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Entenda mais sobre a Síndrome de Burnout com um psiquiatra experiente

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Excesso de Trabalho, Acúmulo de Empregos e Falta de Equilíbrio entre a Vida Pessoal e Profissional
Nos dias de hoje, é cada vez mais comum nos depararmos com situações em que as pessoas estão constantemente sobrecarregadas de trabalho, acumulando empregos e não conseguindo encontrar um equilíbrio adequado entre suas vidas pessoais e profissionais. Esse estilo de vida desgastante pode levar a uma série de problemas, sendo um dos mais preocupantes o estresse.
O estresse é uma resposta natural do nosso organismo a situações de pressão ou demandas excessivas. Ele pode ser benéfico em pequenas doses, pois nos mantém alertas e focados. No entanto, quando o estresse se torna crônico e ultrapassa nossos limites de tolerância, ele pode afetar seriamente nossa saúde e bem-estar.
Uma das manifestações mais perigosas do estresse crônico é o chamado “burnout” ou síndrome de esgotamento profissional. Essa condição é caracterizada por um esgotamento físico e emocional extremo, que afeta negativamente a capacidade da pessoa de lidar com suas responsabilidades no trabalho.
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), o burnout é codificado como Z73.0 e é uma síndrome que está ligada ao trabalho. As pessoas mais afetadas por essa condição são aquelas que têm contato frequente com outras pessoas em seu ambiente de trabalho. Isso inclui profissionais como médicos, professores, atendentes de aeroportos, policiais e militares, entre outros.
Os sintomas do burnout podem variar, mas geralmente incluem fadiga extrema, insônia, irritabilidade, desânimo, falta de motivação, dores de cabeça, dores musculares, queda de cabelo, problemas gastrointestinais, pressão alta, entre outros. Além dos efeitos físicos, essa síndrome também pode afetar profundamente a saúde emocional das pessoas, levando à depressão, ansiedade e até mesmo dependência química.
É importante ressaltar que o burnout não é apenas uma frustração temporária no trabalho ou uma situação específica que cause insatisfação. Trata-se de um estresse crônico e recorrente, que vai minando a energia e a expectativa da pessoa, levando-a a um estado de despersonalização e desmotivação.
O diagnóstico correto do burnout é crucial para que as medidas de tratamento adequadas possam ser tomadas. Geralmente, o diagnóstico é feito por meio de conversas e avaliações com o trabalhador afetado, levando em consideração as características específicas do trabalho e o impacto que ele tem sobre a pessoa.
O tratamento do burnout envolve, em primeiro lugar, o afastamento da pessoa do ambiente de trabalho que está causando o estresse. No entanto, esse afastamento não é suficiente. É fundamental que a pessoa receba apoio psicológico e aprenda a identificar as fontes de estresse em sua vida e a lidar com elas de maneira mais saudável. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos, para tratar os sintomas físicos e emocionais relacionados ao burnout.
É importante ressaltar que cada caso é único e o tempo de tratamento pode variar. Alguns indivíduos se recuperam mais rapidamente e conseguem se readaptar ao trabalho, enquanto outros necessitam de um acompanhamento mais prolongado e até mesmo de mudanças na carreira.
Para evitar o burnout e outras consequências negativas do estresse no trabalho, é essencial que as empresas e os profissionais estejam atentos aos sinais e sintomas, tanto de si mesmos quanto dos colegas. A prevenção é sempre a melhor opção, por isso é fundamental desenvolver estratégias de gerenciamento do estresse, como estabelecer limites, delegar tarefas, praticar atividades físicas e buscar momentos de descanso.
Fonte: Psiquiatra fala sobre a ‘Síndrome de Burnout’ por TV CÂMARA SÃO PAULO