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Impacto negativo da tecnologia na saúde infantil: problemas graves em destaque.

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O seu filho passa muito tempo conectado?

É bom ficar de olho. Médicos e psicólogos alertam que o excesso de tecnologia pode trazer problemas graves à saúde. E mais, para que existe uma idade certa para uma criança ter um celular? Se você tem mais de 30 anos, provavelmente sua infância envolveu muitas brincadeiras de correr, a bola, corda, pipa, espião, bem diferente dos dias de hoje.

Eugosto mais de JM Chan .

Aqui na casa da Flávia, os pequenos ficam com os olhos grudados no tablet, no celular e na televisão. Ela é mãe do Lucas, de 6 anos, da Maria de cinco e da Helena de dois. À frente, até se esforça para entreter os filhos com outras atividades.

“Sedento por algum jogo diferente, né? Ou um brinquedo, alguma brincadeira, alguma atividade em grupo para eles brincarem, interage entre eles, né?”, afirma David.

“Eu até me esforço para entreter eles com outras atividades, mas é difícil”, diz Flávia.

A criançada está mesmo abusando da tecnologia. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos revelou que jovens chegam a passar mais de sete horas por dia conectados à internet . A recomendação dos médicos é de que esse tempo não ultrapasse duas horas, e isso para crianças com mais de dois anos de idade. Os bebês menores deveriam ficar totalmente longe das telas.

Para as crianças, é só mais um tipo de brinquedo. Mas por trás desse gosto pela tecnologia, existem riscos que os pequenos nem imaginam. Além do conteúdo que pode ser inapropriado para a idade, alguns estudos associam o uso excessivo da tela a problemas de saúde, como miopia e dificuldades de sono .

“Surgiram na Inglaterra, nos Estados Unidos, os primeiros trabalhos mostrando que as crianças estão ficando mais miopes, é porque acabam usando um aparelho muito perto e não saem. Vamos ver o que acaba olhando por horizonte, para lugares mais amplos. Então acaba tropeçando ou até caindo, deixando o olho um pouco menor, levando à miopia”, diz um especialista.

O sedentarismo proporcionado pelos jogos online pode causar ainda obesidade e atraso no desenvolvimento motor .

“Uma criança que não brinca, ela não tem movimento suficiente, ela não desenvolve o equilíbrio suficientemente. A função psicomotora dela pode ser prejudicada”, afirma outra especialista.

A Flávia garante que a saúde dos filhos não foi prejudicada pelo excesso de tecnologia. Apesar disso, ela segue firme na tentativa de fazer com que eles passem mais tempo no mundo real do que no virtual.

“Tentando reduzir, tentando reduzir o tempo todo, tentando administrar uma atividade diferente para eles se interessarem em fazer. É difícil, mas estou tentando ser legal. Acho que já conseguiu algum resultado, diminuiu um pouquinho. É porque então é melhor a gente chegar lá.”

Apesar das recomendações dos órgãos de saúde, é inegável que é cada vez mais difícil manter os pequenos longe das tecnologias. Com isso, vêm as dúvidas: com quantos anos uma criança deve ganhar um celular?

“Toda criança hoje em dia tem celular com cinco anos, e vê crianças até de dois com celular”, diz uma mãe. Os médicos não chegam a um consenso quanto à idade certa. O ideal é refletir sobre a necessidade de o jovem ter ou não um aparelho desses.

“Por que meu filho de 10 anos precisa ter um celular? Se de manhã ele está na escola e de tarde está com um adulto em casa, então tem que ter uma justificativa”, diz outro pai.

A Daniela reconhece que extrapolou os limites com o filho, Rafa, de quatro anos. “Ele começou a girar em torno da TV, do celular, do videogame. Entendi eu perdi o freio, eu perdi a mão. Porque todas as atividades voltaram para: “vamos fazer rápido para assistir a TV, para pegar o celular”. O hábito refletiu diretamente na personalidade do pequeno. “Ele ficou muito agressivo. E ele não aceitava mais nenhum tipo de brincadeira. Até meus avós tentavam brincar com ele, mas ele já respondia de forma ríspida e tudo era voltado para isso. Ele comia rápido porque sabia que estava perdendo tempo do video game ou da TV, e não focava mais em nada e não conseguia agarrar”, conta a mãe .

Somando o tempo de TV, videogame e celular, o Rafa ficava ao todo até seis horas por dia dedicado aos eletrônicos. A mãe percebeu que precisava dar um fim nessa história e resolveu fazer um planejamento detalhado da rotina do filho.

Os dois juntos elaboraram um quadro que agora fica pregado atrás da porta do quarto. “Vamos fazer um planejamento, você acha legal fazer um planejamento para você ter horário, desde pra acordar, pra fazer atividade até assistir TV?”, perguntou a mãe.

Ele ficou tão empolgado. “Vamos colocar horário pra acordar? Vamos colocar horário pra assistir TV? E jogar videogame? Ficar no celular?”.

Ontem os especialistas aprovam a estratégia de planejar as atividades para limitar o tempo de acesso à tecnologia.

Fonte: Excesso de tecnologia traz graves problemas à saúde das crianças por Domingo Espetacular