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Como melhorar os sintomas da discinesia na doença de Parkinson? | Dr. Diego de Castro, neurologista

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O que acontece quando uma pessoa com doença de Parkinson toma levodopa é que várias regiões do cérebro são ativadas, tornando-se mais propensas a realizar movimentos. Essas regiões ficam “soltas”, o que leva à melhora dos sintomas motores. No entanto, ao longo do tempo, o uso contínuo do medicamento pode levar ao desenvolvimento de movimentos involuntários chamados discinesias.

As discinesias são caracterizadas por movimentos bruscos e frequentemente envolvem torção, podendo ocorrer no pescoço, nas mãos, na boca ou nos pés. Esses movimentos podem atrapalhar as atividades diárias e a locomoção do paciente. No entanto, é importante ressaltar que as discinesias não são um evento obrigatório da doença de Parkinson. Elas ocorrem em pacientes que estão sendo tratados com levodopa e outras medicações ao longo do tempo.

O fenômeno das discinesias ocorre durante a fase inicial do efeito do medicamento, cerca de 30 minutos a uma hora após a administração. Nesse período, o medicamento atinge um pico de efeito e, em seguida, seu efeito diminui gradualmente até acabar. Com o tempo, essas discinesias se tornam mais frequentes e intensas.

É importante observar que os pacientes com doença de Parkinson podem apresentar diferentes tipos de flutuações motoras, como discinesias, rigidez e tremor, ao longo do dia. O tempo em que o paciente apresenta movimentos involuntários ou rigidez varia, e o impacto na qualidade de vida é significativo.

Para lidar com as discinesias, é fundamental que o paciente mantenha um diário, anotando os horários de administração do medicamento, o surgimento das discinesias e a duração dos movimentos involuntários. Essas informações são essenciais para que o médico possa ajustar a medicação de forma a minimizar as discinesias.

Uma estratégia comum é o fracionamento da dose, ou seja, dividir a quantidade total de medicamento em doses menores, administradas com maior frequência ao longo do dia. Essa abordagem visa manter uma quantidade equilibrada de dopamina no organismo durante todo o dia, evitando flutuações bruscas no efeito do medicamento.

É importante ressaltar que o fracionamento de doses só é eficaz se o paciente aderir rigorosamente ao horário de administração dos medicamentos. Saltar doses ou alterar os horários pode levar a flutuações indesejadas e piorar os sintomas. Portanto, é fundamental que o paciente e sua família compreendam a importância de seguir corretamente as orientações médicas e registrar qualquer mudança ou ocorrência no diário. Isso permite um acompanhamento mais preciso e ajustes no tratamento, se necessário.

O controle das discinesias e das flutuações motoras é essencial para melhorar a qualidade de vida do paciente com doença de Parkinson. A colaboração e o diálogo entre o paciente, a família e a equipe médica são fundamentais nesse processo.

Fonte: Discinesia – Como Melhorar da Discinesia na Doença de Parkinson? | Dr Diego de Castro Neurologista por Dr Diego De Castro Neurologista