E aí pessoal, tudo bem?

Quando se trata de dor na fossa ilíaca direita em um paciente adulto jovem, geralmente pensamos em apendicite ou eventualmente um cálculo renal. No entanto, hoje vamos analisar um caso um pouco diferente, envolvendo uma entidade menos comum, para expandir nosso leque de diagnóstico.

Meu nome é Ariel, sou médico radiologista e trabalho como assistente no grupo de Emergências do Hospital das Clínicas da USP.

Neste caso em particular, temos uma paciente do sexo feminino, com 28 anos de idade. Observamos, na tomografia, que ela apresenta tecido gorduroso subcutâneo extenso, devido à obesidade. Não há sinais de abdome agudo obstrutivo, como distensão de alças ou alterações nas características do cólon.

Na fase Portal da tomografia, podemos ver que o fígado está com contraste homogêneo, as veias hepáticas e a veia porta estão bem visíveis. A vesícula biliar está distendida, porém não há sinais de colecistite aguda. Os rins estão normais, assim como as adrenais e o baço.

No pâncreas, não há sinais de pancreatite, e nos ureteres, não identificamos cálculos renais. Também não encontramos nenhuma alteração significativa nos vasos.

Ao avaliar o cólon, notamos que ele está normal até chegarmos à região cecal. Nessa região, observamos uma densificação na borda contra-mesentérica do colo, com aspecto semelhante a um alvo. Essa densificação é fina, com menos de três milímetros de espessura, e há uma densificação da gordura circunjacente. Trata-se de uma apendagite epiplóica.

Em resumo, a apendagite epiplóica é uma condição em que ocorre inflamação do apêndice epiploico, saculações de gordura presentes no trajeto do cólon. É mais comum em mulheres obesas, entre 20 e 50 anos de idade. A dor tende a regredir após o diagnóstico e, eventualmente, pode surgir calcificação no local.

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Fonte: Dor na fossa ilíaca direita: e se não for apendicite? Apendagite Epiploica! por Radiologia Werads