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DPOC: Enfisema Pulmonar, Bronquite Crônica e Cuidados de Enfermagem

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No vídeo de hoje, vamos conversar sobre as doenças pulmonares obstrutivas crônicas, mais especificamente enfisema pulmonar e bronquite crônica. Antes de entrarmos em detalhes sobre essas doenças, vamos relembrar um pouco sobre a estrutura do sistema respiratório.
O ar atmosférico entra em nosso corpo através das vias aéreas superiores, passando pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos até chegar aos alvéolos pulmonares. Nos alvéolos pulmonares, ocorre a troca gasosa, onde o oxigênio do ar é transferido para o sangue através dos capilares sanguíneos, enquanto o gás carbônico é expelido dos capilares para os alvéolos pulmonares, para ser eliminado do corpo na expiração.
O enfisema pulmonar é caracterizado por alterações anatômicas nos alvéolos pulmonares, que são partes do parênquima pulmonar. Essas alterações ocorrem devido ao tabagismo e inalação de substâncias tóxicas, que causam inflamação e destruição das paredes dos alvéolos. Isso resulta em uma diminuição na área de contato dos alvéolos com os capilares sanguíneos, afetando a absorção de oxigênio e a eliminação de gás carbônico.
Já a bronquite crônica é uma doença causada principalmente pelo tabagismo e exposição a poluentes e substâncias tóxicas. Ela se caracteriza por uma inflamação na parede dos brônquios, que se tornam mais estreitos e cheios de muco, dificultando a passagem do ar e causando tosse crônica, produção de catarro e dificuldade respiratória.
Os sintomas do enfisema pulmonar e da bronquite crônica podem incluir tosse produtiva, falta de ar, chiado no peito e, no caso do enfisema pulmonar, aumento no diâmetro do tórax. Essas doenças são crônicas e as lesões causadas no parênquima pulmonar são irreversíveis.
O diagnóstico é feito através de exames como espirometria, gasometria arterial e radiografia de tórax. O tratamento envolve a cessação do tabagismo, evitar exposição a substâncias tóxicas, oxigenoterapia, fisioterapia e uso de medicamentos como broncodilatadores, corticoides e antibióticos, quando necessário.
É importante que os profissionais de enfermagem tenham alguns cuidados ao lidar com pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas. Ao fazer o exame físico, é importante observar a presença de secreção traqueobrônquica, dor torácica, dispneia e padrão respiratório alterado. É necessário também coletar informações sobre o histórico de tabagismo do paciente, pois a educação em saúde é importante nesses casos.
No planejamento dos cuidados de enfermagem, é fundamental controlar os sinais vitais, como a frequência respiratória e a saturação de oxigênio, além de promover o conforto do paciente através de posicionamento adequado, prevenção de úlceras de decúbito e administração correta de medicamentos. Estimular a deambulação do paciente e orientá-lo sobre a importância da expectoração também são cuidados importantes.
Além disso, é necessário estar atento a sinais de confusão mental e cianose, que podem indicar deficiência na oxigenação do corpo. A avaliação contínua do paciente é essencial para ajustar a terapia e garantir a eficácia do tratamento.
Em resumo, o enfisema pulmonar e a bronquite crônica são doenças pulmonares obstrutivas crônicas que afetam a troca gasosa nos pulmões. O enfermeiro desempenha um papel importante no cuidado desses pacientes, incluindo a promoção da educação e saúde, controle dos sinais vitais, administração de medicamentos e estimulação da mobilidade.
Espero que esse texto tenha sido útil para você! Se tiver qualquer dúvida ou sugestão, deixe nos comentários. E não se esqueça de compartilhar esse conhecimento com outras pessoas. Até a próxima!
Fonte: DPOC: Enfisema Pulmonar, Bronquite Crônica e condutas de Enfermagem por EnfermagemCompartilhada