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Esquizofrenia: Entenda os sintomas e tratamentos – Parte 1

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Entendendo a Esquizofrenia: Como uma família pode ajudar no tratamento

O nome do livro “Entendendo a Esquizofrenia” dia com uma família pode ajudar no tratamento, publicado pela editora Interciência, busca explicar de forma rápida e concisa o que exatamente é a esquizofrenia. Trata-se de uma doença mental em que a principal alteração é a dissociação entre pensamento, emoção e percepção. A pessoa que sofre dessa condição não consegue integrar algumas vivências que se fazem presentes em sua mente, resultando em uma completa desconexão entre o indivíduo e a realidade.

Um dos aspectos mais comuns da esquizofrenia são as alucinações. Estudos apontam que essas alucinações não são de fato vozes externas, mas sim pensamentos do próprio paciente que ele interpreta erroneamente como vindos de fora de seu corpo. Por exemplo, a pessoa pode acreditar que alguém está falando com ela, quando na verdade são apenas pensamentos internos. Isso ocorre devido a um problema de conexão neuronal.

Existem casos em que as pessoas ouvem vozes ou têm visões que são atribuídas a fenômenos religiosos, como santos ou televisões. No entanto, essas vivências não são comparáveis à esquizofrenia, uma vez que não há outras alterações comportamentais além disso. Já no caso dos esquizofrênicos, há dificuldade de conviver em sociedade e uma série de outros sintomas que afetam o seu dia a dia.

Hoje em dia, existem medicações eficazes e bem toleradas para o tratamento da esquizofrenia. Os medicamentos de segunda geração permitem que a pessoa leve uma vida normal, com poucos efeitos colaterais. As medicações ajudam a diminuir os delírios e as alucinações, melhorando o comportamento do paciente.

Entretanto, pode haver casos em que um paciente já esteja em tratamento, tomando remédios regularmente e levando uma vida normal. Nesses casos, é comum que a pessoa pense que está curada e decida parar de tomar os medicamentos. Isso ocorre porque ela não tem mais as crenças e alucinações que tinha anteriormente, ou simplesmente porque não tem consciência da doença. Porém, parar de tomar a medicação pode trazer efeitos colaterais violentos e comprometer todo o progresso já alcançado.

Quanto à questão da hereditariedade, a esquizofrenia possui alguns fatores envolvidos em sua predisposição. Não se sabe ao certo se existem genes específicos responsáveis pela doença, mas estudos com gêmeos monozigóticos (idênticos) mostram que, mesmo tendo o mesmo DNA, se um dos irmãos tem esquizofrenia, o outro não necessariamente desenvolverá a doença. A chance de um gêmeo desenvolver esquizofrenia quando o outro já é afetado é de 50%. Isso indica que fatores ambientais também desempenham um papel importante.

A esquizofrenia costuma surgir por volta dos 15 aos 35 anos, principalmente na adolescência e início da idade adulta. Após essa faixa etária, os casos tendem a ser mais raros. É comum que os pacientes se sintam perseguidos ou monitorados, como no caso de um paciente que acredita que seu vizinho está filmando-o secretamente e implantando um chip em seu cérebro para monitorar seus pensamentos.

A esquizofrenia se caracteriza por sintomas positivos e negativos. Os sintomas positivos são os delírios e alucinações, que podem afetar todos os sentidos. Os sintomas negativos são a falta de vontade, iniciativa e interesse, que podem ser confundidos com uma depressão, mas são mais profundos e característicos da esquizofrenia.

O estigma em torno da esquizofrenia também é um problema sério, pois dificulta a aceitação e o tratamento dos pacientes. Muitas vezes, mesmo quando a pessoa está estabilizada e sem sintomas, ela enfrenta dificuldades para entrar no mercado de trabalho devido ao preconceito. É uma barreira que muitos pacientes encontram mesmo depois de se recuperarem.

Em suma, a esquizofrenia é uma doença complexa que afeta a conexão entre pensamentos, emoções e percepções. O tratamento com medicação adequada pode ajudar a diminuir os sintomas e permitir que a pessoa leve uma vida normal. No entanto, é importante que a família esteja presente e participe ativamente do tratamento, oferecendo apoio emocional e ajudando o paciente a enfrentar os desafios diários. A compreensão e o combate ao estigma também são essenciais para que as pessoas com esquizofrenia possam se recuperar e viver plenamente suas vidas.

Fonte: Sim!! tenho esquizofrenia – Parte 1 por IFIL Junior