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Guia completo sobre o câncer de pele: tipos, sintomas, tratamentos e prevenção.

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Câncer de Pele: Lesões Suspeitas

Se você conhece alguém que já teve câncer de pele, sabe como são as lesões suspeitas. Então, preste atenção nesse vídeo, porque é disso que eu vou falar hoje.

O câncer de pele é o tumor maligno mais comum tanto nos homens quanto nas mulheres e corresponde a mais de trinta por cento de todos os diagnósticos de câncer feitos no Brasil. O INCA (Instituto Nacional de Câncer) registra a cada ano cerca de 185 mil novos casos. Como esse câncer é muito frequente, é importante saber reconhecer este problema, ou seja, saber reconhecer as lesões que podem ser um tumor de pele.

Tipos de câncer de pele

Antes de explicar como você pode reconhecer esse problema, é importante você saber que existem dois tipos principais de câncer de pele: o melanoma e o carcinoma. O melanoma é mais raro e costuma ser mais agressivo e muito mais letal. Já os carcinomas basocelular e espinocelular são os tipos mais frequentes e menos perigosos, e é sobre eles que eu vou falar.

Carcinoma Basocelular (CBC)

O CBC é isoladamente o tipo mais frequente de câncer de pele e corresponde a noventa e cinco por cento dos casos. O CBC surge nas células basais que se localizam na camada mais profunda da pele, pela influência dos raios ultravioletas. As lesões costumam aparecer mais nas áreas expostas, como face, pescoço, orelhas e couro cabeludo. No entanto, podem aparecer em qualquer parte do corpo.

Existem vários subtipos de Carcinoma Basocelular e a apresentação clínica varia conforme os subtipos. O mais comum é o CBC nodular, que se manifesta como uma pápula avermelhada e brilhante, com vasos sanguíneos bem finos (nem sempre visíveis a olho nu). Algumas vezes, a lesão pode sangrar, levando à formação de uma crosta. Por isso, lembramos que feridas na pele que demoram para cicatrizar podem ser suspeitas e devem sempre ser examinadas por um médico dermatologista.

Outros subtipos de CBC são o superficial, que se manifesta como uma lesão rosada e descamativa (pode ser confundido com dermatites ou psoríase), o pigmentado, que por conter pigmento tem uma coloração mais escura, e o esclerodermiforme, que tem o comportamento infiltrativo e, portanto, mais agressivo. O carcinoma basocelular costuma ter crescimento lento e raramente dá metástase. Porém, ele pode ser localmente agressivo e seu tratamento pode gerar cicatrizes inestéticas.

Carcinoma Espinocelular (Sequamous Cell Carcinoma)

O seque é o segundo tipo mais comum de câncer de pele e acomete mais homens do que mulheres. Esse câncer se desenvolve a partir das células escamosas localizadas nas camadas mais superficiais da pele. Assim como o CBC, o seque é mais comum nas áreas expostas. Além disso, ele também pode aparecer em áreas de cicatrizes antigas e feridas crônicas. A manifestação clínica dos carcinomas espinocelulares é bastante variável. Na maioria das vezes, eles têm uma coloração avermelhada e se apresentam como um machucado ou uma ferida que não cicatriza e sangra de vez em quando. Eles também podem ter uma aparência mais áspera, espessa, lembrando uma verruga.

O tipo mais superficial do seque recebe o nome de doença de Bowen e se manifesta com uma lesão rosada e descamativa na região genital. O seque pode estar associado à infecção por HPV e pode ser mais agressivo do que o CBC quando diagnosticado no estágio inicial e tratado rapidamente.

Os carcinomas espinocelulares são quase sempre curáveis, entretanto, se não tratados, podem invadir os tecidos vizinhos e causar metástase.

Diagnóstico e Tratamento

Quando existe uma suspeita clínica, indica-se uma biópsia de pele para confirmação do diagnóstico e a programação do tratamento mais adequado. Os carcinomas basocelulares e espinocelulares podem ser tratados com cirurgia ou com modalidades não-cirúrgicas. A escolha da melhor opção de tratamento varia conforme o tipo, a profundidade e a localização do tumor. Como em qualquer outro câncer, o diagnóstico precoce é a melhor chance de cura. Apesar de não serem tão agressivos quanto o melanoma, os carcinomas podem se tornar localmente agressivos. Quanto maior a lesão, mais extenso e complexo se torna o tratamento e o resultado estético nem sempre é muito bom.

Fatores de Risco e Prevenção

O principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição solar. Algumas doenças genéticas e situações que comprometem a imunidade, como os medicamentos imunossupressores, também aumentam o risco. A melhor forma de prevenir o câncer de pele é se protegendo do Sol. Recomendamos o uso diário de protetor solar. Em caso de exposição mais intensa, como na praia ou na piscina, o protetor deve ser reaplicado a cada duas horas e toda vez após entrar na água. Sombra, chapéu, boné, roupas e óculos de sol também são muito bem-vindos.

Pela alta prevalência de câncer de pele, todas as pessoas devem, pelo menos uma vez ao ano, passar por um check-up dermatológico. E quem já teve câncer de pele tem um risco maior de desenvolver outro. Nesse caso, o acompanhamento é ainda mais frequente. Portanto, lembre-se: a melhor forma de prevenir o câncer de pele é se protegendo do Sol. E se tiver qualquer dúvida ou suspeita, não deixe de conversar com o médico especialista.

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Fonte: CÂNCER DE PELE: TIPOS,SINTOMAS, TRATAMENTOS E PREVENÇÃO por DOUTOR AJUDA