Critérios diagnósticos padronizados para o Autismo: O que você precisa saber

Existem três critérios diagnósticos e três condicionantes no autismo. Vou falar sobre os critérios agora, que precisam estar presentes. O primeiro critério é o prejuízo clinicamente significativo e persistente na comunicação social. Isso significa que o indivíduo precisa ter problemas na comunicação social que não sejam pontuais, mas sim persistentes ao longo do tempo. Por exemplo, ele pode ter dificuldade em estabelecer reciprocidade socioemocional, ou seja, em se comportar de maneira consistente com as informações que recebe dos outros durante as interações. A reciprocidade é essencial para que haja uma sintonia na comunicação. Se a reciprocidade não acontece, pode haver um problema nessa área da comunicação.
Outro aspecto desse primeiro critério é o déficit persistente na comunicação verbal e não verbal. O indivíduo pode ser não verbal, ou seja, não falar, ou ter uma fala minimamente verbal, com poucas palavras e dificuldade em formar frases. Além disso, ele pode apresentar dificuldades na compreensão da fala do outro. A comunicação vai além da fala, envolvendo também aspectos não verbais como gestos, expressões faciais e entonação. O indivíduo autista pode ter dificuldades em todas essas áreas da comunicação.
O terceiro aspecto desse critério é a dificuldade em iniciar e manter relacionamentos. A comunicação social envolve não apenas a comunicação em si, mas também a interação entre as pessoas. Para os autistas, manter relações pode ser especialmente difícil. Mesmo sendo bem-sucedidos em outras áreas da vida, eles podem ter dificuldades em estabelecer e manter amizades e relacionamentos pessoais.
Esses são os critérios diagnósticos relacionados à comunicação social. Agora vou falar sobre o segundo critério, que é um interesse comportamental fixo e restrito. Esse critério é dividido em quatro partes. O autista pode apresentar um interesse restrito e intenso por determinados objetos ou assuntos, fazendo com que ele se concentre exclusivamente neles e tenha dificuldades em se interessar por outras coisas. Além disso, ele pode ter rituais e rotinas rígidas, dificuldade em lidar com mudanças e padrões motores estereotipados, como balançar o corpo ou bater as mãos.
Por fim, o terceiro critério é a presença dos sintomas desde a infância. O autismo é uma condição que tende a se manifestar precocemente, geralmente nos primeiros anos de vida. Os sintomas podem variar de acordo com o grau de gravidade do autismo, sendo mais evidentes em casos mais severos.
É importante ressaltar que o diagnóstico do autismo é feito por profissionais da saúde, como médicos e psicólogos, que levam em consideração não apenas os critérios diagnósticos, mas também outros fatores, como a história de desenvolvimento da criança e os relatos dos pais ou responsáveis.
Em resumo, o autismo é uma condição que envolve prejuízos na comunicação social, manifestados por dificuldades na reciprocidade socioemocional, na comunicação verbal e não verbal, e na manutenção de relacionamentos. Além disso, os autistas podem apresentar interesses comportamentais fixos e restritos, rituais e padrões motores estereotipados. O diagnóstico é feito com base em critérios específicos, avaliando a presença desses sintomas desde a infância.
Fonte: Critérios fixos de diagnóstico de Autismo por Luna ABA

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