Pular para o conteúdo

Espondilite Anquilosante: Tudo o que você precisa saber

  • por
  • posts


A pizza em que levante é uma doença inflamatória que ocorre principalmente nas vértebras da coluna e das articulações que ficam na região das nádegas, conhecidas como articulações sacro-ilíacas. Esta informação é caracterizada por dor nas costas, rigidez e desconforto. Vamos falar desta patologia e do seu tratamento com um médico reumatologista, Fernando Pimentel Santos, da cidade Portuguesa de Reumatologia, que está aqui connosco.
O que é afinal esta doença? Respondo evitando em que usar. Olá, boa tarde. Bom, é de fato uma doença e faz parte de um grupo mais alargado de doenças que são denominadas espondiloartrites. Como disse e muito bem, o principal sintoma são dores nas costas, embora possa haver envolvimento de outras articulações como joelhos, tornozelos, entre outras. Além disso, podem ocorrer situações tendinosas, como o envolvimento do tendão de Aquiles. Outra situação frequente é a inflamação na planta do pé, chamada fasciíte plantar.
Além disso, essa doença pode dar origem a várias manifestações extra-articulares, sobretudo envolvimento ocular. Habitualmente, pessoas que têm dores nas costas não pensam que o envolvimento ocular possa ter a ver com a doença, mas sim se tiver tem a ver até a ligação com a doença e soluções sistêmicas que fazem parte do espectro de doença. Nós não sabemos exatamente por que razão elas acontecem, mas é frequente que a evolução da doença exista uma tipo de sintomatologia. Por isso, é comum vermos muitos casos de pessoas que no fundo possuem essa consequência, ou é atribuído a parte da associação deste órgão com a doença de base. Além do olho, pode haver envolvimento da pele, com a psoríase. Pode haver envolvimento intestinal com inflamação intestinal, conhecidas globalmente por doença de Crohn e colite ulcerosa.
Doenças que estão no esqueleto podem afetar diferentes estruturas do organismo. Por que é mais frequente nos homens? Essa é uma boa pergunta. A espondilite de fato é mais frequente nos homens. Está associada a um antígeno geneticamente associado a esse gênero, o HLA-B27. Embora as mulheres não sejam isentas de risco, temos muitas mulheres com a doença. Além disso, algumas diferenças físicas podem influenciar esse maior envolvimento do osso, como é o caso deles terem 27 vértebras enquanto as mulheres têm 26.
Existem vários fatores, várias ordens, também nutrição e outros fatores que possam condicionar esse maior envolvimento. Não são exatamente as causas desta inflamação. São causas genéticas, sim, vários genes estão associados a esta doença. Gostaria de falar do HLA-B27. Então, existem outros genes também tem o residência. Mas existem fatores ambientais que também são importantes. Hoje em dia, o aspecto da flora intestinal é um exemplo. Sabemos que existe um predomínio de algumas bactérias associadas a este tipo de doença. E depois, aspectos muito importantes têm a ver com os microtraumatismos que nós podemos sofrer ao andar ou trabalhar. Isso também pode influenciar o desenvolvimento da doença. Tem a ver também com doenças do trabalho que as pessoas desenvolvem.
Sem dúvida, alguns estudos mostram que pessoas que têm esta doença, que têm profissões com microtraumatismos têm maior chance de desenvolver a doença e doenças mais graves. Pessoas que têm profissões manuais, que têm um trabalho com cargas, é difícil. E é difícil haver uma constelação de sintomas e sinais. Não existem critérios para o diagnóstico, nós temos que estar muito espelhados, classificar as doenças, mas não para diagnóstico. Mas na realidade, a história clínica, as queixas que as pessoas apresentam, mais o exame objetivo, pois as alterações podem aparecer em termos de análises e também na imagem e na fisioterapia convencional. Por exemplo, a sacroileíte é um susto dado que não temos evidência radiológica. Podemos também solicitar a ressonância magnética, que pode mostrar a existência de inflamação sem ainda haver deposição de gel.
E como é que será o tratamento? Não tem dúvida, dependendo da forma de apresentação da doença, existem diferentes abordagens terapêuticas. De qualquer forma, os anti-inflamatórios não esteroides são as principais armas, pelo menos numa fase muito inicial. Só quando a falha de resposta com este medicamento é que recorremos aos biotecnológicos. Existem vários no mercado. Quando existe um predomínio do envolvimento da coluna, repensamos logo na gente biológicos. Existem também outras opções mais tradicionais, como o metotrexato.
São doenças que não têm cura? Ou apenas se consegue melhorar a qualidade de vida dos pacientes? Sem dúvida, essas doenças não têm cura. É muito importante que se faça o diagnóstico precoce para atuarmos em fase muito inicial da doença, evitando ou tentando evitar a sua progressão. Só desta maneira conseguimos que as pessoas possam ter qualidade de vida ao longo de toda a sua vida e evitar também que haja deformidades típicas da doença ou seja, um meio com limitações na mobilidade, por exemplo. Além disso, é importante que seja feito um tratamento adequado com medicamentos específicos para a doença.
Além disso, algumas medidas gerais são importantes nestes casos, como a prática de exercício físico. Sem dúvida, o exercício físico é realmente importante. Existem alguns estudos que demonstram que a doença para tentar melhorar, precisamos manter uma boa mobilidade articular e já agora convido as pessoas a consultar o YouTube. Lá temos vários exercícios disponíveis, específicos para pessoas com esta doença, que têm em conta a atividade da doença e promovem movimentos para manter uma boa massa muscular.
Fonte: O que deve saber sobre Espondilite Anquilosante por Sociedade Portuguesa de Reumatologia