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Fisiopatologia da doença de Parkinson: causas, sintomas e tratamentos.

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e aí pessoal, tudo bem? Meu nome é Pedro. Vou falar um pouco sobre a doença de Parkinson, principalmente sobre a fisiopatologia da doença.
A doença de Parkinson está relacionada com os movimentos voluntários. Os pacientes que têm a doença apresentam sintomas como rigidez, bradicinesia (lentidão dos movimentos) e tremor em repouso característico. Essa doença está relacionada com a perda progressiva de neurônios específicos, os neurônios da parte compacta da substância negra.
Quando ocorre uma perda de 70% desses neurônios da parte compacta da substância negra, os sintomas começam a aparecer. Agora, vamos entender um pouco melhor a fisiopatologia da doença de Parkinson.
É preciso entender a fisiologia relacionada aos movimentos voluntários. O córtex motor está localizado na região do córtex cerebral, e ele se comunica com os núcleos da base. Os núcleos da base recebem a informação do córtex motor e a processam, para então enviar sinais ao tálamo. O tálamo, por sua vez, excita o córtex, que envia informações aos neurônios motores espinais.
Os núcleos da base não têm uma comunicação direta com os neurônios motores espinais. Existem duas vias diferentes que têm funções diferentes: a via direta e a via indireta.
Na via direta, os neurônios que saem do putâmen e vão até o globo pálido interno são inibitórios. Isso significa que eles inibem o globo pálido interno. Essa via é a favor do movimento, pois resulta na ativação do córtex.
Na via indireta, os neurônios que saem do putâmen vão se comunicar com os neurônios do globo pálido externo e do núcleo subtalâmico. Esses neurônios do putâmen são inibitórios e inibem o globo pálido interno, que por sua vez inibe o núcleo subtalâmico. Assim, temos uma inibição do movimento.
A dopamina, produzida pelos neurônios da parte compacta da substância negra, tem ação nas vias direta e indireta. Na via direta, a dopamina tem um efeito excitatório, estimulando a via direta. Na via indireta, a dopamina tem um efeito inibitório, inibindo a via indireta.
Na doença de Parkinson, há uma perda desses neurônios da parte compacta da substância negra que produzem dopamina. Com essa perda, não há mais a ativação da via direta e a via indireta fica superativada. O núcleo subtalâmico é hiperativado e inibe o globo pálido interno, que por sua vez inibe o tálamo. Com isso, o tálamo não envia mais sinais excitatórios para o córtex, resultando na interrupção do movimento.
Além disso, a dopamina é importante para o aprendizado de movimentos coordenados. Quando um movimento coordenado é bem-sucedido, há uma descarga de dopamina na substância negra, acelerando o processo de aprendizado.
A doença de Parkinson é uma doença progressiva, na qual cada vez mais neurônios são perdidos na parte compacta da substância negra.
Espero que tenham entendido um pouco sobre a fisiopatologia da doença de Parkinson. Se tiverem alguma dúvida, deixem nos comentários! Até mais.
Fonte: Fisiopatologia da Doença de Parkinson por MegaMed