Hemangioma vertebral: causas, sintomas e tratamentos

Saudações a todos! Neste breve vídeo, vamos conversar a respeito do hemangioma vertebral. Temos aqui um corte axial de tomografia computadorizada. Você observa que nesta região há um pontilhado mais grosseiro, mais espesso, porém entre um ponto e outro você observa que há um tecido de potência diferente da medula óssea normal. Observe que há um tecido um pouco mais escuro do que a medula óssea normal.
Aqui, na reconstrução sagital desse mesmo exame, nós temos um corpo vertebral normal, com osso trabecular normal, o córtex normal. Aqui embaixo, o córtex normal. Os trabéculados estão normais.
E aqui temos este corpo vertebral acometido por essa patologia, o hemangioma vertebral, no qual a formação aqui de colunas, mais densas, mais espessas do que o normal, porém afastadas umas das outras.
Um corte axial neste nível revelará que cada coluna representa um ponto de tecido mais espesso e entre elas esse tecido mais escuro é o hemangioma vertebral.
Então, o que acontece é que é um tumor benigno, geralmente não evolutivo. Geralmente, ele não progride, existem exceções, no final vamos mostrar um caso. Mas, a princípio, é um tumor que não progride. Na verdade, é uma malformação e ele acaba desmineralizando grande parte do osso na região onde ele se desenvolve, onde ocorre. As trabéculas restantes sofrem uma sobrecarga mecânica. Essas peças ficam dispersas, com o objetivo, evidentemente, de suportar o peso do corpo e do restante da coluna sobre ela. Então, o espessamento das trabéculas é um processo crônico reacional, em decorrência de uma sobrecarga mecânica, já que há um menor número de trabéculas com elas.
Então, forma esse aspecto muito típico na tomografia computadorizada. E aqui, na ressonância magnética, temos os cortes adicionais, uma sequência ponderada em T1, um corte sagital, uma sequência ponderada em T2.
Você observa que no corpo vertebral de L1, essa imagem com hiper sinal branco em ressonância é chamado de hiper sinal. Essa imagem, com hiper sinal bem delimitada no corpo vertebral, não é expansiva e não destrói o corte. E, no T1, você observa que ela apresenta também personal. Então, esse aspecto com hiper sinal em T1 e T2, mas principalmente o hipersinal em T1, é o diagnóstico do hemangioma vertebral pela ressonância magnética.
Então, veja aqui o aspecto típico do hemangioma vertebral na ressonância magnética. É a imagem bem delimitada, com hiper sinal em T1.
Ocasionalmente, a gente pode ver as trabéculas dispersas. Aqui na visão mais próxima, a gente vê muito bem na tomografia computadorizada. Trabéculas dispersas, orientadas a ir no sentido vertical.
Então, esse é o aspecto mais típico do hemangioma vertebral visto na tomografia e na ressonância magnética. A imensa maioria dos casos que vemos no dia a dia, o hemangioma é assintomático e não traz nenhuma repercussão nem clínica, nem mecânica.
Entretanto, existem exceções. Antes de mostrar um caso de hemangioma sintomático, hemangioma agressivo, eu gostaria de comentar que quem trabalha com ressonância magnética de baixo campo tem que tomar um cuidado enorme. Porque, no baixo campo, geralmente, um hemangioma vertebral não tem tanto sinal em T1, ou não fica tão branco em T1 quanto na ressonância de alto campo. Então, muitas vezes, você vê hemangiomas vertebrais na ressonância de baixo campo. Nessa, nossa de 0,35 ou 0,2 Tesla, você vê um sinal em T2 e um iso sinal, ou discretamente hiper sinal, em T1. E é um hemangioma. Eu já tive a oportunidade de pegar alguns pacientes que apresentavam isso, iso sinal em T1 ou mínimo hiper sinal em T1, no aparelho de baixo campo. Quando você repete o exame no aparelho de alto campo, ele apresenta um hiper sinal bem evidente em T1. Então, só lembrando esse cuidado prático.
E aqui, uma situação rara, mas temos que saber que ela existe e lembrar dessa possibilidade. Essa era uma paciente que se tornou sintomática durante a gestação. E no exame dela, você vê aqui, na coluna torácica, sequência T2 sagital mediana, você vê os corpos vertebrais apresentando hiper sinal, de fuso, o traçado mais grosseiro vertical, típico do hemangioma. Aqui, na ressonância magnética, além disso, você vê uma ocupação, uma massa no espaço epidural posterior, comprimindo, levando a dura-máter para frente, comprimindo a medula espinhal torácica.
Observe aqui, um T2 no corte axial, nesse nível, você vê a medula torácica comprimida e deslocada, e o canal vertebral ocupado por uma massa com hiper sinal no espaço epidural. E que, inclusive, atravessa os forames intervertebrais e forma uma densidade, uma massa de tecidos moles paravertebral.
Veja no T1 como ele é discretamente e, por um intenso, tem áreas de personal e áreas de, por sinal, um discreto e por sinal, mas apresenta o traçado vertical. Então, isso aqui era um caso de hemangioma sintomático, hemangioma agressivo, que tornou-se sintomático durante a gravidez.
Isso é relatado na literatura. Existem alguns casos em que o paciente tem um hemangioma e durante a gestação ele aumenta de tamanho, aumenta de volume. É provavelmente já tinha um componente estrutural e pluriglandular que aumentou durante a gravidez e às vezes ele regride após o término da gestação. Mas ele também acontece fora da gravidez, também acontece em pacientes masculinos. E o que nós vemos ocasionalmente é uma situação rara, hemangioma sintomático agressivo. Mas o que nós vemos ocasionalmente é que os pacientes que apresentam esse tipo, essa forma de hemangioma, eles costumam ter alguns estigmas cutâneos. Costumam ter hemangiomas cutâneos, geralmente na região do dorso, geralmente mais ou menos no nível onde ocorre o comprometimento vertebral. Então, temos que ficar atentos a esses casos.
Ok, neste vídeo era isso. Obrigado e até o próximo!
Fonte: Hemangioma vertebral por Jezreel

Posts Relacionados:

Hemangioma vertebral: causas, sintomas e tratamentos Hemangioma no corpo vertebral: explicação do Dr. Robson Sitta para o resultado do exame de ressonância magnética da coluna. Cura para Hemangioma da coluna vertebral: Clínica Dr. Robson Sitta responde Características principais do Hemangioma Hepático: causas, sintomas e tratamentos.