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Como se comunicar com alguém com Alzheimer: Dicas para um diálogo feliz e eficaz

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E olha como você tá bonita de rosa, que botou essa roupa linda! E você foi o popor a muito bem, o pouco tem bom gosto. Saber como que a desgraça do gordo morro do morro, mamãe . Vem cá, vem meu amor. Vai não, mãe, mãe, mãe, oh mãe, mãe. Você vai rezar o terço? Posso rezar com você. Posso? Então vem para cá, para gente rezar junta. Eu tô, tô cansado, não vou conseguir sair correndo atrás agora. Não gente, não dá, não dá para mim, não.
Eu fui na rua agora com a minha em. Quase duas horas, mas não foi caminhada, não foi. Precisando ir mesmo, você queria. E na casa do Zé, do Zé, do Zé é, você conhece. Mãe, você conhece o Zé? Quem é o Zé? Mãe, o Zé é seu marido. José, José Alves, José Alves Sobrinho. Hahaha, ela lembrou, mamãe. José Alves Sobrinho é meu pai, é seu marido. Você casou com ele na igreja, vestida de noiva.
Nossa, que calor, hein. Mamãe, o seu pai, o seu pai é José Marcolino Silva e Ohm, o pai é José Alves. Sofreu, sofrido, Sobrinho. aê, agora, quando aqui e agora, onde que ele tá? Ele foi trabalhar, para ganhar dinheiro, para pagar as contas da Francisquinha. O mãe, se a professora. Você é professora? Não estou sentada de propa. Você é tropa. Você é professora, é professora da Karenda, Kátia, da Cláudia. Raiva, você tem raiva. Raiva de quê, mãe? Aqui ó, é aqui né, mas olha, deixa eu falar uma coisa para você. Se tá raiva não, quem sente raiva não, esse aqui não pode. Não pode, não tem chave, chave não pode. Chave, chave é perigoso. Vai aonde? Então, centrar, e vamos sentar nós duas, ó. Que a dança, dança mãe. É, você quer ir? É no inferno. Quero que você me aqueça nesse inverno e que tudo mais. Eu não vou falar, eu não vou falar, não suporto mais viver longe de ti. Quero até morrer, do que viver assim. Só quero que você me aqueça nesse inverno e que tudo mais.
E aí? Oi, gente, ela lembrou, que bonitinha. E vem cá, delícia, uhe vem cá, tele vem cá, teozinho. Eita, tirou a colcha da cama, senhor. Eita, é, tô vendo, é, a tirou né? Foi a Claudinha que tirou aé, é, é. Mãe, então tá bom, tá tudo bem né, eu que lute. Fala se você que lute para depois botar tudo no lugar né? Porque você quer é bagunça. Você bagunça meu pai, não há. Você não é bagunceira, não né? É, e nem um minutinho. Tá, eu espero você vai voltar e olha parece a pantera cor-de-rosa.
A mãe, cadê você mamãe? Tá na terra? Que venha cá, venha. Hum, hum, quero ver você chegar, a Francisquinha. E na volta, ela volta, a mamãe. Vou ter que ir lá mesmo cansado. Vamos ver o que ela tá aprontando.
Eu cheguei, chegou. Para onde cheguei? Para te ver e viver o que que você tava fazendo. Vou ver quem tá aqui, vou ver quem tá. Aqui, eu vou ver quem tá aqui, ó. É, ué, onde que ele tá? Tu tá no banheiro, depois você vem aqui na sala, tá?
Ah, tá bom, pera aí. Tomali, dão passando aqui para contar uma coisa para vocês. Eu criei um curso para ajudar vocês a cuidar e melhor e com mais leveza do seu familiar ou paciente com Alzheimer. São mais de 500 famílias que já conseguiram transformar a vida cuidando com mais leveza, assim como a Francisquinha. Então, queria falar para vocês que se vocês tiverem interesse em conhecer, clique no link que vai estar na descrição do vídeo e entre na fila de espera para a próxima turma. Eu espero vocês.
Fonte: Alzheimer- Mesmo com vocabulário limitado é possível um diálogo. E como ficam felizes ! por Francisquinha Alves – O bom do Alzheimer