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Entenda sobre o ACV agudo e suas informações cruciais

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Acidente Vascular Cerebral Agudo

Olá amigos, hoje quero falar com vocês sobre o acidente vascular cerebral Agudo, um assunto muito importante que tem uma alta incidência e que nós, profissionais do atendimento pré-hospitalar, precisamos conhecer muito bem.

Primeiramente, gostaria de recomendar algumas literaturas para vocês estudarem. A American Stroke Association e a Sociedade Brasileira de Cardiologia são ótimas fontes de informações atualizadas sobre emergências clínicas. Além disso, os livros “Manual de Medicina de Emergência” e “Medicina de Emergência – Abordagem Prática” são muito úteis para obter conhecimentos sobre o tema.

O acidente vascular cerebral Agudo é uma situação em que ocorre uma alteração repentina na função neurológica devido a uma modificação no fluxo sanguíneo cerebral. Isso pode ser causado por uma obstrução no vaso sanguíneo, como no caso do AVC isquêmico, ou por uma ruptura do vaso, resultando em uma hemorragia.

Os sintomas do AVC Agudo incluem paralisia facial, paresia, parestesia, diminuição da força nos membros e até mesmo paralisia completa de um membro. Esses déficits neurológicos focais precisam ser avaliados e reconhecidos rapidamente.

Em relação à classificação do AVC pela localização anatômica, 80% do fluxo sanguíneo cerebral ocorre através das artérias carótidas, que fazem parte da circulação anterior, e 20% ocorre através do sistema vértebro-basilar, que constitui a circulação posterior.

Dos casos de AVC isquêmico, 80-85% são de origem carotídea e 15-20% são de origem vértebro-basilar. Já os casos de AVC hemorrágico podem ser intracerebrais (10% dos casos) ou subaracnóideos (3% dos casos).

É importante destacar que 87% dos AVCs isquêmicos são trombóticos, ou seja, causados por placas de ateroma que obstruem as artérias. Dos casos de AVC isquêmico de origem embólica, a principal causa é a fibrilação atrial, que provoca a formação de coágulos nos átrios e pode resultar em um AVC quando o coágulo migra para o cérebro.

O AVC isquêmico é caracterizado como um déficit neurológico focal que dura mais de 24 horas. Quando o déficit é reversível e dura menos de 24 horas, é chamado de ataque isquêmico transitório.

Para o atendimento adequado do AVC Agudo, é crucial seguir a cadeia de Sobrevivência proposta pela American Stroke Association, que consiste no reconhecimento rápido dos sinais de AVC, no despacho do serviço médico de emergência, no transporte rápido para o hospital e na notificação do hospital receptor para agilizar o diagnóstico e tratamento.

A American Stroke Association estabelece metas a serem cumpridas no atendimento ao AVC, como o tempo máximo de 10 minutos para o primeiro atendimento médico, 20 minutos para a realização de exame de imagem (tomografia computadorizada), 45 minutos para a interpretação do exame de imagem, 60 minutos para a administração de trombólise endovenosa e até 4h30min para o recebimento de trombólise endovenosa (considerando o delta t de 3 horas a partir do início dos sintomas).

Essas metas visam garantir o diagnóstico e tratamento rápidos, levando em consideração que é necessário confirmar se o AVC é isquêmico ou hemorrágico antes de realizar qualquer intervenção.

Em suma, é fundamental o atendimento pré-hospitalar adequado para cumprir as metas de atendimento ao AVC Agudo, garantindo o diagnóstico e tratamento rápidos, e, assim, melhorando as chances de sobrevivência dos pacientes.

Não se esqueça de se inscrever no canal do Instituto Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar, deixar seu like e comentário, e ficar ligado nas próximas dicas e informações.

Fonte: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL AGUDO (INFORMAÇÕES IMPORTANTES) por Instituto Brasileiro de APH – IBRAPH