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Dicas de enfrentamento para crises extremas no autismo – Episódio 120

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Olá, eu sou Thiago Lopes, Doutor em Psicologia e especialista em Autismo Precoce, e hoje estou aqui para comentar um pouco mais sobre o caso do jovem de 13 anos, conhecido como Cameron, que recebeu tiros durante uma crise feita por policiais nos Estados Unidos esta semana.

Pretendo trazer algumas dicas para pais e profissionais que lidam com a questão da segurança e primeiros socorros para evitar que circunstâncias críticas como essa possam acontecer novamente no contexto brasileiro. Muitas vezes, não temos recursos ou centros especializados com intervenção psiquiátrica e equipe de segurança para gestão de crises extremas. É importante pensarmos sobre o que fazer nessas situações.

No Brasil, a falta de recursos faz com que muitas vezes tenhamos que recorrer à polícia, bombeiros ou outros profissionais de atendimento emergencial. É fundamental que, ao fazer a ligação de chamada para esses casos, mencionemos claramente que a pessoa em questão possui autismo, para que quem estiver atendendo a chamada compreenda que a pessoa não compreende o que é dito e que precisa de suporte e contenção.

Também é importante mencionar a falta de compreensão da pessoa com autismo durante a chamada e informar sobre as características da crise, como agressividade e objetos sendo lançados, mas deixando claro que a pessoa não está armada e não oferece risco imediato aos profissionais de segurança.

Ao chegarem, é essencial que os profissionais de segurança sejam informados sobre a situação e a condição da pessoa com autismo, para que possam agir de forma adequada e saibam como abordar a situação sem oferecer risco à vida da pessoa. É importante lembrar que muitos desses profissionais têm familiares no espectro do autismo, o que torna essa preparação ainda mais crucial.

Além disso, é fundamental que tanto pais quanto profissionais busquem informações e capacitação sobre técnicas de contenção e prevenção de crises para pessoas com autismo e outras condições de desenvolvimento ou psiquiátricas. Isso garantirá que possamos lidar de forma mais adequada e segura com essas situações, evitando riscos e traumas.

E por fim, é importante que nos mobilizemos para garantir que haja oportunidade de informação e formação para profissionais de segurança, de modo a garantir uma melhor gestão das situações e a segurança tanto para as pessoas com autismo quanto para os profissionais envolvidos.

Muito obrigado pela atenção e participação de vocês! Não se esqueçam de se inscrever no canal e deixar suas dicas nos comentários. Até a próxima!

Fonte: Dicas para situações de crises extremas – AUTISMO – EP#120 por Dr. Thiago Lopes Desenvolvimento Infantil |Autismo

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