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Miomas de Útero: Tudo o Que Você Precisa Saber

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Vamos falar de miomas uterinos

Os miomas são tumores benignos na imensa maioria das vezes e comuns nas mulheres. A transformação para maligno dos miomas é raríssima, em torno de meio por cento. Eles se originam das fibras musculares do útero e são formados por tecidos musculares e fibrosos. Seu crescimento está relacionado aos hormônios femininos, o estrogênio e a progesterona.

Fatores de risco

Estudos mostram que certos fatores de risco se mostram mais importantes para o desenvolvimento dos miomas:

  • Histórico familiar: existe uma forte predisposição genética para o aparecimento dos miomas em mulheres com casos na família direta.
  • Idade: os casos ocorrem principalmente nas terceiras e quartas décadas, onde o nível hormonal é maior.
  • Raça negra: os miomas são de duas a três vezes mais frequentes em mulheres da raça negra.
  • Menarca precoce: os miomas são mais frequentes quando a primeira menstruação ocorreu antes dos 10 anos.
  • Hipertensão arterial: a probabilidade do desenvolvimento de miomas é maior em pessoas com hipertensão.
  • Nuliparidade: os miomas são mais comuns em mulheres que nunca tiveram filhos.
  • Consumo excessivo de álcool: é também um fator estimulador do desenvolvimento dos miomas.
  • Dieta rica em carnes vermelhas e obesidade: aumentam a possibilidade do desenvolvimento de miomas.

Classificação e sintomas

Os miomas podem ser classificados de diversas formas e uma delas é quanto à sua localização. Os sintomas também são peculiares de acordo com essa localização.

  • Mioma subseroso: cresce a partir da superfície externa do útero e geralmente não apresenta sintomas.
  • Mioma intramural: localizado na parede interna do útero e costuma provocar hemorragias uterinas.
  • Mioma submucoso: fica alojado dentro do útero, na cavidade endometrial, causando hemorragias e aumentando a probabilidade de infertilidade.
  • Mioma parido: extremamente raros e graves, se exteriorizam por meio do colo do útero e podem causar dilatação do útero, hemorragia, anemia e infecção.
  • Mioma no colo do útero: costuma ocasionar dor nas relações sexuais, mas pelo menos metade dos miomas são assintomáticos.

Sintomas mais frequentes

Os miomas que apresentam sintomas facilitam a identificação dos problemas. Alguns sintomas mais frequentes são:

  • Sangramento anormal: aumento do fluxo menstrual, inclusive sangramentos fora do período menstrual. Muitas vezes, os sangramentos são muito intensos e podem levar à anemia.
  • Cólicas menstruais: a dor pélvica pode ser decorrente da compressão de estruturas próximas ao mioma.
  • Infertilidade: a obstrução das trompas ou alterações do endométrio dificultam a implantação do embrião.
  • Abortamentos recorrentes: são aqueles abortos de repetição e os miomas estão diretamente relacionados a eles, de acordo com as pesquisas.
  • Dificuldade para urinar ou incontinência urinária: a compressão da bexiga pelo mioma pode causar dificuldade e aumento do número de micções.
  • Aumento do volume abdominal: ocorre quando o mioma é grande e às vezes a própria paciente percebe um caroço no abdome.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico pode ser feito por meio de diferentes exames de imagem. A ultrassonografia pélvica e a transvaginal são os exames mais acessíveis e permitem uma visualização clara, medição e classificação dos miomas. A ressonância magnética é um exame mais complexo e permite um maior detalhamento do mioma, sendo indicado quando se suspeita de malignidade ou crescimento rápido dos miomas. A histeroscopia é um procedimento realizado sob anestesia, onde o médico introduz uma cânula com câmera para visualizar e identificar miomas submucosos ou intramurais, além de avaliar se as trompas estão permeáveis.

O tratamento dos miomas com medicamentos é limitado e é indicado principalmente para redução do volume do mioma antes de uma cirurgia. Os medicamentos mais eficazes são os chamados análogos do GnRH, que induzem à menopausa diminuindo assim a quantidade de hormônios e fazendo com que os miomas diminuam de tamanho. Entretanto, esse tratamento deve ser feito no máximo por seis meses, pois pode causar sintomas semelhantes à menopausa, como redução da massa óssea, fogachos e ressecamento vaginal.

Outra opção é o DIU liberador de hormônio, que reduz o fluxo menstrual, mas não interfere no tamanho dos miomas. Os anti-inflamatórios não hormonais e os antifibrinolíticos visam apenas diminuir o volume do sangramento.

O tratamento cirúrgico é indicado quando a mulher apresentar hemorragias importantes, aumento do número e volume dos miomas entre um exame e outro, infertilidade proveniente do mioma, história de abortos recorrentes e miomas volumosos. Pode ser realizada a retirada dos miomas por laparoscopia, pela introdução de uma cânula pelo umbigo, ou pela laparotomia, que é a abertura cirúrgica da parede abdominal. Nestes casos, o útero é preservado. Já a histerectomia é a retirada total ou parcial do útero, sendo indicada para miomas muito volumosos ou quando a paciente não deseja mais engravidar.

Há também casos em que é possível proceder à embolização, um procedimento mais complexo que bloqueia as artérias uterinas para interromper a nutrição sanguínea dos miomas. A ablação do endométrio, que consiste em uma raspagem do útero internamente, é outro tipo de cirurgia conservadora que retira a camada que reveste o útero para evitar sangramentos.

Se você ou alguma conhecida apresenta os sintomas mencionados, a primeira ação é consultar um ginecologista, que poderá solicitar exames de imagem adequados para um diagnóstico preciso.

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Fonte: Miomas Uterinos – Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre Miomas de Útero por Clínica Viver de Imagens Médicas em Brasília

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