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História de superação de jovem na luta contra o câncer de mama se torna inspiração

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A batalha contra o câncer de mama: a inspiradora história de Mariana

A Organização Mundial da Saúde recomenda a realização periódica da mamografia entre os 50 e 60 anos de idade, mas um recente estudo apurou que 40% das brasileiras diagnosticadas com câncer de mama tinham menos de 50 anos. Entre elas está a Mariana, que aos 24 anos descobriu um nódulo fazendo autoexame. Diagnosticada com uma forma agressiva da doença, ela chegou a ser desenganada pelos médicos, mas desafiou a medicina e superou a doença, tornando-se uma inspiração para muitas mulheres em sua luta contra o câncer de mama.

Mariana é uma mulher de riso fácil, dona de um bom humor contagiante. Mesmo com as cicatrizes que carrega, ela encara a vida de forma positiva e cheia de vitalidade. Suas marcas no corpo contam o drama que ela já enfrentou, mas também mostram a força e a coragem que a fizeram superar todas as adversidades.

Quando Mariana percebeu um nódulo em sua mama durante o autoexame, estava em casa tomando banho. Ao olhar-se no espelho, ela sentiu algo anormal em seu seio esquerdo. No início, achou que fosse algo comum, algum pequeno acontecimento, mas logo percebeu que era algo mais sério.

“Achei que fosse normal, alguma coisa que havia acontecido, mas pensei que tomando um remédio ficaria tranquila. Algo natural mesmo”, conta Mariana.

Mariana descobriu o câncer em um estágio inicial, mas sua forma, chamada de carcinoma infiltrante grau 3, é considerada a mais agressiva. As chances de cura, segundo os médicos, eram bem poucas.

Os tumores cresciam desordenadamente e rapidamente. Os médicos falaram que foi um caso em um milhão: Mariana, uma menina de 24 anos, tinha tumores nas duas mamas ao mesmo tempo, e eles cresciam simultaneamente.

“Os tumores já estavam muito agressivos, não iam reduzir com a quimioterapia. Só mesmo um milagre”, relembra Mariana.

A situação era tão grave que os médicos não queriam sequer tentar o tratamento. Afirmaram que ela estava tirando a vaga de uma outra paciente que tivesse chance de sobreviver. Mariana conta que entrou em depressão por três dias, ficando deitada na cama, olhando para o mundo através da janela fechada.

Mas, contra todas as expectativas, Mariana conseguiu tratamento. Passou por seis sessões de quimioterapia e os tumores diminuíram. Ela já podia passar pela cirurgia. No entanto, veio mais um baque: Mariana não esperava ter que retirar as duas mamas e esvaziar as axilas para remover os linfonodos comprometidos por células malignas.

“Eu sabia que, se eu pensasse ‘nossa, vou deixar de ser mulher’, as mamas são a minha identidade, como é que eu vou sobreviver, como é que vai ser?”, relembra Mariana.

Mas foi aí que Mariana decidiu que contaria sua história para todo mundo. Ela queria que outras mulheres se prezassem, que fizessem o autoexame das mamas e a mamografia. Mariana faz questão de mostrar suas cicatrizes para quebrar o paradigma de que seios sem cicatrizes são mais bonitos.

“Eu tenho orgulho das minhas cicatrizes. Elas são a marca da minha vitória. Então, tenho orgulho das minhas cicatrizes, eu amo”, afirma Mariana.

E Mariana não é a única. Existem mais quatro mulheres que também enfrentaram o câncer e tiveram que retirar a mama, mas que olham para suas marcas como uma lembrança de sua força e superação. Todas elas querem mostrar que, depois do câncer, a vida continua, inclusive o relacionamento.

“Eu acho que se a gente ficar pensando no que vai acontecer, a gente não vive tão intensamente tudo que a gente tem de bom para viver e superar”, diz Mariana.

O câncer de mama tão agressivo e aparentemente sem chances de cura, segundo os médicos, não foi a única vitória de Mariana. Logo após terminar o tratamento, ela recebeu a notícia de que nunca seria mãe.

“Neta, tire isso da sua cabeça. É impossível você ser mãe”, disseram os médicos por causa dos hormônios da gravidez.

Mas Mariana, mais uma vez, contrariou as expectativas. Pouco mais de cinco anos depois de passar por toda essa luta, ela engravidou.

“Imaginei que estivesse doente. Não pensei ‘nossa, agora o câncer voltou no útero’. Não passou por minha cabeça. Eu estava inchando e sentia muitas cólicas, mas não pensei nisso”, conta Mariana.

E assim, nasceu Daniel. Hoje, com 1 ano e 5 meses, ele é a vida, a esperança, a luta e a fé de Mariana.

“Daniel é minha vida, meu sonho de um filho, e isso completa minha vida”, diz Mariana.

Essa história é um exemplo de superação e força para todas as mulheres que enfrentam o câncer de mama. Mariana mostra que é possível vencer essa batalha, mesmo quando todos os prognósticos parecem ser contra. Sua determinação e coragem são inspiradoras e nos lembram da importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

Fonte: Jovem se torna inspiração na luta contra o câncer de mama por Hoje em Dia