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Fratura por Stress – Conheça o Dr. Christiano Saliba Uliana, especialista no assunto

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Fraturas por Estresse: Fisiopatologia, Tipos e Fatores de Risco

Meu nome é Cristiano, essa libriana. Nos próximos minutos, vamos discutir as fraturas por estresse. Um dos objetivos dessa apresentação é explicar a fisiopatologia da fratura por estresse, quais são os tipos e os fatores de riscos envolvidos, quem está propenso a desenvolver uma fratura por estresse, como é feito o diagnóstico e as particularidades do tratamento.

Fisiopatologia das Fraturas por Estresse

A fratura por estresse ocorre basicamente devido a um desequilíbrio no processo de remodelação óssea. Ou seja, a partir de uma sobrecarga, ocorre uma reabsorção excessiva no osso, levando a uma fraqueza na cortical. Essa fraqueza pode levar a microfraturas que, caso não sejam tratadas, podem evoluir para fraturas sem desvio ou mesmo fraturas desviadas.

As fraturas por estresse são basicamente divididas em dois grupos: fraturas por fadiga e fraturas por insuficiência. No primeiro grupo, a fratura ocorre devido ao excesso de carga sobre um osso normal, enquanto no segundo grupo, a fratura ocorre devido a uma carga normal sobre um osso enfraquecido.

Existem alguns fatores de risco que estão associados ao desenvolvimento de fraturas por estresse. Pessoas que praticam esportes de impacto, como corridas de longa distância e saltos, estão mais propensas a fraturas por estresse. Além disso, atletas do sexo feminino, pessoas mais velhas e militares também estão incluídos nesse grupo de risco. Outros fatores, como doenças metabólicas, afecções ortopédicas e alterações hormonais e na dieta, também podem levar a fraturas por estresse.

Diagnóstico das Fraturas por Estresse

O diagnóstico clínico das fraturas por estresse é feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente e nas informações obtidas através de exames complementares.

Na maioria das vezes, a dor começa de forma gradual e insidiosa, sendo desencadeada pela intensificação da atividade física. No início, a dor pode ser sentida somente após as atividades e, com o tempo, pode ocorrer durante as atividades e até mesmo em repouso. A localização da dor varia de acordo com a região afetada, mas em geral, as fraturas por estresse causam dor inguinal (virilha) ou dor na região anterior da perna, no caso de fraturas na tíbia.

Para auxiliar no diagnóstico, alguns exames complementares são necessários, tais como:

  • Exames laboratoriais: ajudam na investigação das possíveis causas primárias das fraturas por estresse;
  • Radiografias: auxiliam no diagnóstico, mas muitas vezes podem não apresentar alterações visíveis;
  • Cintilografia óssea: pode indicar um aumento na captação radiativa na região da fratura, sendo um exame mais específico;
  • Tomografia computadorizada: pode ser útil em alguns casos específicos, mas a ressonância magnética é considerada o exame de escolha para avaliar as alterações no osso fraturado;
  • Ressonância magnética: é um exame sensível que permite definir a extensão e localização da lesão.

Tipos e Tratamento das Fraturas por Estresse

As fraturas por estresse podem ser classificadas em diferentes estágios, dependendo da extensão e gravidade da lesão. Independentemente do sistema de classificação utilizado, é importante definir a localização da fratura e se há ou não desvio.

Em relação às fraturas do fêmur, há dois tipos principais: fraturas de compressão e fraturas de tensão. As fraturas de compressão ocorrem na região lateral do fêmur e têm alto risco de desvio, enquanto as fraturas de tensão ocorrem na região medial do fêmur e costumam apresentar esclerose óssea e baixo risco de desvio.

No tratamento conservador das fraturas por estresse, geralmente indicado para fraturas de compressão, o paciente é orientado a repousar e evitar atividades físicas por um período de seis a oito semanas. Os sintomas podem ser tratados com analgésicos e anti-inflamatórios. A fisioterapia também desempenha um papel importante, ajudando na redução da dor e na recuperação da amplitude de movimento e força muscular. O retorno às atividades físicas deve ser gradual e progressivo.

Caso ocorra falha no tratamento conservador ou no caso de fraturas de tensão com alto risco de desvio, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. Nesse caso, é feita a redução e fixação da fratura, utilizando parafusos ou placas.

Já no caso das fraturas na tíbia, o tratamento conservador costuma ser indicado para pacientes jovens, enquanto o tratamento cirúrgico é mais comum em pacientes idosos. Na cirurgia, pode ser utilizada uma haste intramedular, porém, é importante considerar o canal estreito em alguns pacientes.

Conclusão

Em resumo, as fraturas por estresse são causadas pelo desequilíbrio entre a carga suportada pelo osso e a qualidade do osso em suportar essa carga. O diagnóstico é feito através da avaliação clínica e de exames de imagem, sendo a ressonância magnética o exame de escolha. O tratamento varia de acordo com o tipo de fratura, podendo ser conservador ou cirúrgico. A fisioterapia desempenha um papel importante na reabilitação do paciente.

Fonte: Dr. Christiano Saliba Uliana – Fratura por Stress por Dr. Christiano Saliba Uliana Quadril e Trauma