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Linfoma: Tudo sobre transplante de medula óssea

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Transplante no Linfoma

Oi oi pessoal na TV Abraão e a sua Amanda Vieira e hoje eu estou aqui com a doutora Marina Aguiar que é médica hematologista especialista em transplante de medula óssea e assessora médica do Fleury Brasília. Hoje nós vamos abrir a campanha de linfomas por conta do agosto do verde claro que é um mês onde a gente vai fazer campanhas para conscientizar sobre linfomas.

Para gente começar a esse assunto, hoje a gente vai falar um pouquinho sobre transplante no linfoma.

Dra. Marina Aguiar: Olá! Bom primeiro, eu queria falar que linfoma é um câncer do sistema linfático, que é um órgão e tecido que temos no nosso corpo, onde possui os linfócitos, que são glóbulos brancos e as células de defesa que combatem os vírus, bactérias e fazem parte da imunidade do nosso corpo. Então, quando esses linfócitos, que é a maioria são células B, elas ficam doentes e começam a se proliferar, multiplicar e disseminar de forma indiscriminada, esses linfonodos, que são onde os linfócitos moram, eles vão ficar doentes e aí vão ser gerados os linfomas.

Para entender como funciona o transplante de medula óssea, é importante saber que o transplante de medula óssea é uma modalidade terapêutica que temos dentro do tratamento do linfoma. O transplante pode ser autólogo ou alogênico. O transplante autólogo é quando a gente substitui as células hematopoéticas do paciente pela sua própria medula óssea. Já o alogênico é quando a gente substitui as células hematopoéticas do paciente por células de um doador que pode ser tanto aparentado quanto não aparentado.

No caso do linfoma, a primeira linha de tratamento é a quimioterapia, e o transplante autólogo geralmente é indicado quando o paciente não responde à terapia ou em caso de recidiva, ou seja, quando o linfoma volta após um tempo. Já o transplante alogênico é geralmente indicado quando o paciente não responde ao transplante autólogo ou quando há recidiva após o transplante autólogo.

O transplante alogênico pode ser realizado com um doador compatível, que pode ser aparentado ou não aparentado, ou também pode ser realizado com um doador haploidêntico, que é 50% compatível. Atualmente, há mais opções terapêuticas disponíveis, o que aumenta as chances de encontrar um doador compatível.

No transplante autólogo, não há a doença do enxerto contra hospedeiro, pois as células infundidas no paciente são do próprio paciente, e elas não veem as células do receptor como células estranhas. Já no transplante alogênico, há essa possibilidade de doença do enxerto contra hospedeiro, pois as células infundidas são de um doador e podem reagir às células do receptor. Por isso, o transplante autólogo é a primeira opção terapêutica, pois é menos complexo e não apresenta essa possibilidade.

É importante ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental no tratamento do linfoma. Por isso, se você sentir qualquer coisa ou tiver alguma suspeita, procure um médico o quanto antes.

Ficamos gratos por participar desse conteúdo e esclarecer essas dúvidas sobre o transplante no linfoma. Não se esqueça de curtir, comentar e compartilhar para que mais pacientes tenham acesso a essas informações.

Fonte: Linfoma e transplante de medula óssea por ABRALE Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia