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Empresário se torna famoso ao auxiliar avó com Alzheimer

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Um simples exame de sangue agora pode diagnosticar a doença de Alzheimer 10 anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas. A técnica foi desenvolvida por pesquisadores na Suécia, segundo a Organização Mundial da Saúde. Atualmente, 55 milhões de pessoas vivem com doenças relacionadas ao cérebro em todo o planeta, e entre 60 e 70% delas têm Alzheimer. Aqui no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais de 1 milhão e 200 mil pessoas têm a doença, e 100 mil novos casos são diagnosticados todos os anos.
Você sabe que essa doença é muito difícil de lidar. Além do paciente, que sofre, a família também muitas vezes não sabe o que fazer. Mas também há empresários como o de Campinas, interior de São Paulo, que encontraram um caminho para lidar com a doença que atingiu a avó.
Uma das maiores dificuldades do Alzheimer é fazer o idoso tomar banho. “Vamos tomar banho. Essa hora não vai tomar banho? Tô doente… Tá doente ou meu Deus do céu, gente? Nossa, ela tá doente.”
Não dá para tomar banho agora? Assim não tá bom? Eu vou ensinar para vocês duas coisinhas que funcionam muito aqui em casa para convencer a minha vozinha a ir tomar banho. “Vamos tomar banho, sabe porque tá tendo festa lá embaixo e todo mundo tá cheiroso e arrumado. Aí a gente toma banho rapidinho e a gente já desce pra festa.”
Vamos lá, tomar banho rapidinho. Vamos lá, é rapidinho, gente. O banho que a gente vai tomar, né vó? É rapidinho. Vocês viram que eu acabei de convencer ela a tomar banho, falando algo que eu sei que ela gosta muito: quer festa né, e um monte de gente lá embaixo para ela conversar, interagir e se divertir.
O empresário Raul Junior, que é de Campinas, interior de São Paulo, foi entrevistado sobre o assunto. Ele é muito conhecido nas redes sociais por mostrar sua rotina com a avó que tem Alzheimer, onde ele dá dicas e mostra como lida com a doença de forma leve e divertida. Ele também explicou que é importante treinarmos a nossa mente para prevenir o Alzheimer. “Tem que ler, tem que fazer palavra cruzada, isso vai ter que fazer coisas que ocupam a mente. Mas sabe o que ele me disse? A hora que a pessoa faz coisas diferentes, ela treina o cérebro de forma diferente. Por exemplo, você sempre abre a porta com a mão direita. Para abrir a porta com a mão esquerda, você é obrigado a reorganizar. Então pequenas coisas como essas ajudam nesse sentido.”
Ele também destacou a importância de lidar com a situação da doença de forma leve e divertida. A avó do Raul tem personalidade forte e às vezes ela não quer fazer algo e fala “não” com convicção. Raul explicou que eles brincam bastante e levam a situação na brincadeira. “Ela adora dar chinelada em mim, nossa, eu apanho aqui o dia inteiro. Mas eu também brinco com ela bastante, é algo que ela sempre fez. Ela é bem divertida mesmo.”
Raul também mencionou os momentos em que a avó se olha no espelho e acha que está conversando com a mãe dela. Ele explicou que eles lidam com essa situação de forma divertida e respeitosamente. “Eu deixo ela bater papo com a mãe dela, ela se diverte, conversa com a mãe dela. Olha como seria chato se eu falasse assim: ‘olha só, sua mãe infelizmente morreu’. Ela viveria o luto novamente. Então o que eu faço é deixá-la interagir, eu não falo a verdade para ela. Eu aplico muito aqui o que eu chamo de ‘mentirinha do bem’, é uma mentira que não faz mal. Eu falo para a minha avó que ela é a mãe dela e que ela está conversando. E a gente leva numa boa, na brincadeira.”
Raul ressaltou que é importante ser forte e não levar a doença tão a sério, para que o cuidador não entre em uma depressão. Ele acredita que é necessário reinventar-se todos os dias e enfrentar a doença com positividade. “A gente tem que todo dia se reinventar, a gente tem que ser forte também. Porque o idoso com Alzheimer ele não vai melhorar, ele só tende a piorar. Então se o familiar que cuida não tiver com a cabeça boa, infelizmente você vai entrar numa depressão, você vai acabar ficando pior que o idoso. Então é você levar numa boa, é você levar na brincadeira. Minha avó bate papo com o espelho dela e eu fico lá incentivando, ela fala muito da mãe dela. Então eu deixo ela bater papo com a mãe dela, ela se diverte, conversa com a mãe dela. É algo mais divertido, né, que é uma doença que acaba sendo triste. Então faço o dia dela se tornar mais divertido e também acaba fazendo bem para ela.”
Essa é a rotina da família de Raul, que ele compartilha nas redes sociais. Ele acredita que é importante mostrar a realidade e ajudar outras famílias a lidarem com a doença de forma leve e amorosa.
Essa é apenas uma história de muitas famílias que enfrentam o desafio do Alzheimer. Cada caso é único e requer um cuidado especial. É importante buscar apoio e orientação médica para lidar da melhor forma possível com a doença.
Fonte: Empresário viraliza por ajudar avó com Alzheimer por Record News