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Hematoma extradural / epidural: vídeo aula sobre traumatismo cranioencefálico #2

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Hematoma Epidural

Olá, seja bem-vindo ao canal Neurofuncional! Hoje vamos dar continuidade às aulas de traumatismo crânio-encefálico e vamos falar sobre o hematoma epidural.

O hematoma epidural ocorre entre a calota craniana e a dura-máter, a meninge mais externa que tem contato direto com a tábua óssea do crânio. Após um traumatismo craniano que causa uma fratura de crânio, pode ocorrer o rompimento de uma artéria ou veia, geralmente a artéria meníngea média. Isso resulta em um extravasamento de sangue no espaço epidural, acumulando entre a calota craniana e a dura-máter.

Esse tipo de hematoma tem uma forma convexa, semelhante a uma lente, e geralmente é bi-convexo. Quando observado em uma tomografia, aparece como uma lesão densa e homogênea. O sangue no hematoma é hipertenso, o que pode causar um efeito de massa, comprimindo as estruturas encefálicas e levando ao deslocamento da linha média. Esse efeito de massa pode ser grave, levando ao comprometimento do tronco cerebral e resultando em morte. Por isso, é importante que o hematoma seja diagnosticado e tratado adequadamente.

O hematoma epidural corresponde a cerca de 10% dos traumatismos cranianos e apresenta uma mortalidade baixa, de 0 a 5%. O prognóstico do paciente afetado depende do diagnóstico e tratamento precoce, do nível de consciência na hora da admissão no hospital, da idade do indivíduo e da presença de lesões associadas.

Uma característica marcante desse tipo de hematoma é o chamado “intervalo lúcido”. Em cerca de 50% dos casos, após um traumatismo craniano, o indivíduo não apresenta sintomas imediatamente. Ele pode estar normal e sem queixas, mas a lesão está se desenvolvendo lentamente. Se não for tratado adequadamente, o hematoma pode se expandir e levar à morte do paciente.

Na maioria dos casos, o hematoma epidural evolui de forma aguda, com sintomas aparecendo dentro das primeiras 6 a 12 horas após o traumatismo. No entanto, em 10 a 30% dos casos, a evolução é subaguda, com sintomas surgindo entre 24 e 48 horas após o trauma. Em cerca de 20% dos casos, a evolução é crônica, especialmente quando há comprometimento venoso.

Nos exames de tomografia, o hematoma epidural aparece como uma lesão convessa e branca, causando deslocamento da linha média. Pode haver áreas menos densas dentro do hematoma, indicando hemorragia em atividade.

O tratamento mais comum para o hematoma epidural é a cirurgia, com a drenagem da lesão. Em alguns casos, quando o hematoma é pequeno, não há desvio da linha média e o paciente não apresenta déficits neurológicos, o tratamento conservador pode ser indicado. No entanto, devido à gravidade do hematoma, a abordagem cirúrgica é geralmente necessária.

Se o paciente ficar com sequelas, a fisioterapia pode ser utilizada para melhorar a funcionalidade e sintomas.

Espero que você tenha gostado dessa aula! E não perca a próxima, onde falaremos sobre a hemorragia subaracnoidea. Se gostou do vídeo, não esqueça de deixar seu like e compartilhar com seus contatos. Até a próxima!

Fonte: HEMATOMA EXTRADURAL / EPIDURAL (Vídeo Aula) – TCE #2 por Neurofuncional