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Colecionando informações sobre colelitíase: causas, sintomas e tratamento para pedras na vesícula

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As pedras na vesícula: o que são e como são tratadas?

Olá pessoal, tudo bem? Hoje vamos falar sobre as pedras na vesícula, um problema que muitos pacientes têm e que pode
causar várias complicações. Muitas vezes, essas pedras são descobertas durante exames de ultrassonografia de rotina,
que são solicitados por médicos clínicos gerais ou especialistas que acompanham a saúde do paciente.

A vesícula é um órgão anexo ao fígado, com formato de um saco ou bolsa, responsável por armazenar a bile produzida pelo
fígado. Durante o período de jejum, a vesícula armazena a bile, e após a alimentação, hormônios fazem com que ela contraia
e libere a bile para o intestino, auxiliando na digestão, principalmente de alimentos gordurosos.

No entanto, quando surgem pedras na vesícula, elas podem obstruir a saída da bile, causando uma inflamação aguda conhecida
como colecistite. Os sintomas mais comuns são dor no lado direito do abdômen, abaixo da costela, febre alta, vômitos e
alterações gastrointestinais.

Além disso, os cálculos também podem migrar para o canal da bile, conhecido como colédoco, bloqueando a passagem da bile
para o intestino. Isso pode levar a uma acumulação de bile no sangue e ao desenvolvimento de icterícia, que se manifesta
através de uma coloração amarelada na esclera (parte branca dos olhos). Em casos mais graves, os cálculos podem obstruir
o canal do pâncreas, causando uma inflamação conhecida como pancreatite biliar.

Além das complicações mencionadas, os pacientes que possuem pedras na vesícula, principalmente cálculos grandes e por
muito tempo sem tratamento, têm um risco aumentado de desenvolver câncer de vesícula. Isso ocorre porque os cálculos
constantemente agridem a camada interna da vesícula, causando alterações genéticas que podem levar ao desenvolvimento de
um tumor maligno.

O tratamento indicado para as pedras na vesícula é a retirada completa do órgão, juntamente com os cálculos. Isso ocorre
porque a vesícula doente tem uma predisposição para a formação de novos cálculos, e não há mecanismos disponíveis para a
extração individual desses cálculos.

Existem duas técnicas principais para a cirurgia de vesícula: a técnica aberta e a técnica videolaparoscópica. A primeira,
que é mais tradicional, envolve uma incisão na região abdominal, geralmente de cerca de 10cm abaixo da costela. Já a
técnica videolaparoscópica utiliza pequenas incisões de aproximadamente 1,5cm, por onde são introduzidos uma câmera e
aparelhos e pinças especiais para a retirada da vesícula. Essa técnica é menos invasiva e proporciona uma recuperação
pós-operatória mais rápida.

Após a cirurgia, os pacientes geralmente têm alta hospitalar no mesmo dia e devem evitar esforços físicos intensos por
cerca de 15 dias. Depois desse período, já é possível retomar as atividades normais, como dirigir um carro, dependendo
das particularidades individuais de cada paciente.

É comum que os pacientes tenham receio em relação aos riscos da cirurgia. No entanto, os riscos estão cada vez mais
reduzidos e a mortalidade dessa cirurgia é extremamente baixa, em torno de 0,001%. Os riscos de complicações graves são
menores do que os riscos de manter o problema e enfrentar possíveis complicações no futuro.

Por isso, é importante que os pacientes sintomáticos, ou seja, aqueles que apresentam sintomas de pedras na vesícula,
procurem um cirurgião digestivo para realizar o procedimento o mais breve possível. Dessa forma, é possível evitar as
complicações mencionadas anteriormente, como a colecistite aguda, a pancreatite, a migração de cálculos e o câncer de
vesícula.

Caso você ainda tenha dúvidas sobre colelitíase (cálculos na vesícula) ou o tratamento cirúrgico, deixe seus comentários
abaixo que responderemos assim que possível. Um grande abraço e até a próxima!

Fonte: Você sofre com pedras na vesícula? Aprenda mais sobre colelitíase (cálculos na vesícula biliar) por Dr Daniel Hortiz