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Inflamação Crônica Granulomatosa: Causas, Sintomas e Tratamento

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Inflamação Crônica Granulomatosa

Olá, pessoal! Tudo bem? Meu nome é Anderson e eu vim dar uma aula para vocês sobre inflamação crônica granulomatosa para a disciplina de laboratório de Ensino em Patologia.
Vocês estão vendo a imagem atrás de mim? Ela retrata a Primeira Guerra Mundial. Eu gostaria de fazer uma analogia entre essa patologia e a guerra em dois contextos diferentes.
Imagine que essa vila holandesa represente um organismo. No início, um oficial alemão de elite tomou conta dessa vila, que estava habitada por poucas pessoas. A Holanda, que tecnicamente pertencia à Inglaterra naquele momento, não permitia a presença de um inimigo em suas terras.
Soldados ingleses foram enviados para combater o oficial alemão, mas ele era um sniper extremamente bem treinado e não era fácil de ser combatido. Mais soldados ingleses e sargentos melhor treinados foram chamados para conter esse oficial. Além disso, tanques de guerra ingleses foram enviados para o local. Até mesmo os aliados franceses foram chamados para ajudar, mas todas as tentativas de matar esse oficial foram em vão. Ao longo do tempo, ele foi enfraquecendo e a região ao redor da vila ficou degradada devido aos ataques.
Agora vamos ver como isso se relaciona com a inflamação crônica granulomatosa.
Na imagem abaixo, temos nossos patógenos, representados pelos macrófagos que se transformaram em células epitelioides. Também temos macrófagos fundidos com células dendríticas que apresentam o antígeno para as células T e B. Essa formação de células ao redor do patógeno é uma característica da inflamação crônica granulomatosa.
O termo “inflamação” se refere à resposta do tecido a uma infecção ou irritação, com o objetivo de erradicar os microorganismos ou agentes irritantes presentes na região. O termo “crônica” indica que a inflamação persiste por um período mínimo de seis meses. E “granulomatosa” porque forma-se uma região circundada por macrófagos, resultando em grumos ou granulomas.
As principais causas dessa inflamação são infecções persistentes, doenças autoimunes ou exposições prolongadas. Exemplos de infecções que podem causar essa inflamação são tuberculose, hanseníase, sífilis, brucelose e infecções fúngicas que resistem ao tratamento.
Os macrófagos são células derivadas de monócitos e desempenham um papel importante na resposta imune. Eles realizam fagocitose e liberam proteases e citocinas para combater o patógeno. Além disso, ocorre a ativação dos linfócitos T CD4 e o recrutamento de leucócitos para a região. Os fibroblastos também são ativados para tentar reparar o tecido danificado.
O granuloma é caracterizado pela presença e agregação de macrófagos morfologicamente alterados, conhecidos como células epitelioides. Essas células se unem para formar células gigantes, que são a união de várias células. Também há a presença de células de trofozoítos nessa região.
Na próxima imagem, temos exemplos de granulomas imunogênicos e de corpo estranho. O primeiro é causado por um agente que provoca uma reação imune no microrganismo, como mostrado no caso do ovo de Schistossoma Mansoni. Já o granuloma de corpo estranho ocorre quando um corpo estranho, como um fio cirúrgico, é fagocitado pelas células gigantes.
Macrocopicamente, a inflamação crônica granulomatosa é evidenciada por uma acumulação de tecido cicatricial ao redor do patógeno, como mostrado na imagem do pulmão com tuberculose bovina.
Espero que tenham entendido o conceito da inflamação crônica granulomatosa. Se tiverem alguma dúvida ou quiserem complementar o assunto, fiquem à vontade para me contatar. Muito obrigado e até a próxima aula!
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