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Entenda e combata a fadiga na espondilite anquilosante com dicas de Camila Paraschiva

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  1. Fadiga na espondilite anquilosante
  2. Principais causas da fadiga
  3. Como lidar com a fadiga
  4. Pilares de cuidado para melhora da qualidade de vida
  5. Alimentação e fadiga
  6. Exercício físico e fadiga
  7. Hidratação e fadiga
  8. Dica para cuidar da fadiga

Olá! Tudo bem com você? É com muito carinho que eu venho aqui hoje nesse vídeo para responder e falar sobre a fadiga que foi uma das minhas seguidoras das redes sociais que pediu para abordar esse tema. O que eu fazia com a fadiga que eu sentia? E 70% das pessoas que têm espondilite e muitas doenças autoimunes também relatam a fadiga, presença da fadiga, e não é uma fadiga qualquer, é uma fadiga muito exacerbada diante das atividades que a gente faz no dia a dia, então a gente sente uma fadiga absurda, um cansaço absurdo, que é muito incoerente com aquilo que a gente fez no nosso dia a dia.

Quando a Daiane me fez o pedido de falar sobre a fadiga, eu fui puxar lá na minha memória como era a fadiga quando eu descobri a patologia e eu me lembro que foi um dos primeiros sintomas que eu tive, lá no ano de 2006. Eu era professora da academia, das aulas de ginástica, e a academia ficava no terceiro andar de um prédio e não tinha elevador, no começo nada disso. Então a gente subia a escada e quando chegava lá em cima, eu lembro que eu sentava na recepção como se eu tivesse acabado de treinar perna. A perna tremia bastante e eu falava “nossa, parece que eu fiz um leg press, um exercício de pernas com 300 quilos”, e na verdade eu acabei de subir um lance de escada. E durante as aulas também, eu sentia um cansaço muito maior do que quando eu terminava uma maratona antes, né? Então é essa fadiga que é bastante acentuada e ela vai debilitando bastante a gente.

Mas por que a gente sente essa fadiga? Na verdade, existem causas que levam ao aumento desse cansaço. Uma delas é esse processo inflamatório exacerbado. O corpo fica trabalhando muito mais para tentar reverter a inflamação, então ele gasta uma energia muito maior. Um outro agravante é a baixa qualidade do sono. Como a gente tem esse sono mais interrompido por conta das dores, por conta do processo inflamatório e da má postura, isso também interfere na fadiga. Quanto menos a gente dorme, lembra que o sono é reparador, a gente sente um cansaço muito maior. E uma terceira causa também é a musculatura, ela trabalhando muito além do que o normal para manter a postura, para tentar corrigir a postura que a gente vai compensando por conta das dores e também desse processo inflamatório. Então as deformidades vão causando a musculatura a tentar restabelecer a postura normal, o que a gente acaba gastando mais energia ainda ao longo desse dia, né? Então a gente sente sim um cansaço muito maior do que as outras pessoas.

Mas como eu vou lidar com essa fadiga? E a gente volta um pouquinho naqueles pilares de cuidado e de melhora da qualidade de vida. Quando a gente vai cuidando do nosso sono, criando uma rotina, restabelecendo essa quantidade de sono e essa qualidade, também a fadiga vai diminuindo. Quando eu vou me alimentando melhor, né, tirando aquelas coisas inflamatórias e vou me alimentando de frutas, verduras, os peixes que trazem mais ômega 3, que também são anti-inflamatórios poderosos, o gengibre, o chá, eu vou reduzindo o processo inflamatório no meu corpo e ele já não precisa ter um desgaste tão grande para combater a inflamação, porque eu já vou ajudando o meu organismo a trabalhar nesse sentido.

Outra coisa muito importante que pode ajudar no combate da fadiga é o exercício físico. Parece tão contraditório, né? Mas não é. O exercício físico, por mais que a gente sinta um cansaço pós-atividade, mas ao longo desse dia o corpo vai ter mais disposição, ele vai ter produzido mais energia para que a gente consiga encarar as atividades do nosso dia a dia. E um fator bastante importante também é a hidratação. A água ajuda a remover as toxinas que o nosso corpo produz e eliminar, quanto mais água a gente ingere, melhor a gente vai trabalhando essa funcionalidade no nosso corpo e vai ajudando a eliminar aquilo que não é importante para o nosso corpo.

Então, a minha dica de hoje para que a gente cuide dessa fadiga, que realmente é muito mais acentuada em quem tem as doenças autoimunes, no caso da espondilite anquilosante, é que a gente olhe aqueles pilares que a gente já conversou, já trabalhou nos vídeos anteriores e que a gente vá cuidando disso na nossa rotina. Conforme a gente for reduzindo esse processo inflamatório, cuidando com carinho da gente, essa fadiga ela vai deixando de estar presente ao longo do tempo.

Espero que esse vídeo tenha contribuído para você entender um pouquinho mais sobre a fadiga e trouxe ferramentas para melhora desse quadro clínico. Comenta como tem sido para você, curte, compartilha esse vídeo, se inscreve no canal e vem que na próxima semana tem um novo vídeo pra você!

Fonte: Fadiga na Espondilite Anquilosante – CAMILA PARASCHIVA por Camila Paraschiva