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Fraturas de Tornozelo: Tratamento com Dr. Rômulo Ballarin Albino

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O Tornozelo Responsável: Conceitos Gerais, Fraturas e Complicações

Olá a todos! No tema de hoje, iremos abordar o tornozelo responsável, incluindo conceitos gerais, fraturas, epidemiologia, exame físico e as complicações mais comuns relacionadas a essa patologia.

A ativação do tornozelo é uma atividade realizada principalmente pela região talocrural e subtalar. É um movimento de extrema importância para uma boa marcha do paciente. Antes de iniciar o tratamento de uma fratura no tornozelo, é crucial diferenciar entre fratura do tornozelo, da métafise do perônio e fratura do pilão tibial.

A fratura do tornozelo é caracterizada por um mecanismo de trauma em que ocorre uma força rotacional combinada com um componente axial. Diferentemente da fratura do pilão tibial, que tem um componente axial puro, a fratura do tornozelo apresenta um componente rotacional. É mais comum em pacientes idosos e tem havido um aumento na incidência nos últimos anos devido ao envelhecimento da população e ao aumento da atividade física nessa faixa etária.

As lesões associadas mais comuns encontradas em fraturas do tornozelo são as lesões do calcâneo, processo lateral do perônio, osso navicular e a base do quinto metatarso. No exame físico do paciente com fratura de tornozelo, deve-se observar a presença de edema, hematomas ou deformidades que possam interferir no primeiro atendimento. Também é importante realizar uma avaliação neurológica e vascular da região afetada. A radiografia simples é complementar e deve ser realizada em pelo menos três incidências: anteroposterior, lateral e oblíqua. Ela irá auxiliar no diagnóstico e no planejamento do tratamento.

Existem alguns critérios que podem ajudar a fazer o diagnóstico, como a medição do ângulo de inclinação do perônio, conhecido como ângulo de Meary. Além disso, a avaliação do contorno da articulação tibiofibular e a região do espaço articular também são importantes. A avaliação por região é essencial para determinar a extensão da lesão.

As fraturas do tornozelo são classificadas de acordo com a classificação de Lauge-Hansen, que divide as fraturas em quatro tipos principais. Essa classificação leva em consideração a posição do pé no momento da lesão e a força à qual foi submetido.

O tratamento das fraturas no tornozelo pode ser conservador, desde que sejam fraturas não deslocadas, sem lesão ligamentar associada e sem instabilidade. Todas as outras fraturas são consideradas potencialmente instáveis e requerem tratamento cirúrgico. As indicações para cirurgia variam de acordo com o tipo de fratura e as condições clínicas do paciente.

As principais complicações no tratamento do tornozelo são a presença de infecções, não consolidação após a fratura, deformidades residuais e complicações das placas e parafusos utilizados durante a cirurgia. Além disso, a presença de uma tríade de O’Donoghue (lesões combinadas do ligamento cruzado anterior, colateral medial e menisco medial) também é comum.

Em resumo, o tratamento de fraturas no tornozelo é um desafio, e o sucesso depende de um diagnóstico correto, uma estratégia terapêutica adequada e uma conduta cirúrgica precisa. A avaliação pré e pós-operatória é fundamental para um bom resultado final.

Fonte: Fraturas do Tornozelo – Dr. Rômulo Ballarin Albino por e-Ortopedia