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Dicas para lidar com a agressividade no Alzheimer: estratégias e cuidados.

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Olá, mais um vídeo de tira-dúvidas. Nesses vídeos curtos, nós respondemos aos comentários e perguntas deixados aqui abaixo. Nós escolhemos uma pergunta que resolve a dúvida de quem perguntou e de muitas outras pessoas. Hoje, vamos responder à Maria José, que comentou: “Bom dia, Doutor. Muito difícil. Meu pai tem Alzheimer e ele fica agressivo, ameaça agredir. O que fazer neste caso? Explicamos as coisas e ele não aceita. Geralmente, só ele está certo.”

Maria José, essa é uma situação bastante comum e o problema é que não adianta explicar, sabe por que? A pessoa com doença de Alzheimer perdeu a sua capacidade de julgar e de entender o que é certo e errado. Ela perdeu o bom senso e isso não acontece por maldade ou vingança. Ela faz tudo isso por causa dos sintomas da doença. Toda doença tem sintomas, e eu faço uma comparação bem simples: uma pessoa que tem asma e bronquite tem chiado no peito e falta de ar. Esses são sintomas da doença pulmonar. Da mesma forma, a pessoa que tem doença de Alzheimer apresenta sintomas, como agressividade e teimosia, porque perdeu a capacidade de julgar e o bom senso.

Então, como lidar com a agressividade nessa situação? Primeiro, nunca bater de frente. Se você bater de frente, vai sempre sair perdendo, pois a pessoa com Alzheimer vai querer ter razão e vai ficar brava. Por exemplo, a pessoa com Alzheimer esquece facilmente das coisas, mas em uma situação de raiva, ela não esquece e fica sempre batendo naquele mesmo assunto. Quando a pessoa fica com raiva e nervosa, ela fica por mais tempo. Então, a primeira coisa é não bater de frente.

A segunda coisa é mudar o foco. Quando ela estiver brava, vá lá e faça um carinho nela, fale que a ama e que ela é importante para você. Fale sobre as coisas que ela gosta de lembrar do passado. Toque uma música. Outra coisa importante é que, quando o paciente está agressivo, você deve tomar medidas para zelar pela sua integridade e pela sua própria e de outras pessoas da casa. Por isso, evite objetos que ele possa usar para promover agressões, como facas e paus. Elimine tudo o que puder provocar agressão. Nunca revidar, sempre desarmar o espírito.

Também não adianta justificar, pois ele não aceita as justificativas. E mesmo que ele lembre de algumas coisas, ele não vai aceitar toda a justificativa. Então, é besteira bater de frente ou justificar. Muitas vezes, temos que ser firmes, porém ser firmes sem perder a ternura. Ser firmes, mas sem agressividade. Se tivermos que usar a firmeza, devemos usar poucas palavras. Não adianta falar muito, pois isso não vai ajudar. Devemos resumir o que queremos dizer, falar de forma firme, mas sem passar a impressão de que estamos bravos com ele. Isso não resolve. É preciso mudar o foco.

Uma boa música e a busca por ajuda são muito importantes. Espero ter resolvido a sua pergunta, Maria José. Peço também que vocês deixem aqui, além do nome, a pergunta e a localidade onde moram. Isso vai facilitar para que possamos ver de onde vêm as perguntas.

Olá, gente, no Brasil todo e até fora do Brasil. Espero ter ajudado você, Maria José, e colocar-me à disposição para ajudar ainda mais, respondendo outras perguntas, não só suas, mas de todos os familiares e cuidadores que têm suas dúvidas. Deixem as perguntas nos comentários. Também fazemos o convite para participar das nossas lives de sábado. Nós temos uma live de tira-dúvidas aos sábados, às 2:00. Durante as duas horas da live, as pessoas deixam suas dúvidas aqui no chat e nós as respondemos. Então, não deixe de participar. Peço a todos que deixem um like, pois isso é muito importante para nós. Nosso trabalho é voluntário e nosso objetivo é levar conhecimento, apoio e conforto para os familiares e cuidadores. Então, like nos ajuda bastante. Se você ainda não é inscrito no canal, se inscreva e divulgue nosso trabalho. Muito obrigado. Desejo a vocês muita paciência e conhecimento, que são os dois elementos fundamentais para cuidar melhor. Muito obrigado.

Fonte: Agressividade no Alzheimer, como lidar? por Alzheimer com Dr Pelegrino