Guia completo sobre os Transtornos da Personalidade: tipos, sintomas e tratamentos

Olá pessoal! Tudo bem?

Hoje vou começar uma nova série de vídeos no canal sobre os transtornos de personalidade.

O transtorno de personalidade é dividido pelo DSM-5 em três grupos:

Grupo A: inclui os transtornos de personalidade paranóide, esquizóide e esquizotípica. Indivíduos com esses transtornos frequentemente parecem esquisitos, solitários e desconfiados.
Grupo B: inclui os transtornos de personalidade antissocial, borderline, histriônica e narcisista. Indivíduos com esses transtornos costumam ser dramáticos, impulsivos e imprevisíveis.
Grupo C: inclui os transtornos de personalidade evitativa, dependente e obsessiva-compulsiva. Indivíduos com esses transtornos frequentemente parecem ansiosos ou medrosos.

É comum que as pessoas apresentem transtornos de personalidade de diferentes grupos ao mesmo tempo.

Segundo dados do NetScope Biológico, um estudo realizado entre 2001 e 2002, cerca de 15% dos adultos nos Estados Unidos apresentam pelo menos um transtorno de personalidade.

Os critérios utilizados para avaliar os traços de personalidade são que a pessoa deve exibir um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente da expectativa da cultura do indivíduo.

Esse padrão se manifesta em áreas como:

Forma de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos (área cognitiva).
Variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional (área afetiva).
Funcionamento interpessoal (área interpessoal).
Controle dos impulsos (área de controle dos impulsos).

O padrão persistente de traços de personalidade é inflexível, abrange uma ampla gama de situações pessoais e sociais, provoca sofrimento clínico significativo e prejuízo no funcionamento social e profissional do indivíduo.

O comportamento e os sentimentos das pessoas com transtorno de personalidade não podem ser explicados por outros transtornos mentais ou pelo uso de substâncias.

Os traços de personalidade são padrões persistentes de percepção, relacionamento e pensamento sobre o ambiente e si mesmo, que são exibidos em uma ampla gama de contextos sociais e pessoais. Os traços de personalidade se tornam um transtorno de personalidade somente quando são inflexíveis, mal adaptativos e causam prejuízo funcional e sofrimento subjetivo significativo.

Para diagnosticar um transtorno de personalidade, é necessário avaliar os padrões de funcionamento de longo prazo do indivíduo e as características particulares de sua personalidade devem estar evidentes no início da fase adulta.

Além disso, os traços de personalidade que definem esses transtornos devem ser diferenciados das características que surgem em resposta a fatores estressores situacionais específicos ou estados mentais transitórios, como transtorno bipolar, depressão, ansiedade ou intoxicação por substâncias.

Um único encontro com o indivíduo pode ser suficiente para fazer o diagnóstico, mas geralmente são necessárias mais de uma entrevista ao longo do tempo para uma avaliação mais completa.

A estabilidade dos traços de personalidade ao longo do tempo e em diferentes situações deve ser avaliada. Além disso, informações suplementares fornecidas por outros informantes podem ser extremamente úteis, como familiares ou pessoas próximas que convivem com a pessoa.

As características de um transtorno de personalidade geralmente se tornam reconhecíveis durante a adolescência ou no início da vida adulta. Por definição, um transtorno de personalidade é um padrão persistente de pensamento, sentimentos e comportamentos que é relativamente estável ao longo do tempo.

Alguns tipos de transtornos de personalidade, como o transtorno de personalidade antissocial e borderline, tendem a ficar menos evidentes ou desaparecer com o envelhecimento. Porém, isso não é válido para todos os tipos de transtornos, como o transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva.

As categorias de transtornos de personalidade podem ser aplicadas em crianças ou adolescentes, nos casos em que os traços mal adaptativos e particulares da personalidade parecem ser persistentes e pouco prováveis de serem limitados a um determinado estágio do desenvolvimento ou a outro transtorno mental específico.

No entanto, é importante reconhecer que os traços de um transtorno de personalidade que aparecem na infância frequentemente não persistem sem mudanças na vida adulta. Para ser diagnosticado corretamente com um transtorno de personalidade, o indivíduo deve ter pelo menos 18 anos de idade.

Embora um transtorno de personalidade exija um surgimento até o início da vida adulta, as pessoas em geral só buscam atendimento clínico em um período relativamente tardio da vida. Um transtorno de personalidade pode ser exacerbado após a perda de pessoas significativas ou de situações sociais importantes, por exemplo, a perda de um emprego.

No próximo vídeo, vou começar a falar sobre cada um dos transtornos de personalidade em detalhes. Fiquem ligados!

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Fonte: Transtornos da Personalidade por Diego Falco

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