou morte cerebral. Se você tem dúvidas com relação a isso, é ficar de olho nesse vídeo porque você vai conseguir esclarecer as suas dúvidas. E se tiver qualquer dúvida ou outra além do que eu falar no vídeo, você pode deixar nos comentários que eu respondo pra vocês também. Ah, e se vocês têm alguma sugestão de vídeo também de temas para falar em vídeos, pode deixar no canal que eu vou tentar atender na medida do possível. Tá bom? Se inscreve no canal para obter mais conteúdos interessantes como esse. Vamos lá, então!

Hoje eu vou falar sobre morte cerebral ou morte encefálica. Esse é um tema bastante polêmico, não só porque envolve a morte em si, como também é por ser um tema muito novo no Brasil. Com relação à história da morte encefálica no Brasil, a gente vê que em outros países não é isso já estava definido há muito mais tempo do que no Brasil. Então, como é uma coisa relativamente recente na medicina, cerca de 20 a 30 anos, surgem muitas dúvidas e questionamentos em relação a isso, e por ser também um momento muito delicado quando alguma família precisa falar sobre isso, é passa por uma situação dessas. Então, acho que é interessante as pessoas sabendo do que se trata, como é que se faz o diagnóstico, quais são os seus direitos quando a gente fala de morte encefálica.

Diagnóstico da Morte Encefálica

A morte encefálica foi determinada no Brasil em 1997. Os critérios que os médicos tinham que seguir para dizer se um paciente estava ou não em morte encefálica foram definidos nesse ano. Para fazer o diagnóstico da morte encefálica, é necessário saber qual é a causa da morte cerebral do paciente. Essa causa deve ser conhecida e demonstrada por algum exame complementar. Não pode ser apenas uma alegação, é necessário comprovar por meio de exames.

Uma vez que o médico desconfia e sabe a causa, é aberto um protocolo de morte cerebral. Esse protocolo já vem igual para todo o Brasil, em todo o território nacional. É uma ficha que precisa ser preenchida com todos os itens necessários para o diagnóstico. Essa ficha inclui a identificação do paciente, a causa da morte, um exame neurológico detalhado, a descrição de um exame complementar, entre outros.

Para dar o diagnóstico de morte encefálica, dois médicos diferentes devem avaliar o paciente e preencher a ficha em momentos diferentes. Os intervalos para a avaliação variam de acordo com a idade do paciente. Após essa avaliação, é feito um exame complementar para confirmar que o cérebro não está mais funcionando.

Suspensão dos Suportes Terapêuticos

A partir de 2007, no Brasil, é legal a suspensão dos suportes terapêuticos quando você determina que um paciente está em morte cerebral. Isso significa que é permitido desligar os aparelhos que mantém o paciente vivo, pois a morte cerebral é considerada morte.

Quando você define a morte cerebral, uma das coisas que a família terá que decidir é se esse indivíduo que faleceu vai ser doador de órgãos ou não. Se a família optar por doação de órgãos e o paciente já tiver isso escrito previamente, vai seguir o que essa pessoa quis. Caso não tenha nada escrito, quem vai decidir é o responsável por aquele doente. A Central de Transplantes é que vai cuidar desse paciente para fazer a doação de órgãos.

É importante ressaltar que a determinação da hora da morte é feita com base no diagnóstico de morte encefálica, e não quando o coração para de bater. O coração pode parar de bater alguns dias depois da morte cerebral ter sido detectada.

Essas são as informações principais relacionadas à morte encefálica ou morte cerebral no Brasil. É importante que as pessoas conheçam seus direitos e entendam como funciona todo o processo. Se você tiver mais alguma dúvida, deixe nos comentários que eu responderei. Se gostou do vídeo, deixe seu like e se inscreva no canal para mais conteúdos. Obrigada!

Fonte: Morte Cerebral: Pode desligar os aparelhos? por neuroevoce

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