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Dicas para prevenir o uso de álcool e drogas: siga alguns conselhos simples

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Projeto Saúde nas Escolas

No vídeo de hoje, vamos falar um pouco sobre álcool e drogas. Você deve estar se perguntando: mas álcool não é uma droga? Sim, mas o título desse vídeo é para evidenciar o enorme estrago que essa droga traz para a sociedade. A bebida alcoólica é responsável diretamente e indiretamente pela maior parte das mortes entre adolescentes e causa uma parcela expressiva dos problemas sociais.

Estudos mostram que o consumo de álcool no ambiente familiar é bastante elevado, seguido pelo cigarro, pela maconha e pelo craque. Os números preocupam ainda mais porque indicam que o início no consumo de álcool e outras drogas começa dentro de casa. A Organização Mundial da Saúde considera que a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença. O uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, sedativos, crack e cocaína é um problema de saúde pública.

Esses problemas estão ligados a valores culturais, sociais, econômicos e políticos. Começando pelo álcool, em todo o mundo, três milhões de mortes por ano, representando 5,3% de todas as mortes, são causadas pelo abuso de álcool. Além disso, o consumo de álcool ocasionou mais de 200 doenças e lesões, além de uma série de transtornos mentais e comportamentais. A dependência está associada à cirrose hepática, algumas categorias de câncer e doenças cardiovasculares. Também tem como lesões resultantes a violência, suicídio e acidentes de trânsito. Esses ocorrem em grupos relativamente mais jovens, com maior vulnerabilidade e maior probabilidade de desenvolver problemas relacionados às drogas como resultado do consumo.

O cigarro é outra droga com potencial destrutivo enorme. Mais da metade de seus usuários fazem mais de 8 milhões de vítimas a cada ano. Mais de sete milhões dessas mortes são resultados do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhão são resultados da exposição ao fumo passivo. A maconha também pode ocasionar problemas respiratórios crônicos, já que a fumaça é muito irritante e seu teor de alcatrão é muito alto. Apesar de não serem consideradas drogas ilícitas para adultos, são proibidas para menores de 18 anos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. As consequências do uso da maconha são semelhantes às do tabaco, incluindo hipertensão, asma, bronquite, câncer, doenças cardíacas e doenças crônicas obstrutivas aéreas. O uso regular acarreta problemas cognitivos, comprometimento do rendimento intelectual, perda de memória e na habilidade de resolver problemas. A abstinência é caracterizada por ansiedade, insônia, perda de apetite, tremor das mãos, sudorese e reflexo aumentado, ou seja, humor deprimido.

Outra droga bastante presente em festas do público jovem são as anfetaminas, que são drogas sintéticas de efeito estimulante do sistema nervoso central e só podem ser comercializadas sob prescrição médica. Um exemplo é o êxtase, a popular “bala” que provoca dependência, fazendo com que o usuário tenha que consumir maiores quantidades de comprimidos para obter os mesmos efeitos. O uso prolongado pode provocar alterações psíquicas, lesões cerebrais e aumento do risco de convulsões e overdose.

Agora vamos falar um pouco sobre a cocaína e o crack, que são drogas com potencial de dependência muito grande. A cocaína é uma substância psicoestimulante e pode ser consumida de diferentes formas: aspirada, via intravenosa ou fumada. O crack, além de ter efeito mais rápido, é necessário consumir maiores quantidades da substância para atingir o efeito desejado. No Brasil, a cocaína é a substância mais utilizada pelos usuários de drogas injetáveis. Muitas dessas pessoas compartilham agulhas e seringas, aumentando o risco de várias doenças, como hepatite e HIV. O crack, resultante da mistura de cocaína, tem um consumo maior que o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos, sendo mais agressivo. Além disso, tem uma ação terrível sobre o sistema nervoso central e cardíaco.

Outras drogas que são usadas de maneira negligenciada são os calmantes e sedativos, que são capazes de diminuir a atividade do cérebro e os analgésicos, que são capazes de minimizar a dor. Os hipnóticos, soníferos e ansiolíticos são sedativos que atuam sobre os estados exagerados de ansiedade. Essas drogas também causam dependência e só devem ser usadas se prescritas por médicos.

E como devemos lidar com as drogas? Prevenção é muito difícil. Convencer alguém a não fazer algo que dê prazer, como drogas e álcool, antes de qualquer outra coisa, é complicado. Isso porque eles oferecem prazer imediato e causam dependência física, psicológica e síndrome de abstinência, sendo difíceis de tratar. As ações preventivas devem ser planejadas e direcionadas para o desenvolvimento humano, o incentivo à educação, a prática de esportes, à cultura, ao lazer e à socialização. É fundamental compartilhar conhecimento sobre drogas com embasamento científico.

Algumas formas de prevenção do uso, dependência e conflitos familiares são:

  • Conversar com seus pais: estudos mostram que a comunicação aberta entre pais e filhos é essencial para prevenir o uso de drogas. Estude sobre o tema e expresse seu ponto de vista, escute o que seus pais têm a dizer.
  • Influenciar as pessoas que admiramos: se existe algum comportamento de pais ou amigos que não é saudável, converse com eles. Provavelmente você também é uma fonte de inspiração para eles e pode se tornar um gatilho de mudança na vida deles.
  • Discutir os assuntos em família: aproveite filmes, novelas, notícias de jornal e leituras para falar sobre as drogas. Persista no diálogo e não esconda nada dos seus pais.
  • Levar seus amigos para dentro de sua casa e abrir uma roda de conversa: promova um espaço seguro e acolhedor para discutir o tema com eles.
  • Aprofundar nos estudos e compartilhar informações e reflexões com a família: se sua mãe fuma ou seu pai bebe em excesso, por exemplo, não há tempo a perder para rever esses hábitos e proteger a família. Nossa saúde depende do bem-estar físico, psicológico e social. Cuidar daqueles que estão ao nosso redor também é cuidar de nós mesmos.

Fonte: Prevenção do uso de álcool e drogas por Saúde Sim! UFPR