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Fratura de Tornozelo em Crianças: Tratamento com Dr. Flávio G.B. Zelada

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Fraturas do tornozelo em crianças

Olá, eu sou Flávio Geladao Protetor, professor do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Hoje vou falar sobre as fraturas do tornozelo em crianças. Nesta aula, vamos abordar a introdução, epidemiologia, quadro clínico, exame físico, imagens relevantes, classificação, tratamento e complicações desses tipos de fratura.

Introdução

As fraturas do tornozelo em crianças geralmente envolvem a tíbia e a fíbula. São principalmente causadas por lesões esportivas, mas também podem ser causadas por traumas de alta energia. O quadro clínico geralmente inclui dor, deformidade e incapacidade de deambular.

Exame físico e imagens

No exame físico, é importante avaliar a posição do pé e realizar um exame neuromotor completo. Também é essencial verificar a inervação sensitiva e motora do pé para descartar lesões vasculares ou neurológicas. As imagens que podem ser solicitadas incluem radiografia, tomografia e ressonância magnética, dependendo da gravidade e do tipo de fratura.

Classificação

As fraturas do tornozelo em crianças podem ser classificadas de acordo com a classificação de Salter-Harris, que inclui cinco tipos. Além disso, existe uma classificação específica para o tornozelo infantil, conhecida como classificação de Dias-Tadian. Essas classificações são importantes para determinar o tratamento adequado.

Tratamento

O tratamento das fraturas do tornozelo em crianças pode ser conservador ou cirúrgico. O tratamento conservador é geralmente indicado para fraturas com pouco ou nenhum desvio, fraturas de Salter-Harris tipo 3 e 4 sem desvio significativo e fraturas com diástase menor que 2mm. Já o tratamento cirúrgico é necessário quando há desvio inaceitável, fraturas articulares, fraturas de Salter-Harris tipo 2 com redução inadequada ou fratura tripla.

Complicações

As principais complicações das fraturas do tornozelo em crianças incluem fechamento precoce da fíbula, consolidação viciosa, artrose pós-traumática, síndrome compartimental e equinocidade digital da tibia. Essas complicações podem ser evitadas com um tratamento adequado e acompanhamento regular.

Fonte: Fratura Tornozelo em Crianças – Dr. Flávio G.B. Zelada por e-Ortopedia